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Sentada no sofá do apartamento incrivelmente luxuoso daquele irritante, fico de pernas cruzadas e braços cruzados na frente do corpo olhando para ele, eu acordei aqui e meus poderes estão inertes, eu simplesmente não os sinto.

— Coloque esse colar. — ele me estendeu um colar com uma pedra azul, estranhamente familiar.

— Não — respondi simplesmente relaxando minhas costas no sofá e limpando as unhas, eu vestia uma short preto e uma blusa laranja sem mangas. — eu não sabia que você era um pervertido e maníaco por guardar roupas de mulher aqui. — levantei uma sobrancelha com um sorriso ácido.

Ele suspirou e sorriu de forma irritante.

— Está me chamando de maníaco por guardar suas roupas?

Eu ri.

— Eu não vestiria roupas assim. — eu falei rindo sem humor.

— É mesmo? — seus lábios se curvaram — não mude de assunto e coloque o maldito colar.

— Vai se foder. — eu disse virando o rosto.

— Certo, então não coloque. — ele disse e virou-se saindo para outro lugar.

Eu me levantei e empurrei as costas dele que nem vacilou para frente.

— Me leve para casa! — vociferei.

Ele se virou para mim, sua íris vermelha como sangue, eu sabia o que estava acontecendo.

— Aquilo não era sua casa, era seu cativeiro. — ele disse, a voz embargada pela sede que percebi, ele tentara esconder de mim.

— É engraçado o quanto você acha que sabe sobre mim. — eu disse e ele me olhou e então fitou a curva do meu pescoço.

— Vou te mostrar, Lux mea, o quanto eu sei sobre você.

Ele avançou, rápido o suficiente para que eu nem sequer tivesse reação, suas presas cravaram minha marca e senti a dor latejante, ele caiu por cima de mim no sofá e logo a dor que sentira sumiu surpreendentemente dando lugar a uma... Puta excitação, ele sugou meu sangue de um jeito que notei que estava se segurando.

E então ele retirou a boca e as presas da minha carne cheirando o ar.

— Quando Kayan morde você, fica excitada assim? Não, porque eu sou o único capaz disso. — ele se afastou com os lábios vermelhos e o olhei atordoada.

Isso era ridículo, não fazia o menor sentido.

— filho da... — ofeguei — puta. — joguei a cabeça para trás olhando para o teto.

Ele deu um sorriso vitorioso.

— Vou estar no banheiro se precisar de alguma coisa. — ele me deu as costas achando que ficaria por isso mesmo.

Ah, mas se ele acha que sabe de tudo eu vou mostrar a ele o quanto eu mudei, me levantei e fui até ele com minha velocidade sobrehumana e fiquei na sua frente, ele me olhou, aquele olhar... Merda aquele olhar fez meus olhos se aquecerem e eu sabia que ele estava observando, principalmente quando não me impediu de cravar as minhas presas na carne dele, quando suguei seu sangue.

O líquido quente escorregou pela minha garganta, era surpreendentemente delicioso, ele tinha uma gosto amadeirado e quentinho, seu sangue... Tinha gosto de amor e isso não faz o menor sentido. Suguei em grandes goles, eu não sabia que estava com tanta sede, me alimentara de Kayan a três dias e por ser híbrida não tenho sempre esse tipo de fome, mas agora... É como se tivesse passado anos sem me alimentar.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora