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— Da última vez — ele começou e engoliu em seco — você implorou para que eu lhe tocasse, mas eu sabia que não era um desejo verdadeiro — disse triste. — porém agora, eu vejo, dulcis lux mea que esse desejo tornou-se verdadeiro então não posso deixar de admirar essa paixão que há nos seus olhos. — completou.

Não pude deixar de ficar sem ar com as suas palavras, não era o homem arrogante e paquerador de sempre, eu estava diante de um homem que percebi agora que nunca fora amado, o pensamento estilhaçou o meu coração e então abri um sorriso terno e segurei o seu rosto nas minhas mãos.

— Eu — beijo a sua testa suavemente — Amo — beijo a sua bochecha — Você. — os meus lábios repousam suavemente nos seus.

Ele sorriu enquanto nós beijávamos, então sem querer acabei bocejando.

— Parece que a minha humana está com sono... — ele disse num tom sedutor.

— Não estou! — rebati, mas logo bocejei outra vez.

Ele inclinou-se até o meu ouvido e sussurrou.

— Durma, logo pela manhã vai ter uma surpresa quando for à minha sala na empresa. — ele lambeu o lóbulo da minha orelha deixando-me arrepiada.

Levantei uma sobrancelha confusa.

— Como assim?

— Faça o que eu mando, durma. — ele diz.

O meu sono logo venceu a minha curiosidade e adormeci, acordei já na manhã seguinte e Azazel não estava ao meu lado e por um instante perguntei-me se tudo que havia acontecido de madrugada fora um sonho, mas logo lembrei das suas palavras ao pé do ouvido — Durma, logo pela manhã vai ter uma surpresa quando for à minha sala na empresa... — suspirei de nervoso, certo eu tinha de ir para empresa o mais depressa possível para saber o que ele estava aprontando. Após executar toda a minha rotina da manhã vesti o meu uniforme e não me importei em não colocar o lenço cobrindo o decote, estava me sentindo mais a vontade não precisava me cobrir.

Depois de um tempo já havia chegado na empresa, digitava algumas coisas no computador há bons minutos até o telefone em cima da minha mesa começou a tocar.

— Alô? — comecei.

— Esqueceu do que eu disse ontem? — a voz de Azazel ecoou do outro lado da linha e dei um pulo na cadeira.

— Não achei que fosse para ir à sua sala assim que chegasse! — disse com o coração pulsando forte.

Ele riu.

— Vamos humana, não tenho todo o tempo do mundo. — eu bufei irritada e desliguei o telefone levantando-me.

Caminhei até a sua sala com certa cautela, não sabia o que ele estava aprontando, mas eu queria muito saber. Parando em frente a sua porta dei um longo e profundo suspiro e bati ouvindo para eu entrar, de primeira, não avistei Azazel na sua habitual cadeira de chefe, porém em seguida minha visão periférica chamou atenção para o sofá onde ele estava sentado de forma relaxada.

— Ah, meu Deus... — senti o meu coração pulsar.

Azazel estava com uma calça moletom preta e uma gravata na mesma cor, porém, era apenas isso e não havia camisa cobrindo-o, na mesma hora a porta fechou-se atrás de mim e as borboletas adormecidas levantaram voo no meu estômago, molhei os lábios com a língua sentindo as minhas bochechas queimarem.

— Não seja assim, minha pequena humana, o único nome que vai chamar hoje será somente o meu. — declarou com um sorriso malicioso no rosto.

Engoli em seco.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora