Capitulo 51

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Lavínia Brandão

Encarei tudo que ele falava com muita atenção, olhei em seus olhos e vi ele realmente bem desesperado pra tentar me explicar.

- eu não posso te dar a chance de me machucar de novo. - soltei uma respiração pesada, ele passou a mão na bermuda e encostou na cadeira ainda me encarado.

- Eu agora sei o que sinto por você..

- e é recíproco.- ele soltou uma respiração pesada.- eu penso em você e sinto sua falta. Nossa, tá com você aqui do meu lado me traz um conforto que não senti nesses meses.. mas poxa, você não controla suas crises de ciúmes e age como um babaca.

- isso não vai mais acontecer. - ele se aproximou de mim novamente.

- eu tô muito machucada. - ele pegou minha mão e só esse toque foi o suficiente pra sentir um choque elétrico passar por meu corpo. Só em sentir seu toque eu já fico toda balançada.

- eu quero cuidar de cada machucado seu...- ele passou uma mexa dos meus cabelos pra trás da minha orelha e disse analisando todo meu rosto, parecia que ele queria gravar cada detalhe meu.- eu vou te proteger do mundo, acredite! Eu te coloco na minha frente qualquer merda que chegar a querer te atingir eu protejo.- ele chegou perto do meu rosto e eu sentia cada toque seu. Eu me sinto muito protegida no colo dele. Sabe criança que tem medo do escuro e a mãe entra no quarto pra te esperar dormir ? Pronto, é uma sensação de que nada vai me acontecer enquanto eu estiver com ele.

- me promete que vai controlar seus ciúmes ? - ele assentiu rápido.

- prometo que nunca mais vou agir como um escroto.- continuei encarando ele.- eu tô louco pra beijar sua boca, mas vamos pro meu carro, aqui tem muita plateia.- olhei pra trás e notei que realmente nossos amigos olhavam, quando olhamos eles fizeram cara de paisagem.

Levantei arrumando meu vestido e ele levantou indo na frente, quando estávamos saindo ouvimos uma "aaa" deles em desgosto e eu ri.

- se merecem, dois cuzoes! - MT disse rindo.

- me tragam netos..- Lúcia disse e eu saí de uma vez de lá sentindo meu rosto todo corar.

Paramos em frente a BMW dele e entramos, ele ligou o ar-condicionado do carro e virou pra mim.

- estamos bem ? - encostei no banco sentada de lado encarando ele.

- vai depender de você.

- por mim, somos um só.- eu sorri balançando a cabeça em sinal de negação. Ele pegou minha mão e beijou me puxando mais pra ele, sua outra mão subiu por entre meus cabelos e eu encarei o seu rosto bem desenhado. Olhei pra sua boca, depois pra casa um dos seus olhos que estavam escuros, ele olhava meus lábios enquanto acariciava meus cabelos. Senti ele colocar meus cabelos todo pra trás e com sua outra mão ele segurou minha nuca me fazendo encarar ele.- posso te beijar?

É a primeira vez que vou ter contato assim com alguém desde o ocorrido, não quero sentir receio é muito menos com o Abner, mas tinha medo de tá com bloqueio. Eu assento devagar ainda encarando ele. Senti os lábios dele tocarem os meus, em um beijo calmo e gostoso. Parecia que tinha fogos de artifícios, um mundo de borboletas na minha barriga e tudo ao redor parou.

Ele me puxou pro como dele e eu sentei de lado, beijava seus lábios com muita saudade. Mordia os lábios dele, só com o beijo parecia que realmente ele queria nos tornar em um só.

Sua mão percorreu por minha panturrilha e foi subindo por dentro do meu vestido até chegar na minha bunda onde ele apertou com força aprofundando ainda mais o beijo que era calmo e agora estava selvagem e quente, com sua mão que estava nos meus cabelos puxou um pouco minha cabeça pra trás e beijou meu pescoço, eu deixei escapar um gemido fazendo com que eu sentisse ainda mais seu pau duro por debaixo da minha bunda. Sua boca desceu até a parte do meu decote e ele continuou dando puxões sem deixar marcas. Joguei minha cabeça pra trás sentindo seus lábios e suas mãos por meu corpo e arranhei levemente sua nuca.

Senti a mão dele que estava na minha bunda passar o indicador por dentro da minha calcinha e em um estalo eu acordei.

Droga, eu não queria isso.

Segurei a mão dele o afastando um pouco, ele não evitou ou tentou novamente, apenas me encarou com roda calma do mundo e me olhou nos olhos.

- você sabe que nunca vou te machucar, não é?

- não é isso..- disse ainda apreensiva

- eu sei minha morena, eu só queria deixar claro que eu prefiro perder minhas mãos do que machucar você. Eu espero quando tempo for pra ter você, só não tenha medo de mim.

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