Minha Salvação | Malila

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Marília POV

Quando eu por minhas mãos em Maraísa, vou esgana-la. Como pode um ser humano ser tão irresponsável com horário? Já são quarenta e cinto minutos de atraso, todos já se encontram no ambiente esperando a beldade chegar para darmos início ao jantar, já enrolei o máximo que pude a paciência que já não tenho se esvai. Já liguei inúmeras vezes mas seu celular só dá na caixa postal, ligo pro meu motorista e ele também não atende, sinto meu sangue ferver já imaginando o que aquele homenzinho deve estar fazendo com minha secretária, se eu desconfiar de algo ele vai perder mais do que o emprego.

Sou retirada dos meus pensamentos quando a porta da sala onde estávamos se abre e minha secretária adentra o local chamando a atenção de todos no ambiente. Ela trajava um vestido preto justo que ia até abaixo dos seus joelhos, suas mangas eram longas e a gola alta, as belas curvas de seu corpo estavam em total evidência, seu cabelo levemente ondulados caiam sobre seus ombros seu comprimento vai até sua cintura, em seu rosto tinha uma maquiagem leve apenas realçando sua beleza, ela da passos lentos e tímidos e se vira quase de costas para cumprimentar alguém que estava próximo a porta e posso vê a fenda na parte de trás do seu vestido que ia até um palmo abaixo de sua bunda, deixando parte de sua pele exposta quando ela se movia e é impossível não reparar na sua bunda que ficou extremamente marcada naquele vestido, olho ao redor e percebo que todos estão em uma espécie de hipnose, olhares de interesse eram mantidos sobre ela sem nenhum pudor. Meus dedos apertam o copo de uísque que estava em minha mão. Me sinto embriagada pelo ódio de saber que não sou a única que repara naquele monumento de mulher.

Me levando esperando ela cumprimentar algumas pessoas por onde passa, seu sorriso era tímido mas encantador. Seus olhos colidem com os meus e posso sentir cada minúscula parte do meu corpo entrar em combustão, passei meu olhos por seu corpo sem pudor algum enquanto ela caminha em minha direção, vejo ela serrar o punho o que indica sua provável irritação pela minha audácia, provavelmente por eu estar comendo ela com olhos, então resolvo ser um pouco mais ousada.

Quando ela chega em uma distância considerável pego em sua cintura com a mão livre e a puxo colando nossos corpos, ela me olha assustada e sua respiração se altera lentamente. Aproximo meu rosto do seu e encosto nossas bochechas em um beijo casto fazendo o mesmo com o outro lado onde paro por alguns segundos e aproximo minha boca de sua orelha.

— Está uma delícia senhorita Pereira. — Digo em seu ouvido e sinto ela soltar uma lufada de ar e seu rosto toma uma coloração avermelhada deixando evidente sua vergonha.

— Obrigada por esperar, tive um contratempo. — Fecho minha expressão e aperto mais minha mão em sua cintura ao lembrar que ela estava com aquele motorista.

— Falaremos disso depois. — Digo firme enquanto olho em seus olhos e posso vê ela engolindo em seco.

— Senhores podemos dar início ao jantar? — Um dos presidente de uma afilial minha, pergunta chamando a atenção de todos.

— Claro, vamos nos dirigir a sala de jantar. Por favor. — Digo já me direcionando para o local, minha mão estava firmemente posicionada na parte de baixo das costas de Maraísa, enquanto atravessamos o grande salão.

No arranjo dos lugares Maraísa ficou ao lado do filho do meu futuro sócio, para meu total aborrecimento. A todo momento que olhava de relance Maraísa estava rindo de algo que o imbecil falava, e minha irritação foi crescendo.

Depois de algumas horas de debate, propostas, contrapropostas, contratos e todo tipo de assunto envolvendo o mundo dos negócios decido que é hora de encrencar os assuntos e apenas aproveitar o restante do jantar. Uma bela melodia instrumental toca ao fundo deixando o ambiente agradável, alguns dos convidados permanecem em seus acentos embalados por bate papos um tanto que irrelevante minha atenção está completamente voltada para Maraísa e o fedelho petulante eles se encontram no meio do salão sobre meu olhar atento. A conversa parece fluir naturalmente, o sorriso estampado em seus rostos são testemunha de tau ato. Sinto meu sangue ferver todas as vezes que aquele muleque aproxima a mão de minha secretária sempre a tocando no braço ou em sua mão, enquanto mantém uma proximidade perigosa. Já não consigo mais prestar atenção em nada do que estavam me dizendo apenas concordava com a cabeça e bebia meu uísque sentindo o líquido queimar minha garganta. Sinto um ódio absurdo quando o vejo colocar a mão na cintura de Maraisa e aproximar sua boca do ouvido dela, me levanto abruptamente chamando atenção dos que estavam ao meu redor, peço licença saindo em passos largos tento me controlar ao máximo para não socar aquele garoto.

Me aproximo chamando atenção de ambos jogo um olhar mortal para ele vendo seu nervosismo crescer, me aproximo de Maraisa e enlaço sua cintura com o braço a puxando para mim e vejo ela franzir o senho em uma confusão interna.

— Desculpa atrapalhar mas, creio que já está na nossa hora. — Digo sem tirar os olhos do rapaz

— Achei que íamos poder ficar mais um pouco. — Fala demostrando sua insatisfação.

— Não, já está na hora de ir. — Digo decidida.

— Você pode ir na frente, eu quero ficar mais um pouco.

— Eu posso levá-la senhora Mendonça, prometo devolver ela inteira. — Diz dando um sorriso cafajeste. Dou um passo em direção a ele.

— Sugiro que guarde suas boas intenções para outra caso contrário vou me certificar de que você não fique inteiro. — digo em um tom baixo e ameaçador.

— Mendonça...

— Tem dois minutos para pegar suas coisas. — Digo a interrompendo.

Chamo a atenção de todos no ambiente, elevo minha voz e faço um breve agradecimento pela presença de todos, desejo que aproveitem o restante da noite chamo por Maraisa ela empinou o queixo, passando por mim, sem me responder. A sigo para a saída da mansão onde meu motorista já estava a nossa espera, peço para seguir para o hotel e subo a divisória para que ele não interaja conosco.

Notas da autora:

O próximo capítulo está uma delícia 🔥 fiquem ligados 😉