Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )

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∆ • AZAZEL MILLER • ∆

Meu coração doeu e cada parte de mim se despedaçou ao deixá-la naquela cama assim que adormeceu, tê-la em meus braços outra vez, implorando por mim sem saber o que aconteceria depois foi horrível, assim que seu corpo relaxou eu me afastei e fui ao meu quarto vestir minha roupa de batalha que há muito estivera guardada, eu nunca imaginei ter que usá-la depois de tanto tempo. Minha mãe e meu irmão estavam em perigo porque aquele desgraçado de Kayan conseguiu achar o segundo portal, eu precisava de alguma forma salva-los sem colocar Mallory em perigo. Então escrevi uma carta explicando a ela o meu sumiço e parti naquela madrugada.

A carta que aquele maldito mandou minutos depois que ela havia ido tomar banho me deixou frustrado.

Se quiser sua mãe e seu irmão com vida é melhor trazer minha sangue gêmeo.

Aquele filho da puta, ela é minha.

Eu abrira meu portal para a ilha a pouco tempo e estava vagando na floresta Flammae, cai de joelhos colocando a mão no peito, a dor alucinante me rasgando por dentro, eu sabia que precisava de sangue, meu corpo estava sedento, bebi de alguns animais com os quais me deparei no caminho para o castelo, mas não era suficiente porque nada jamais seria como ela.

E só pude usar magia o suficiente para abrir o portal, teria que poupar energia para o que estaria por vir, eu desafiaria Kayan para um duelo de Reis, se eu perder ele fica com o tudo, o reino, minha família, minha sangue gêmeo... E é exatamente por isso que pretendo dar minha vida nessa batalha e morrer depois de acabar com ele, sabendo que minha rainha estaria segura no apartamento sendo protegida por Serafh, nada me impediria de acabar com Kayan, mas ele não pode saber que estou fraco ou usará isso a seu favor.

Me levanto, com força cada osso do meu corpo reclamando com o esforço, mas eu precisava continuar.

E então após algumas horas, cheguei ao portão do castelo, guardas estavam feridos e os outro estavam tentando se erguer, meu coração se apertou até que um deles me viu.

— Meu Rei! — veio correndo até mim, seus braços sangrando e suas pernas feridas. — sentimos muito, não conseguimos protege-los. — ele se curvou lágrimas caindo incessantemente de seus olhos.

— Não se preocupe, eu que peço perdão por isso tudo. — bati no meu próprio peito — vou compensar isso, eu prometo, mas agora preciso da minha armadura.

Ele assentiu e chamou outros que estavam em melhores condições, fui levado a sala de preparo, onde ficavam as armaduras de ouro puro dos Reis antigos, inclusive do meu avô e meu pai.

Após me vestir, fingi que meu corpo não estava se revirando por dentro e caminhei até o salão do trono onde sabia que aquele desgraçado estava, o guardas abriram a porta quase chorando ao me ver, pois não podiam fazer muito. Primeiro vi Kayan sentado no meu trono com uma armadura prateada e depois olhei para Lilith falando algo ao seu lado e olhando para mim surpresa e logo mirei minha mãe, cujos punhos estavam amarrados por cordas que notei estarem apertadas, seus cabelos vermelhos desgrenhados e meu irmão mais novo caído e inconsciente no chão, controlei minha fúria o máximo que pude.

Kayan se levantou.

— Onde ela está? — sua voz ecoou pelo salão.

— Segura e longe daqui, seu bastardo de merda. — eu disse tocando a espada e ele estalou a língua.

— Eu mandei trazê-la, mas pelo visto quer ver sua família morta. — ele desceu um degrau e não mudei minha postura.