Capítulo 29

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Jenna Ortega Point View

Naquela manhã, enquanto nos despedíamos de Gwendoline e Catherine, ficou combinado que elas passariam no meu apartamento para nos buscar. Hunter já estava sabendo e disse para passarmos em seu apartamento, ele ficou extremamente feliz e disse que estava animado, porém, não comentamos sobre Catherine, seria surpresa. Ele não vinha muito ao meu apartamento ultimamente, preferindo passar mais tempo na casa de seu ficante, Oliver. Eu respeitava sua decisão, afinal, todos merecemos nosso espaço.

Voltamos à sala, e Emma me olhou com uma expressão sonhadora nos olhos. Ela me perguntou se tudo aquilo tinha sido um sonho, expressando sua felicidade por ter conhecido Catherine. Então, como uma onda de nostalgia, ela se lembrou da minha ousadia com Gwendoline.

— Não, não foi um sonho — respondi, sorrindo. — E também fiquei surpresa quando conheci Catherine. Ela é incrivelmente linda pessoalmente. — Brinquei com Emma, provocando-a de forma sapeca.

Emma concordava com os olhos fechados mordendo os lábios, dando a impressão de que estava lembrando dela.

— Eu vi o sorriso que ela te deu, quem sabe você não consegue um beijo.

Emma se jogou no sofá e me encarou com um olhar incrédulo.

— Até parece — respondeu, suspirando. — Ela é casada, e eu sou apenas mais uma admiradora.

— Mas as casadas que são as melhores, quem sabe né? — Cruzei os braços encarando Emma que começou a gargalhar.

— Você é terrível, depois fala de mim né? — Ela respondeu jogando uma almofada em mim.

Nós duas rimos, compartilhando o calor daquela manhã ensolarada. Porém, em meio às risadas, um pensamento atravessou minha mente. Eu tinha que buscar a chave do meu carro com o porteiro, Alfred, que ainda não a tinha entregado. Emma concordou e disse que iria tomar um banho enquanto eu cuidava disso.

Deixei o apartamento e segui para o elevador, ansiosa para resolver essa questão rapidamente. Na recepção, encontrei Alfred, o porteiro gentil e prestativo que trabalhava no prédio há anos.

— Alfred, você poderia me entregar a chave do meu carro? — pedi, com um sorriso.

Ele parecia hesitante e, finalmente, disse:

— Me desculpe, senhorita Jenna. Eu não entreguei antes porque estava conversando com sua irmã, Mia.

Meu coração deu um salto ao ouvir o nome da minha irmã.

— Mia? O que ela queria, senhor Alfred? — perguntei, minha curiosidade misturada com uma dose de preocupação.

— Ela queria saber se você estava bem, disse que não iria subir pois sabia que você não a receberia...

Minha mente começou a correr a mil por hora. Mia e eu não tínhamos um relacionamento próximo, e a última vez que a vi foi há meses, onde conversamos sobre a Ortega Pictures. Ela nunca demonstrou muito interesse em minha vida pessoal, então isso era estranho.

Merda, Mia deve estar tramando alguma coisa, pensei, um arrepio de apreensão percorrendo minha espinha.

Quando virei para olhar pela janela, o que vi me deixou atônita. Gwendoline ainda estava lá, do lado de fora do prédio, conversando com ninguém menos que Mia, minha própria irmã. Mia estava vestida com um conjunto preto social, ostentando uma bolsa de grife de lado e óculos de sol. Gwendoline parecia aflita, enquanto Mia mantinha um sorriso paciente no rosto.

Perguntas giravam em minha mente como um furacão. De onde elas se conheciam? Por que estavam conversando? Será que... não, não podia ser.

Engoli em seco, tentando conter as lágrimas que ameaçavam se formar. Agradeci rapidamente a Alfred por guardar meu carro e subi às pressas de volta para o apartamento, com o coração acelerado e uma sensação angustiante se instalando em meu peito.

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