Capítulo XXXV - Luke

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Era segunda feira bem cedo e eu já estava batendo na porta da casa de Lisa, andando de um lado para o outro na varanda da casa, torcendo os dedos em ansiedade para ver a comprovação da gravidez.

Esse era mais um dos motivos do porque não podíamos mais adiar aquele teste de gravidez. Ela insistia em negar, mesmo tendo todos os sinais bem em baixo do nariz, e agora que toda a família e amigos já sabiam, graças a Ava, ela não tinha como fugir de ao menos fazer um teste.

A porta finalmente foi aberta, mas não era para colocar um fim no meu desespero. Nona apareceu na minha frente, o rosto da senhora se fechou no mesmo instante que os olhos dela se focaram em mim.

— Bom dia senhora. — cumprimentei dando meu melhor sorriso, mas pareceu ter nenhum efeito. — Você deve ser a Nona, Lisa me falou muito sobre você.

— E você deve ser Luke, minha menina chorou muito por você. — ela foi curta e grossa, me fuzilando com os olhos enquanto bloqueava a porta.

— Sinto muito por isso, eu não... Nunca quis magoar Lisa, só achei que estava fazendo o melhor pra ela a mantendo longe de mim e dos meus problemas. — contei a verdade, mesmo que nunca tivesse conhecido Nona oficialmente sabia que Lisa tinha contado tudo a ela. — Tudo o que eu quis foi protegê-la. Até perceber que tinha perdido uma parte importante de mim e decidi lutar por ela, me tornar alguém melhor por mim, por ela e pelo nosso bebê a caminho.

Nona ficou me encarando por tanto tempo que eu cheguei a achar que ela nunca me deixaria entrar. Até que um sorriso pequeno se formou nos lábios, erguendo as bochechas dela e apertando os olhos pequenos e enrugados.

— É bom que tenha caído na real e que realmente esteja disposto a lutar por ela, porque Lisa vai te fazer pagar por todas as lágrimas que derramou por você. — ela disse o que eu já esperava ser verdade e então empurrou a porta, dando espaço para que eu passasse. — Agora anda, sua metade está prostrada no vaso colocando tudo pra fora.

Eu lancei um sorriso largo a ela e não esperei por outra palavra, corri para dentro da casa e subi no segundo andar. Não tinha ideia de qual ligar Lisa estava, mas fui guiado até o banheiro depois de ouvir o som de ânsia dela.

A porta estava entreaberta e eu terminei de empurrar dando de cada com mina garota sentada no chão, com a cabeça enfiada no vaso.

Respirei fundo antes de entrar e me abaixar ao lado dela, unindo os cabelos soltos e os prendendo no alto na cabeça.

— Estou aqui agora querida, pode ficar tranquila. — deslizei minhas mãos nas costas dela, tentando acalmá-la, mas Lisa praticamente pulou se afastando de mim.

— O que você está fazendo aqui? — ela gritou tentando de levantar e quase caiu, provavelmente pela tontura.

Mas eu fui mais rápido e a agarrei pela cintura, puxando seu corpo para cima junto ao meu. Ela se debateu e estapeou minha mão, tentando se livrar de mim, mas eu não deixei que saísse de perto de mim sequer um centímetro.

— Estou aqui pra cuidar de você e ir a nossa consulta. Ou já esqueceu que o dia do exame é hoje? — perguntei, esquadrinhando o corpo dela, coberto com um robe, vi que ela devia ter esquecido ou eu cheguei cedo de mais.

— Quem parece ter esquecido das coisas é você! Eu disse que faria o exame hoje e você poderia ir se quisesse, mas não te pedi pra vir na minha casa. — ela reclamou andando até a pia, com minhas mãos grudadas em seu corpo. — Deveria me encontrar no hospital já que quer tanto ver de perto, porque por mim você poderia continuar tendo as ilusões de uma família.

— Eu jamais deixaria você ir sozinha, o filho também é meu! Além disso, não são mais ilusões, esse bebê é real e você vai descobrir logo logo.

Seduzindo O Paciente - Retirada 14/12Onde histórias criam vida. Descubra agora