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- Você não é meu homem, eu não sinto nada por você, então não aja como se fosse meu dono. - briguei batendo em seu peito, pois estava de frente para ele.

Senti um rosnado alto surgir do interior do seu corpo e estremeci, seus olhos ficaram vermelhos e ele abriu a boca com suas malditas presas e não pude evitar o que veio em seguida, pois ele me mordeu e não foi no mesmo lado do pescoço foi do outro, provocando uma sensação estranha em meu corpo, me fazendo sentir uma pontada num lugar que não deveria, fazendo minha respiração acelerar e meu coração bater mais forte do que posso descrever, ali eu derreti em suas mãos e minha cabeça pendeu para trás e soltei um gemido. Quando sua boca se separou da minha pele, ele me forçou a olha-lo nos olhos e me senti embriagada por sua beleza.

Esse... Desgraçado

- Me diga, humana, algum outro homem pode faze-la sentir o que sentiu agora? - ele perguntou possessivo com os lábios manchados de vermelho, mas não esperando uma resposta e então aproximou-se do meu ouvido sussurrando. - Algum homem já a deixou tão encharcada como está agora?

Estremeci.

Isso tudo era loucura, eu só queria um emprego bom nessa cidade, jamais imaginara me deparar com um sujeito tão sexy e... assassino. Ele estava me levando a loucura, senti uma gota de sangue da mordida descer pela curva do meu pescoço e Azazel sorriu malicioso lambendo-a até os dois furos.

-Azazel? - seu nome saiu de meus lábios como um gemido involuntário.

- Sim, querida. - ele me olhou.

Engoli em seco.

- Por que eu? Poderia ser qualquer outra, nem sou tão atraente assim.

Ele soltou um riso e então sorriu de forma sedutora.

- Porque qualquer outra não tem interesse para mim, e porque você é minha mulher.

Depois daquele episódio no escritório dele voltei a minha sala e continuei a organizar todos os documentos e mais algumas coisas, meu coração ainda batia descompassado tanto que ficava difícil voltar ao ritmo normal de minha respiração. Sem as mãos quentes dele no meu corpo sinto um leve arrepio com a brisa do ar, como se sentisse falta de seu toque e sua boca na minha pele. Soltei um leve e trêmulo suspiro enquanto digitava algumas coisas no computador, minha barriga roncou indicando que estava na hora de dar uma pausa, mas ainda faltava meia hora para o almoço então me forcei a aguentar.

Helena entrou na minha sala e veio até mim.

- Mallory, vai estar livre à noite? - ela perguntou colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e inclinando-se.

- Vou sim, por quê? - notei ela olhar para a curva de meu pescoço e coloquei a mão em cima da marca.

- O que significa essa tatuagem? - ela perguntou curiosa.

Céus, como eu explico que isso é uma marca de um anjo assassino idiota que tem mania de me morder? Não posso contar a verdade, é claro.

- Não significa nada, só gostei do desenho. - menti sorrindo de forma simpática e então ela deu de ombros.

- Ah, certo, eu e algumas amigas da empresa vamos à uma boate famosa da cidade, gostaria de vir conosco?

Eu suspirei.

- Não tenho roupa para essas coisas. - disse sincera.

Nem quando eu era adolescente ia para festas, não que eu não tenha sido convidada por pessoas da escola porque eu fui, mas nunca consegui me encaixar nesses padrões de roupas já que não acho legal ficar mostrando muito do corpo assim para que todos vejam, ou seja, não sou muito fã de festas.

- Fala do vestido florido como o que a vi? Não se preocupe, ninguém vai se importar. - disse sem se importar com minha tentativa de fuga.

- Helena, não sei não. - coço a nuca.

- Se o problema é a roupa, te empresto um vestido. - eu a olhei suspirando.

Ela me olhou como se fosse um gatinho fofo e suspirei.

Então assenti me dando por vencida e ela saiu saltando de felicidade, não entendia na verdade o porquê de ela querer ser minha amiga, mas fico feliz em poder contar com Helena.

Já tinha finalizado o trabalho do dia e finalmente ia para a pensão, Helena me fez dar meu endereço para que ela fosse deixar o vestido dela para que eu me arrumasse e fez questão de fazer maquiagem em mim, confesso ficar ansiosa. Quando fechei a minha sala e me virei dei de cara com uma parede de músculos e olhei para cima observando Azazel.

- Ouvi dizer que terá um encontro de funcionárias em uma boate, você não vai, certo? - ele me olhou demonstrando arrogância.

Se antes eu não tinha vontade alguma de ir para aquela boate agora estou super ansiosa para ir apenas para contraria-lo, gostaria de ver sua cara se soubesse que eu fui, iria valer a pena enfrentar sua fúria no dia seguinte.

- Não, não gosto muito de festas. - eu menti sem mudar minha expressão. - e se eu decidisse ir, você não ia me impedir. - completei e ele me prendeu contra a parede me assustando.

- Por que tem que ser tão teimosa? - ele sussurrou grave perto do meu rosto.

- Me deixe em paz, Azazel! - eu disse o desafiando e encarando suas orbes negras.

Eu não entendo como meu corpo fica fora do meu controle quando ele está por perto, é como se eu não conseguisse pensar com clareza e meus batimentos cardíacos aceleram de forma preocupante, ele está tão perto que nossos lábios se tocam de leve nos provocando. Sua mão grande e quente deslizou por minha coxa fria e grossa o que me fez arrepiar pelo choque térmico, minhas mãos foram de seu peito até o alto de seus ombros e então ele desviou o rosto do meu aspirando o ar em meu pescoço, fechei os olhos achando que seria mordida e nada aconteceu.

- Diz para que eu a deixe, mas seu corpo implora para que eu fique. - ele disse roçando os lábios nos meus.

Maldito anjo.

O ar de seu hálito passeia em minha pele e quando vejo estamos grudados em um beijo arrebatador e flamejante, um beijo que aquece todos os meus órgãos e faz meu coração pulsar como um louco desejando que cada grau quente de sua pele me aqueça por inteira. Mas quando caio na real afasto sua boca da minha ofegante, minha mãos o afastam enquanto meu corpo implora para que eu pare de lutar e a maldita marca queima insuportável, sinto o rubor em minhas bochechas, as batidas de meu coração soam audíveis até para mim, nunca experimentara tal sensação.

- E-Eu tenho que ir para casa. - gaguejo desviando o olhar.

- Eu levo você. - ele disse com um sorriso largo e sedutor estampado em sua face.

Eu não estava em posição de rejeitar essa proposta, por tanto aceitei que me levasse para a pensão e tive que suportar seu olhar devorador até que entrasse na mesma, Célia me deu boa noite e colocou a mão na boca surpresa por me ver chegar em um carro tão luxuoso, e acompanhada de um homem tão lindo, mal sabe ela que ele é um assassino e um sedutor idiota.

Me joguei na cama cansada e lembrei que Helena passaria aqui mais tarde para me levar à tal boate a qual eu disse a Azazel que não iria, por que eu gosto de mexer com o que está quieto? Dei um longo suspiro e me levantei indo tomar banho. Não demorou muito para que ela chegasse na pensão e começasse a me enfeitar com as milhares de coisas que trouxe, o nervosismo me consumia, eu não estava acostumada a me arrumar tão... exageradamente.

- Está linda, Lory. - disse me chamando pelo apelido que adotou recentemente.

Me olhei no espelho duvidando do que estava vendo, não podia ser eu, eu não sou tão bonita, então como é que... o vestido preto metálico que ela me emprestou caiu tão bem em mim.

Olhei para ela sentindo minhas bochechas esquentarem de vergonha.

- E-Eu... Ainda dá para mudar de ideia, né? - gaguejo.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora