My teacher

Capítulo 17

Gwendoline Christie Point View

Enquanto a água quente abraçava minha pele, eu me permitia desfrutar de um momento de paz e tranquilidade em meio ao caos da minha mente. Os sais de banho perfumados exalavam um aroma suave, preenchendo o banheiro com uma sensação reconfortante. A vela aromática lançava uma luz suave e dançante pelas paredes, criando um ambiente acolhedor.

Apesar do relaxamento aparente, minha mente estava repleta de inquietações. Há dois meses, Jenna entrou em minha vida como aluna e, desde então, uma série de pequenos sinais me deixava insegura e temerosa. Embora nosso contato fosse estritamente profissional, eu percebia sutis tentativas de aproximação por parte dela.

Era como se Jenna tentasse encontrar brechas nas barreiras que eu havia erguido entre nós, mostrando interesse em questões pessoais e demonstrando um interesse genuíno em minha vida além da universidade. Cada sorriso, olhar prolongado ou palavra gentil parecia ecoar em minha mente, semeando dúvidas e receios.

Enquanto a água relaxava meus músculos tensos, minha mente estava em constante ebulição. Eu me perguntava por que Jenna estava buscando essa aproximação. Seria apenas sua forma natural de ser amigável, ou haveria algo mais? A ideia de me envolver emocionalmente com uma aluna era aterradora e proibida, mas minha curiosidade e, secretamente, uma parte de mim, ansiava por saber o que ela estava planejando.

"É melhor manter as coisas como estão, afastadas e profissionais", sussurrei para mim mesma, tentando me convencer de que essa era a atitude sensata a ser tomada. Entretanto, uma parte de mim ansiava por uma conexão genuína, algo que pudesse me ajudar a superar a solidão que a vida em Nova York impunha.

Sentada na banheira, abracei meus joelhos e encostei a cabeça na parede, permitindo que as lágrimas se misturassem à água do banho. O medo me sufocava, e eu temia perder o controle sobre meus sentimentos e a situação. O passado havia me ensinado a evitar qualquer risco emocional, mas a presença de Jenna parecia desafiar todas as minhas convicções.

Eu estava dividida entre o desejo de me permitir conhecer melhor Jenna e a necessidade de me proteger contra o que isso poderia trazer. Era um conflito interno que não parecia ter uma solução clara.

Com determinação, decidi que, por mais tentador que fosse, eu não cederia à aproximação de Jenna. Seria imprudente e perigoso. Por mais que me sentisse atraída por sua amizade e proximidade, eu sabia que era meu dever manter uma distância adequada para preservar a integridade do meu papel como professora.

Enquanto saía da banheira e me enrolava na toalha, senti um misto de alívio e tristeza. A batalha interna não havia terminado, mas eu precisava me manter forte e fiel às minhas convicções. No fundo, eu sabia que estava protegendo a ambas, a Jenna e a mim mesma, mesmo que isso significasse perder a oportunidade de conhecer melhor alguém que poderia significar muito em minha vida.

(...)

A nova semana começou com uma mistura de ansiedade e apreensão. Eu sabia que a aula de fotografia seria um desafio para mim, pois Jenna estaria presente, e meu coração ainda lutava para ignorar a atração que sentia por ela. Decidi me manter firme em minha decisão de não me aproximar e me concentrar exclusivamente no conteúdo da aula.

Ao entrar na sala de aula, senti os olhares curiosos dos alunos sobre mim. Minha altura, 1,91cm, sempre chamava atenção, mas eu estava acostumada a isso. Com meus cabelos loiros soltos e ondulados, eu procurava transmitir uma imagem de elegância e confiança.

Vestindo uma calça de alfaiataria em tom escuro, eu me sentia poderosa e confortável. A modelagem impecável da calça realçava minhas longas pernas, e a cintura alta acentuava minha silhueta. Combinando com a calça, eu usava uma blusa de seda branca, que trazia um toque de leveza e feminilidade ao conjunto.