Capítulo 27

338 38 21
                                    


Jenna Ortega Point View

O sábado amanheceu com um calor suave em Nova York, e o relógio marcava 9 horas da manhã quando acordei com a entrada repentina da minha amiga Emma no quarto. Ela abriu as cortinas e saudou-me com um sorriso radiante: 

—Bom dia, flor do dia! O dia está lindo lá fora. Vim mais cedo só para ouvir como foi ontem à noite com a professora. Fiquei surpresa quando entrei e te vi aqui. Pensei que você fosse passar a noite na casa dela.

Eu estava um pouco atordoada, acabara de acordar e estava me espreguiçando, ajustando o lençol no meu corpo. Vestia um pijama de alcinha branco e shorts de cetim. Surpreendentemente, eu não acordara de mau humor e respondi a Emma com um sorriso sonolento: 

— Bom humor? Transou, né?— Rimos juntas — Achei que você fosse passar mais tempo com a Melissa.

— Ela tinha um compromisso com os pais dela, ai vim pra casa — explicou.

Emma se sentou na cama, ansiosa por detalhes, e eu expliquei:

— Nós nos beijamos, e foi incrível. A mão dela no meu cabelo, a forma como ela me olhava... Foi tudo tão intenso. — Suspirei, revivendo o momento.

Emma estava radiante e perguntou com um brilho nos olhos.

— Ela tem pegada? Vocês conversaram algo a mais?

— Ela é incrível, Emma, completamente diferente da professora Gwendoline da sala de aula. Mas não sei, foi só um beijo. Não há sentimentos envolvidos. — Respondi, tentando parecer casual.

Preocupada, Emma notou a mudança em minha expressão e aconselhou:

— Jenn, você é emotiva e se apega facilmente às pessoas. Tenha cuidado.

— Obrigada por se preocupar, Emma. Mas não se preocupe, foi só um beijo. — Abracei minha amiga em agradecimento e tentei tranquilizá-la

Nesse momento, meu celular tocou, interrompendo nossa conversa carinhosa. Ele estava em cima do frigobar, e quando o peguei, Emma perguntou curiosa:

— Quem é?

Virei o visor para ela, onde estava escrito "Gwendoline", e fiz um gesto de "shh" para mantê-la em silêncio.

Atendi a ligação, e a voz de Gwendoline do outro lado da linha me cumprimentou: 

— Oi, bom dia, Ortega! Será que te acordei?

Eu estava agora encostada à mesinha do lado do frigobar.

— Bom dia, professora. Eu já estava acordada. Emma já fez esse trabalho. — Respondi rindo e Gwendoline fez o mesmo do outro lado da linha.

— Ah, então tudo bem. Liguei para perguntar se posso levar o seu carro agora. Estou com uma amiga, e assim eu dirijo o seu, e ela leva o meu, para evitar usar um carro de aplicativo. Isso é ok para você? — Perguntou.

Ao ouvir a menção da amiga, fiz uma careta involuntária, sentindo uma pontada de ciúmes. Respondi, tentando parecer indiferente:

— Nossa, até esqueci do carro. Pode sim, Gwendoline, sem problemas. Fico feliz que você está com sua amiga.

Gwendoline percebeu o tom da minha voz e provocou:

— Está com ciúmes, Ortega?

Senti-me ofendida e respondi com firmeza:

— O quê? Você só pode estar ficando doida. Falei que era bom você estar com sua amiga para não precisar de um carro de aplicativo, só isso.

Gwendoline riu e aceitou a resposta.

My teacherOnde histórias criam vida. Descubra agora