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∆ • MALLORY EVANS • ∆

Azazel é o ser mais irritante e tedioso que já vira na vida.

— Você é ridículo. Que tipo de homem não bebe ao menos vinho? — reclamei de braços cruzados de frente para ele.

Meu cabelo estava amarrado em uma longa trança de fios ruivos e jogada para frente, tive que vestir o que parece ser a única roupa interessante naquele guarda-roupa idiota, uma calça lag preta, uma blusa azul escuro e um blazer preto.

— Eu bebo, só está guardado. — ele levantou uma sobrancelha cruzando os braços também. — mas você não beberá nem uma garrafa.

Rosnei para ele e sentei-me no sofá.

— Espera que eu fique presa aqui para sempre? Eu vou quebrar tudo, me ouviu? — eu disse em alto e bom som.

— Pode quebrar. — ele respondeu tranquilo caminhando até uma poltrona.

— Vou tentar te matar quando adormecer!

— Vá em frente. — pegou um livro e abriu-o.

Filho da puta.

Eu me levantei e fui até o grande espaço da varanda.

— Eu vou me jogar daqui! — apontei varanda afora.

— Sim, faça isso.

Eu mordi o lábio com força de tanta raiva, fui até a cozinha e vasculhei todas as gavetas e olhei para trás, ele não havia se movimentado em nenhum momento, peguei uma faca e com rapidez subi em cima dele ajeitando no seu pescoço, ele me olhou surpreso e então deu um maldito sorriso.

— Isso é muito sexy. — ele disse me surpreendendo.

— Estou com uma faca no seu pescoço e acha isso sexy? — perguntei incrédula e engoli em seco.

— Pois é... O que eu posso fazer? Você é muito linda. — falou com o sorriso alargando-se em seu rosto.

Pressionei a faca na sua pele.

— Eu vou te matar!

Suas mãos tocaram minha cintura e repousaram ali com seus polegares fazendo pequenos círculos na pouca pele exposta que a blusa mal arrumada deixou por debaixo do blazer, isso me arrancou um maldito suspiro.

— Faça isso, Lux mea, agora.

Eu pisquei, era uma... Não, soava como uma ordem, ele não tem medo de morrer? Com o desafio pairando entre nós engoli em seco mais uma vez, uma umidade se fazendo presente entre minhas coxas, vi o nariz dele cheirar o ar e suas pupilas dilatam ao olhar para mim, tomei fôlego, eu não estava respirando? E então sem querer a faca deslizou e um filete de sangue escorria-lhe da curva, o cheiro me intoxicou.

Me inclinei para frente e lambi o fino rastro de sangue em sua pele quente e senti-o estremecer.

— Não faça isso se não quiser saber as consequências... — sua voz parecia uma neblina de tão rouca e grave.

— E se eu quiser? — provoquei ainda lambendo o lugar até que sua mão pegou meu pescoço sem machucar me fazendo olha-lo.

Merda. Isso é excitante para um caralho.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora