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~• NOTA DA AUTORA •~

Olá caros leitores, espero que estejam gostando da história, peço que comentem o que estão achando e votem nos capítulos para ajudar no desenvolvimento :D

Boa leitura!

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No meu apartamento, eu andava de um lado para o outro tentado acalmar minha respiração, minha madrinha está em perigo, não posso dizer isso a ninguém e ainda tenho apenas dois dias para voltar para Lorien. Céus, mas o que diabos a vida tem comigo? Eu sou especial por acaso?

Pego meu celular e olho o número de Azazel pela quinta vez seguida, a dúvida aperta meu coração e então eu penso.

— Ele pode ter grampeado meu celular, certo? — olho o número.

Deve ser assim que ele acha que vai saber se eu contar a alguém, mas não sou tão preguiçosa a ponto de não ir pessoalmente. Vesti um vestido florido vermelho framboesa de mangas pomposas um pouco abaixo do ombro e fui até a empresa. Enquanto andava, eu olhava para todas as direções, pois não sabia se estava sendo observada e de qualquer forma, estou indo para o lugar que vou todos os dias não há nada de suspeito nisso.

Entro às pressas passando por Helena não dando tempo de cumprimenta-la novamente no mesmo dia e adentrei no elevador apertando o botão para o andar do meu chefe. Meus dedos estavam inquietos nas mãos, quando eu contar, o que ele fará? Certamente vai me ajudar, ele nunca me nega nada. Assim que o elevador chega no andar, me apresso andando até a sala dele e quando ponho a mão na maçaneta e abro um pouco da porta escuto algo.

— Ah, fazia tempo que não me sentava no seu colo... — uma mulher fala com uma voz manhosa e enjoada.

Engoli em seco com o coração acelerado.

Eu já ouvi essa voz em algum lugar.

— Saia! Eu já disse para não vir aqui Koiten! — Azazel diz com uma voz impaciente.

Koiten...

"Uma mulher chamada Koiten veio vê-lo..."

"Corra para o banheiro"

Ah, sim, agora me lembro desse nome, o que essa mulher faz no escritório dele novamente?

Sua madrinha vai morrer...

Merda, eu realmente preciso falar com ele.

— Ai! Não seja tão malvado, quase caí — ela reclama — eu quero que você me explique sobre uma tal Mallory Evans com quem tem andado ultimamente. — ouço um estalado de língua.

— Por que quer saber da minha secretária pessoal? — ele diz com uma voz aparentemente calma.

— Sabe, querido, há tempos não vejo notícias de corpos secos — uma pausa bem longa — é sua sangue gêmeo, não é?

— Não adianta negar, eu já sei tudo sobre ela, é melhor para aquela humanazinha estúpida que você acabe tudo com ela. — ela continua e sua voz é cheia de puro veneno.

— Você parece ter esquecido do meu aviso, sua raposa maldita. — a voz dele tornou-se furiosa.

Raposa?

— Não, não, não! Eu não faria isso se fosse você, pois nesse momento, querido, tem uma arma apontada para a cabeça da sua queridinha. — revelou ácida.

A sala de Azazel escureceu, tornou-se a mais pura escuridão tanto que me afastei em um pulo, lembrei-me do sonho do versis, a escuridão de vinhas prendendo meus pés no solo tornando-me vulnerável e presa.

Um grito e então uma voz sombria.

— Esqueceu quem é o teu rei, raposa? As asas do seu irmão... — uma risada maligna — eu ainda me recordo do gosto, devo arrancar as suas e me alimentar do seu desespero também?

Uma tosse.

— N-Não... Meu rei... Eu peço p-perdão... poupe-me... — ela implora com dificuldade.

Meu instinto me diz para entrar na sala e acalma-lo, mas um outro lado diz para sair correndo.

Eu tenho que acalma-lo!

Entro na sala de forma rápida e as vinhas de sombra me erguem no ar apertando meu pescoço, olho para frente e vejo Azazel exatamente como o versis me mostrara naquele sonho, chifres envolviam seu crânio como uma coroa, seus olhos estavam brilhando em um carmesim sombrio e suas asas tinham uma tonalidade de sangue.

— A-Az... — tentei dizer.

De repente as vinhas me soltaram e senti braços grandes e quentes ao meu redor, abri os olhos, a escuridão na sala havia sumido numa velocidade desumana e só notei os olhos negros desesperados de Azazel sobre mim.

— MALLORY! — ele chama desesperado — Me desculpa, me desculpa eu... eu perdi o controle, eu pensei que...

— Shh — interrompi — eu estou bem. — tentei acalma-lo.

Levo minha mão até seu rosto e acaricio notando que ele está se acalmando. Ele me levantou nos braços e virou-se para Koiten que estava caída no chão tentando recuperar o fôlego, em seu pescoço estava a marca da mão de Azazel, se fosse um humano, o pescoço teria sido facilmente quebrado.

Ele a olhou e ouvi o rosnado vindo do seu peito, então redirecionei seu olhar para mim.

— Chega, por favor. — eu disse calma.

Sua madrinha vai morrer...

Franzo os lábios. Tenho dois dias para ir, eu não posso mais adiar essa conversa.

— Dê o fora daqui. — ele ordenou e ela saiu correndo desesperada.

Ele sentou-se em sua cadeira comigo no colo.

— Eu preciso contar algo a você. — deixaria o que aconteceu agora de lado por enquanto, a minha madrinha é mais importante.

— Diga, Lux mea, por favor... — franzi o cenho.

Por que de repente ele parece tão dócil?

— A minha madrinha corre perigo, tem um homem a ameaçando e disse que preciso ir até lá tendo só dois dias para pensar. — o olhei triste.

Ele pensou um pouco.

— Eu vou com você.

— É só isso que tem a dizer? — eu perguntei.

— Sei que sua madrinha não é humana, por tanto, esse homem com certeza também não. — explica.

Suspirei e encostei minha cabeça no peito dele, de repente parece que minha cabeça irá explodir, estou sentindo dor, foi muita coisa para processar em tão pouco tempo.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora