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∆ • MALLORY EVANS • ∆

Passaram-se duas malditas semanas dentro desse apartamento, estou farta de ficar presa aqui, meus poderes estão voltando aos poucos, mas agora eu fui dominada por uma estranha incerteza dentro do peito.

Estava encostada na varanda, olhando cidade afora, uma hora ou outra ele vai ceder e me deixar sair, depois daquela vez em que me tocou, mesmo com minhas provocações incessantes ele não me tocou em nenhum aspecto. Senti a brisa fria do ar bagunçar meus cabelos e um cheiro familiar encontrar meu olfato, virei para trás, lá estava ele me observando e parecendo cansado.

— Azazel? — perguntei sentindo uma sensação ruim no peito.

Ele suspirou e foi só isso, pois logo em seguida caiu de joelhos, não sei quando e o porquê meu corpo se moveu tão rápido quanto qualquer outra coisa, quando me ajoelhei de frente para ele meu coração estava disparado e eu sentia um desespero forte e desconhecido, levei minhas mãos ao seu rosto pálido.

— Azazel, o que está acontecendo? — perguntei e seus olhos se abriram de maneira fraca e ele balbuciou algo — o que?

— S... Sangue... — disse fraco.

Céus ele precisava de sangue, eu queria ajudá-lo de alguma forma, mas meu sangue era... Contaminado como dissera aquele homem, senti uma angústia tomar forma em meu peito tomando conta de mim, eu precisava fazer algo.

— Espere aqui, vou procurar alguém para você beber. — eu disse e lembrei da tranca mágica que não me permitia sair — mas você precisa remover aquela tranca.

Ele balançou a cabeça.

— Não seja ridículo, eu não vou fugir.

Ele me olhou desconfiado.

— Você vai ter que confiar em mim para ter certeza. — sorri em desafio.

E então senti a magia que ali estava desaparecer, logo corri para fora, não poderia ser alguém do prédio ou o sumiço repentino seria suspeito então corri para o elevador torcendo para que não demorasse muito e bem, as coisas estavam a meu favor, desci rapidamente todos os andares e percorri a portaria olhando para todos os lados na rua, de repente parei observando todos passarem na calçada.

Eu poderia realmente fugir a partir dali, ele não viria atrás está muito fraco, mas meu instinto dizia para que eu fosse rápida e que ele ainda estava me esperando e confiando em mim depois dessas semanas juntos no apartamento, eu não podia trai-lo assim... Não podia deixá-lo.

Notei um homem passar me encarando e então fui até ele demonstrando interesse, eu vi naquele olhar que ele estava interessado em mim e sendo sincera, azar o dele.

Fingi uma cara de desespero.

— Com licença, estou com um probleminha em casa... — baixei o olhar e depois voltei-o para seu rosto — pode me ajudar?

Ele sorriu.

— Seria um prazer, ajudar uma moça tão bonita. — ele pegou minha mão e beijou-a.

Reprimi uma careta de nojo e peguei sua mão.

—- Ótimo, agora vamos. — apressei.

Ele me acompanhou e o porteiro olhou desconfiado e sorri sem humor para ele passando imediatamente para o elevador, apertei o botão.

Anjo Da Paixão - ( Livro 1 - Duologia Angélic Damon's )Onde histórias criam vida. Descubra agora