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∆ • MALLORY EVANS • ∆

Eu não sabia ao certo quando a batalha contra o Addro terminara, apenas me lembro de quando Az me deu sangue para me alimentar. Abri os olhos, o sol estava nascendo mas percebi um tumulto do outro lado da fogueira, após levantar-me um pouco e ficar sentada, notei estar coberta com a capa vermelha e Trust lambeu meu braço enfaixado, eu sorri para ele e passei a mão por sua cabeça.

Quando fiquei de pé vi Kristen amarrado a uma árvore, era mesmo ele? Minha visão estava meio turva pelo sono, esfreguei os olhos e vi alguém que pelo cheiro reconheci ser Az.

— Lux mea... — ele disse, seus braços laçando minha cintura e seus lábios beijando levemente os meus. — você está melhor?

Eu assenti e inclinei a cabeça para ver através dele.

Saí de seus braços e caminhei até o homem de cabelos ruivos em vestes de couro marrom.

— O que você faz aqui? — pergunto.

Havia uma agitação escondida em seus olhos, preocupação talvez, mas o observei.

Ele apenas me encarou.

— Você o conhece? — Az pergunta se aproximando e noto Serafh observar de longe sentado em um tronco.

Eu assenti mais uma vez.

— O conheci quando estava indo atrás de Serafh.

— Que bom que não esqueceu de mim soror... — ele disse e estreitei os olhos.

— Por que continua se referindo a mim com essa palavra, não sou sua irmã. — falei e ele baixou a cabeça suspirando.

— E essa vai ser uma longa conversa. — murmurou.

Eu tentara achar o melhor meio para lidar com a notícia de que eu tenho um irmão gêmeo, sentada em um tronco ao lado de Serafh os pensamentos me perturbando sem pausas.

Kristen, me contara que é alguns minutos mais velho e que eu não o vi nas imagens do colar porque de alguma forma a magia que ocultou meus poderes fez com que algumas imagens fossem apagadas para que eu não soubesse de sua existência. Ele foi criado por amigas da minha mãe, digo, nossa mãe, que mais tarde contaram a ele tudo o que precisava saber enquanto eu estava no mundo humano.

— E depois? — Serafh pergunta. — como soube onde Mallory estava?

Ele riu comendo uma espécie de maçã azul.

— Eu não sabia, a vi pela primeira vez naquela cachoeira. — responde de boca cheia e eu faço uma careta.

Depois de muita discussão consegui convencer Azazel de solta-lo e demos algo para ele comer.

— Como sabia que era eu? — indaguei.

— Não sabia, mas precisava acreditar que sim. — ele falou contendo um tom divertido na voz — até vê-la lutar contra o Addro... As chamas douradas nos seus olhos...

Olhei para Az. Chamas douradas? Nos meus olhos? Pergunto.

Ele me olhou.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora