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Marília POV

— Não! Não... Me tota... Mentilosa... Voxe mentiu... — Maiara gritava a todos pulmões e esperneava em meus braços quando adentramos na clínica.

— Calma princesa! — Tento segurá-la.

— Eu telo minha mamãe. — Ela dava tapas fortes em meus ombros.

— Eu sei, prometo que vai ser rápido. — Digo segurando as mãos dela.

— Não... Caxa... Quelo ir pa caxa. — Seu rosto banhado de lágrimas me cortava o coração.

Com muita dificuldade e sobre os olhares de todos que estavam ali naquele momento consigo chegar até a recepção.

— Oi, Bom dia. Eu a trouxe pra vacinar. — Digo pra a recepcionista.

— Qual o nome dela, por favor?

— Maiara Carla Henrique Pereira. — Ela digitava no computar procurando por algo enquanto tento segurar Maiara que se debatia em meu braços.

— Ah! Está aqui, chegou bem na hora ela é a primeira. Pode se dirigir para o consultório seis a doutora já está na sala. — Diz gentilmente.

Agradeço a recepcionista e saio arrastando Maiara pelos corredores a procura do consultório seis. Ela que já conhece o ambiente ao perceber se desespera mais.

— Não! Mamãe não... AZUDA, SOCOLO — A pego novamente no colo, tentando conter seu corpo que se debatia com violência.

Com um pouco de dificuldade encontro o consultório seis e bato na porta esperando por autorização para entrar e não demoro a recebê-la. Entro na sala e vejo uma mulher loira sentada em sua mesa digitando algo em seu computador, quando entramos ela nos olha e parece não estranhar o desespero e gritos de Maiara. Tento falar mas os gritos da ruiva estavam descontrolados, coloco ela no chão a segurando por trás, seu choro se misturava com seus soluços altos a médica tenta se aproximar dela mas a mesma começa a tentar chuta-la.

— Calma aí mocinha, a titia não vai te machucar. — Ela fala com a voz suave.

— Vai xim. —  Se vira me abraçando pela cintura e escondendo o rosto em meus seios.

— Não, não vou. Eu só quero vê você bem, sei que vai doer um pouquinho mas eu prometo que será rápido.

— Eu... Num... Num telo. Xai di peto de mim — Fala com a voz abafada.

— Eu sei que você não gosta mas é pro seu bem, prometo ser cuidadosa para que você não sinta tanto. — Diz dando um sorriso pra Maiara que abre o bocão num choro auto e sofrido.

A médica então volta a atenção para mim, enquanto Maiara se debulha em lágrimas.

— Oi, sou a doutora Isabella. — Ela me estende a mão.

— Marília Mendonça. — Aceito seu comprimento a vendo ficar um pouco surpresa.

— É uma honra conhecê-la. — Sorri largamente. — onde está Maraísa? Ela nunca falta. — Faz uma expressão confusa.

— Ela necessitou fazer uma viagem de trabalho e eu estou responsável por Maiara até ela voltar. — Explico.

— Ah, sim. Entendo! Bom então vamos cuidar dessa mocinha pra ela ir logo pra casa por quê eu sei o quanto ela odeia esse lugar. — Ela se dirige para o balcão onde começa a preparar as injeções

— Obrigada, doutora.

— Para que seja mais confortável você pode sentar naquela poltrona e colocá-la em seu colo. — Apenas faço sinal de positivo com a cabeça. Pego Maiara no colo e sento-me na poltrona a sentando em uma das minhas pernas e com a outra imobilizo suas pernas, depois de muita luta consigo segurar seus braços e a puxo a abraçando.

Minha Salvação | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora