~• 0.9 •~

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∆ • AZAZEL MILLER • ∆

Sentado na cama aproveitando a escuridão do meu quarto, eu levanto a garrafa de vinho bebendo até a última gota, esse líquido foi a melhor coisa inventada pelos humanos, mesmo que o álcool não tenha efeito algum em mim como neles. Há dois meses que não vejo minha sangue gêmeo, quando ela tocou uma de minhas asas despertou em mim instintos animalescos que não conhecia, tive... Medo de machuca-la e me afastei ordenando a Serafh que coletasse seu sangue para me equilibrar internamente. O lençol a qual estou "coberto" está em frangalhos e eu não faço ideia de como voltar ao normal, não sei como desativo essa fúria e desejo desperto em mim o que me frustra, pois não gosto de estar tão descontrolado.

A porta do quarto rangeu e observei Serafh adentrar com sua maleta, somente o cheiro do sangue dela me, deixava louco e a cada dia parecia pior, meu pau estava dolorido de tanto tesão imaginando aquelas mãozinhas em mim. Odeio o fato de ter minhas asas como ponto fraco, por serem sensíveis e na verdade ninguém as tinha tocado então a porra do problema é essa sensibilidade.

— Cara, isso parece cada dia pior. — ele fala preocupado colocando a maleta em cima da bancada. — não acha melhor traze-la aqui?

Bufei.

— E correr o risco de mata-la? Não.

— Você não sabe se é o que vai acontecer. — falou simplesmente.

— Me dê a porra do sangue! — eu exijo bravo.

então tomei os dois potinhos com o sangue dela de uma vez, me sentindo aliviado, suspirei olhando para meu amigo.

— Como ela está?

Ele pareceu pensar no que dizer.

— Bem, mas acho que a sua condição a está afetando pela distância. — ele supôs.

Não era impossível, não é de costume que parceiros fiquem tanto tempo separados após se encontrar, pode ser que ela esteja sendo afetada pela minha vontade e além do mais odeio beber esse sangue frio que Serafh me traz, gosto de beber diretamente daquele lindo pescocinho, de ter minhas mãos naquele corpo pequeno e teimoso.

Afasto o pensamento e o olho novamente.

— Chega, vou trazê-la para cá agora! — disse e soltei um rosnado.

— Não! — falei alto. — não se atreva a fazer isso.

— Deve estar adorando essa situação a ponto de querer adiar o inevitável. — soou irritadiço.

Serafh não entende, se ela me ver assim vai se assustar e eu não vou conseguir me controlar, sei que deve ser desconfortável para ele me ver assim toda semana como meu amigo e curandeiro particular, mas não quero e nem vou machucar minha garota, eu me mataria se acontecesse — quando eu ia continuar a discussão senti uma queimação no peito e notei ele arregalar os olhos e então fiz o mesmo.

— Não...

A dor aumentou e gritei.

— Ela não faria isso, faria? — perguntou.

Essa dor que estou sentindo é traição com rejeição, isso significa que ela está... Com outro homem, sinto a raiva irradiar minhas veias, levanto com pressa e coloco minhas calças o mais rápido possível.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora