Minha Salvação | Malila

46

Maraísa POV

Lentamente abro os olhos, acordando de um longo e tranquilo sono. A primeira coisa que vejo, é o sol dourado através das cortinas. Aparentemente está uma manhã muito linda. Me movo na cama, mas sou impedida por braços fortes que me envolvem possessivamente. Marília mesmo dormindo, permanece me prendendo no seu abraço, apertando meu corpo contra o seu. Movo-me encaixando mais ao seu corpo, sentindo seu calor me aquecer me fazendo suspirar. Alivio, é o que sinto ultimamente, tê-la de volta nos meus braços foi o que mais pedi a Deus e ao universo nos últimos meses. Com muita dificuldade me viro na cama ficando de frente para ela, passo minha perna direita por cima da sua cintura, sua mão se move passando do meio da minha coxa até adentrar meu short e repousar em minha bunda. Fico por alguns minutos admirando seu lindo rosto, sua respiração serena, coloco uma mecha de seus cabelos dourados atras de sua orelha e passo carinhosamente meu nariz sobre o dela ouvindo-a ronronar.

­- Marilia? Acorda amor. - Beijo seu rosto carinhosamente, mas não obtenho resposta. Ela apenas esconde seu rosto em meu pescoço.

Sorrio com sua manha e com muita dificuldade me estico pegando meu celular no móvel ao lado da cama, acendo a tela digital vendo que são 6:09 da manhã de uma segunda-feira. Depois de meses afastada, hoje seria o grande dia que Marilia retornaria para a empresa, apesar de tudo achei que ela estaria ansiosa e acordaria antes mesmo do despertar do alarme, mas pela sua manha vejo que ela não mudou nada no seu humor matinal.

Mesmo a contra gosto da loira eu me levanto da cama e vou até o banheiro fazendo minha higiene matinal. Saio do cômodo e chamo pela mulher quase falecida na cama recebendo um chute como resposta.

Puxo a coberta com violência vendo ela se encolher e resmungar. Me dirijo até seu closet separando um vestido social preto, feito sobre medida para o corpo de Marilia, separo também um par de salto vermelho e sua bolsa preferida. Coloco as peças sobre a cama e engatinho sobre a mesma até ficar sobre o corpo dela.

- Marilia, você precisa acordar ou vai se atrasar. - Digo sacudindo ela pelos ombros.

-Hum! - Murmura ainda de olhos fechados.

- Acorda! Eu já separei sua roupa. - Sacudo ela com mais força.

- Maraísa, eu juro que vou jogar você pela janela se não me deixar dormir. - Sua voz rouca pelo sono me faz arrepiar.

- Você não vai trabalhar? - Pergunto segurando seu rosto em minhas mãos.

- Vou! Mas eu vou quando eu quiser, agora sai de cima de mim. - Meu corpo é jogado com violência para o lado.

Bruta!

- Se não levantar agora você vai se atrasar. - Falo auto em seu ouvido recebendo um olhar mortal.

- Eu não me chamo Maraísa, eu nunca me atraso. - Fecha os olhos novamente, mas vejo ela tentando conter um sorriso.

- Ei! - Dou um tapa em seu ombro fazendo ela rir e me puxar para os seus braços.

Recebo um selinho demorado cheio de carinho e sentimentos me fazendo suspirar em seus lábios.

- Bom dia, amor! - Ela diz fazendo meu coração dar cambalhotas dentro do meu peito.

- Amor? Ou você é doida ou bipolar não é possível. - Falo rindo.

- Bipolar, a doida da relação é você, mas te incomoda que eu a chame assim? - Pergunta afundando o rosto em meu pescoço e inalando meu cheiro.

- Palhaça! - Bato em seu braço de leve - Eu sempre quis ouvir essas palavras da sua boca. Mas você estava me agredindo a meio minuto, sua louca. - Respondo rapidamente vendo ela sorrir largamente.