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Ela se levantou da cadeira esbanjando um sorriso largo de orelha a orelha, ela não parecia me reconhecer o que era estranho, mudar meu estilo faz tanta diferença assim? Meus cabelos ondulados e ruivos caindo pelos ombros.

— Bom dia senhorita, como posso ajudar?

Dei a ela um sorriso ácido.

— Você não se lembra de mim mesmo, não é? — eu ri e adentrei na loja olhando ao redor, era uma variedade, na verdade — se bem que você não olhou bem meu rosto na vez em que me expulsou...

Ela piscou.

— Como?

— A garota de vestido florido. — olhei as prateleiras.

O sorriso dela desapareceu, mas ela tentou disfarçar.

— Seja bem-vinda, em que posso ajudar? — desviou do assunto e a olhei arqueando a sobrancelha.

— O que faz aqui? — tive um susto ao ouvir o sussurro de Azazel perto de minha orelha e olhei para ele.

— Vim respirar fora daquele apartamento. — fiz cara feia para ele.

Porteiro fofoqueiro.

Ele riu e enroscou a mão na minha cintura me guiando para fora da loja e me senti vitoriosa, pois pelo menos tive o prazer de ver a expressão incrédula daquela mulher arrogante. Ele caminhou comigo, até chegarmos em um restaurante, fiquei feliz por isso, nos sentamos e ele fez o pedido.

— Kay foi lá no apartamento. — eu disse distraída com a beleza do lugar.

— E o que ele foi fazer?

— Ia perguntar sobre mim, disse que o delegado anda curioso sobre o caso de quando nos conhecemos. — expliquei e olhei para ele que estava com o cenho franzido — o que foi?

— Ele havia me dito que enfeitiçou o delegado para esquecer do caso. — repousou a mão no queixo e depois passou os dedos por entre os cabelos assumindo uma postura ereta.

Isso era estranho, então o que ele foi fazer lá se não para me procurar?


Az me levou para o apartamento de volta e o tédio voltou com força total, era noite e eu estava com uma camisola preta com um tecido delicioso de sentir e confortável para dormir, tinha prendido meu cabelo em um coque bem preso no topo da cabeça, mexi no celular olhando as notícias de menos violência e morte misteriosa em Mirani e dei um leve riso.

— Por que será que diminuiu, hã? — ri pensando em Azazel.

Meu poder se agitou e senti uma presença estranha, mas não reagi rápido o suficiente para impedir que uma mão grande cobrisse minha boca com um pano branco, seja lá o que tinha ali, eu não inalei e dei-lhe uma cabeçada com força suficiente para que o pano caísse e o homem tombou para trás cambaleando.

Me virei rápida e olhei-o era um Angélic Damons, espécie de Az, minha espécie ou pelo menos metade dela, as asas num ton de verde claro, os cabelos dele são de uma cor verde escuro quase preto até que ele me olhou a íris brilhando como duas orbes esmeraldas.

— Quem é você? — senti meus olhos aquecerem e meu poder atento e notei a surpresa dele ao ver isso.

— Você bem podia facilitar a porra do meu trabalho — disse irritado e então se recompõe assumindo uma postura arrogante — mas, se quer fazer do jeito difícil, então vamos lá, ele só não me avisou que você era uma de nós.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora