Minha Salvação | Malila

30

Maraísa POV

— Amor, não faz assim. Não quero viajar brigada com você. — Fico entre as pernas de Emilly que está sentada em minha cama.

— É impossível não se chatear com isso, Maraisa. Não gosto dessa mulher dentro da sua casa, muito menos perto de você. — Ela desabafa.

— Eu e Marília não temos mais nada. Ela vem aqui não por minha causa e sim por Maiara. — Pego seu rosto em minhas mãos.

— Maiara não é nada dela. Acha mesmo que isso tudo que ela fez não é um joguinho para no final ter o que ela quer. O poder o domínio sobre as pessoas. — Ela coloca suas mãos nas minhas. — Você conhece a Mendonça, Maraísa. Apenas se lembre que eu a conheço há mais tempo. Ela já fez você sofrer uma vez, não quero vê você passando por isso de novo. Seria mais doloroso vê Maiara passar por isso. — Respira profundamente.

— Maiara é muito a pegada a Marília, eu tentei afasta-las mas não deu certo.

— Então você vai arriscar o bem estar da Maiara?

— Emy, Marília nunca faria mal algum a Maiara.

— Tem certeza disso?

— Tenho. — Tento responder com firmeza mas a pontada de dúvida fica evidente.

— Você confia tão cegamente na pessoa que te machucou mas não confia em mim? Eu poderia ficar com Maiara durante esses dias que você irá viajar. — Posso vê a tristeza em sua voz.

— Amor, não é questão de confiança. Eu confio muito em você, mas Maiara quer ficar com a mãe, eu tentei fazer ela mudar de ideia mas foi em vão.

— Ela não é mãe dela. — Diz rudemente. — Nós temos um relacionamento Maraisa deveríamos está construindo nossa família, mas ao invés disso eu tenho que conviver com uma pessoa na qual age como se fosse divorciada de você e que acha que é mãe da sua filha.

— Emilly, eu não posso simplesmente apagar Marília da memória dela. Dês do primeiro dia que elas se viram que Maiara gostou dela, elas tem uma conexão que mesmo que eu quisesse quebrar eu não conseguiria. Maiara ama a Marília e tenho certeza que Marília também a ama. — Respiro fundo. — Amor, olha pra mim. — Levando seu rosto fazendo ela me encarar. — Eu estou com você, Marília faz parte da vida da Maiara e do meu passado, não precisa se preocupar com isso. Nós vamos aos poucos nos tornar uma família, só tenha paciência. — Acaricio sua bochecha com o polegar.

— Maiara não gosta de mim. — Sua voz triste me atinge.

— Ela gosta sim, acredite. Apenas de um tempo a ela para se adaptar a você, aos poucos ela vai se acostumar com sua presença e te aceitar. — Sorrio pra ela na tentativa de passar segurança.

— Eu já não sei mais o que fazer, já dei todos os brinquedos possíveis, já levei pra passear, já levei no parque, sem contar que todas as vezes que saímos ela chora até Marília vim buscá-la. As vezes acho que Mendonça faz a cabeça dela contra mim.

— Marília não seria capaz e não vejo em que ela se beneficiaria fazendo isso.

— Sério? O prêmio seria você, o que ela sempre quis. — Diz debochada.

— Eu não sou um objeto para ser dada como prêmio a ninguém. — Rebato.

— Diz isso pra Marília é assim que ela te vê, é assim que ela vê todas que ela leva pra cama.

— Quer saber? Vamos parar de falar de coisas banais. — Sento em seu colo com uma perna de cada lado. — Vamos focar em nós. O que acha? — Roço meus lábios nos dela.