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Depois de várias tentativas frustadas de falar com Júlia, termino meu turno tendo que dividir minha atenção entre meus afazeres e Maiara. Marília me ajudou a distraí-la deixando que ela ficasse em sua sala quando não estava em reunião e a ruiva como a boa bagunceira que é olhou e mexeu em cada detalhe do escritório.

Quando deixamos o edifício e seguimos para o estacionamento Maiara insistiu para que Marília nos levasse em casa mesmo eu estando de carro. Devido a tudo que aconteceu resolvo não me opor para não deixar ela mais agitada. O caminho é longo e silencioso o que me faz vê que Maiara realmente não está bem, deixando meu coração dolorido com a cena. Saí de meus devaneios quando o carro é estacionado só então percebo que já havíamos chego no nosso destino.

— Chegamos meninas. — Marília diz retirando seu cinto.

— Muito obrigada! Desculpa o incomodo de ter feito você vir até aqui. — Digo sincera.

— Não se preocupe, foi um prazer ajudar.

— Vamos meu amor ? — Olho pro banco de trás encarando uma Maiara desanimada.

— A titia vai enta ? — Diz com a voz baixa.

— Está tarde meu amor, a titia precisa ir pra casa.

— Fica titia pu favo. — Diz fazendo biquinho.

— Amor, não insista. Vamos entrar. — Retiro meu sinto me preparando pra descer, Maiara começa a chorar baixinho. Respiro fundo passando a mão em minha testa os acontecimentos de hoje deixou todos estressados. Principalmente Maiara.

— Não chora princesa. — Marília se volta pra ela. — Eu entro um pouquinho até você se acalmar, pode ser ? — Maiara apenas assente limpando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Ela desce primeiro indo correndo até a porta.

— Desculpa! Eu só quis acalmar ela. Tudo bem eu entrar um pouco? — Ela me encara.

— Tudo bem! Assim ela não fica mais agitada, eu só não quero tomar mais o seu tempo, sei que é ocupada.

— Tenho todo tempo pra vocês. — Sua mão acaricia meu braço gentilmente.

— Então! Vamos lá acalmar a mocinha?

— Vamos! — Ela sorri lindamente.

Descemos do carro e fomos em direção a casa onde Maiara esperava na porta, abro a mesma e ela entra como um furacão como sempre faz. Dou um passo para o lado dando passagem pra Marília e entro logo em seguida trancando a porta.

— Aceita algo para beber ? — Pergunto enquanto retiro meus sapatos.

— Se não for incômodo. Eu aceito sim.

— Vinho ?

— Perfeito. — Sorrio já sabendo do seu apreço por vinhos. — Se importa se eu retirar meus sapatos? Meus pés estão me matando.

— Pode ficar a vontade. — Ela retira um salto de casa vez fazendo uma expressão de alívio quando seus pés tocam o chão.

Vou até a cozinha pego uma taça e coloco um pouco de vinho e retorno para a sala encontrando ela no mesmo lugar, com um dos pés levantado a poucos sentimentos do chão fazendo movimentos circulares.

— Muito dolorido? — Pergunto olhando pro seu pé.

— Um pouco, nada que não possa aguentar.

— Sente-se um pouco vai melhorar. — Entrego a taça de vinho a ela. — O vinho é do mais barato possível então se não quiser tomar eu entendo. — Coloco as mãos no bolso um pouco envergonhada.

Minha Salvação | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora