Capítulo 51

206 18 11
                                    


Jenna Ortega Point View


Naquele mesmo dia... (Nova York – 20h30 📍)

Envolta na noite urbana, onde as luzes da cidade se misturam com as sombras dos arranha-céus, encontrei-me diante de um precipício emocional. O convite de Gwendoline, sua voz carregada de uma promessa silenciosa, ecoava em meus ouvidos enquanto eu seguia pelas ruas de Nova York, as calçadas repletas de transeuntes apressados, tão inconscientes de meu próprio caos interno.

As luzes dos carros passando por mim piscavam como reflexos de meus próprios pensamentos tumultuados. Três semanas apenas separavam-me do fim da faculdade, o desfecho de anos de esforço e dedicação para seguir meu sonho de atuar. Mas agora, em meio ao turbilhão de responsabilidades impostas por uma empresa que não escolhi, as paredes de minha determinação começavam a ruir.

A ligação para Gwendoline, minha professora, minha confidente improvável, foi um ato de desespero disfarçado de coragem. Aceitar seu convite para jantar e passar a noite em sua casa foi como mergulhar de cabeça em um oceano de incertezas, sem saber se emergiria ileso ou afogado em meus próprios dilemas.

Ela, com sua postura imponente e olhar penetrante, é um enigma que me atrai como uma mariposa à chama, mesmo ciente do perigo iminente de queimar as asas. E agora, sob o manto da noite, nossos destinos se entrelaçam em um emaranhado de emoções reprimidas e desejos proibidos.

O peso da responsabilidade como CEO, o fardo da família sobre meus ombros, o dilema entre seguir minha paixão ou sucumbir às expectativas alheias - tudo isso se mistura em uma tempestade perfeita dentro de mim. E no olho desse furacão, Gwendoline surge como uma âncora improvável, oferecendo-me abrigo em meio à tempestade que é minha vida.

(...)

O motor ronronava baixo, mas meu coração batia descompassado. O suave crepitar dos pneus contra o asfalto ecoava no silêncio do carro, um contraponto ao turbilhão de pensamentos que dançava freneticamente em minha mente.

Estacionei em frente ao imponente prédio de Gwendoline e, por um instante, hesitei antes de desligar o motor. Uma onda de incerteza percorreu meu corpo, fazendo-me sentir como se estivesse prestes a mergulhar em águas desconhecidas, cuja profundidade e correntezas eu não conseguia prever.

O dia tinha sido uma montanha-russa emocional, um passeio vertiginoso que me levou de um extremo ao outro em questão de segundos. Primeiro, as palavras quase confessas de Gwendoline, quase tangíveis em sua hesitação, ecoavam em meus ouvidos, como um eco suave de uma canção não terminada. Em seguida, o encontro inesperado com o ex-marido da minha professora, Giles, e a vulnerabilidade surpreendente de Gwendoline diante dele, como se as feridas do passado fossem repentinamente escancaradas para o mundo ver.

Mas entre esses momentos tumultuados, havia também a doçura de um almoço tranquilo em casa, um breve refúgio de normalidade em meio ao caos que ameaçava me engolir. E então, a provocação sutil de minha irmã, uma faísca de desafio que acendeu um fogo de determinação dentro de mim, um lembrete de que eu não podia permitir que as circunstâncias me definissem.

Segurei firmemente o volante, os nós dos dedos brancos de tensão, enquanto fitava o prédio diante de mim. No banco do carona, um buquê de rosas brancas, símbolo de pureza e inocência, mas também de respeito e admiração. E ao meu lado, uma garrafa de vinho, da mesma marca que compartilhamos pela primeira vez em seu apartamento, um elo simbólico entre nossos mundos que pareciam tão distantes e, ao mesmo tempo, tão próximos.

 E ao meu lado, uma garrafa de vinho, da mesma marca que compartilhamos pela primeira vez em seu apartamento, um elo simbólico entre nossos mundos que pareciam tão distantes e, ao mesmo tempo, tão próximos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
My teacherOnde histórias criam vida. Descubra agora