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Jeong Jin-Soul – Boston, USA.
Depois de ter o pior último dia de aula da minha vida, tendo dormido menos de duas horas e tendo que aguentar minhas amigas e Kim Jungeun, eu poderia dizer que estava mais do que satisfeita por enfim estar tendo alguns dias de descanso, ainda que fossem apenas duas semanas.
Decidi que a primeira coisa que eu faria seria ter uma boa noite de sono, sem me preocupar com que horas teria que acordar no dia seguinte. E era exatamente por isso que quando enfim resolvi sair da cama já passava das duas da tarde e, com toda certeza, se não tivesse alguém batendo na porta, eu poderia passar pelo menos mais cinco horas dormindo.
— O que quer? — Perguntei assim que abri a porta, irritada por terem me arrancado do melhor sono que já tive em meses. Meus olhos se encontraram com os do meu pai e eu não consegui evitar o desprezo em minhas próximas falas. — Ah. É você… — Respirei fundo, me esforçando para não revirar os olhos. — Nem deveria ter me preocupado em abrir a porta então, poderia apenas ter continuado a ter o melhor sono que tive em meses. — Resmunguei e percebi que ele não havia gostado nada disso.
— Já te falei que não quero porta trancada e olha como fala com seu pai, Jeong Jinsoul. Não vou tolerar esse tipo de comportamento dentro dessa casa. — Falou e dessa vez o revirar de olhos foi mais forte que eu.
— Então agora você é meu pai? — Questionei amargamente, desejando que ele fosse embora antes que eu me estressasse e acabasse fechando a porta em sua cara, o que eu já estava prestes a fazer. — Poxa, que interessante. Eu nem sabia que você tinha uma filha. — Provoquei, me virando e indo me sentar na ponta da cama, puxando o celular para ver o que as garotas haviam me enviado.
— É realmente impossível tentar ter uma conversa agradável com você. — Ele murmurou, entrando no quarto e sentando na minha poltrona. O encarei.
— Estávamos tendo uma conversa? Nossa, desculpa, nem percebi. — Bloqueei o celular e encarei meu pai, que me olhava atentamente. — Sobre o que estávamos conversando mesmo? Ah, sim! Lembrei. É sobre aquela filha dos seus amigos que tem oito anos e fala quatro línguas? Ou é sobre sua filha idiota que não é compreensiva e só se importa com dinheiro? — Assim que essas palavras saíram seus olhos foram para o chão e pela primeira vez eu estava vendo Jeong Jihoon envergonhado sobre algo.
— Você sabe que não era isso que nós queríamos dizer, Jinsoul. — Falou e eu suspirei.
— Todos nós sabemos que aquilo era exatamente o que vocês queriam dizer, mas isso não importa. Ainda estou querendo saber o que veio fazer aqui. Você nunca vem até o meu quarto, então provavelmente não é coisa boa. Apenas fale logo, assim posso voltar a dormir. — Falei, deitando na cama e fechando meus olhos, querendo realmente voltar a dormir logo que ele saísse do meu quarto.
— Estava conversando com sua mãe e pensamos que seria legal termos um tempo para nós três. O que acha de vir ao shopping conosco hoje? — Perguntou, fazendo meu olhar ir automaticamente em sua direção.
— Acho uma péssima ideia, na verdade. Já combinei de sair com Son Hyeju e Ha Sooyoung e diferente de certas pessoas eu realmente tento fazer o que combino. — Menti, pois não pretendia ir ao shopping com elas hoje. Apenas queria me livrar de ter que sair com meus pais e poder dormir o resto do dia.
— Tenho certeza que pode marcar com elas outro dia, Jinsoul. Quase não temos tempo como família e logo eu e sua mãe o viajaremos e não poderemos mais passar nenhum tempo juntos antes da sua aula voltar. — Insistiu e eu respirei fundo.
— Pai… Não estou interessada em fazer papel de filhinha feliz e não me importo que não teremos tempo juntos. Parei de me importar depois que percebi que qualquer esforço que eu fizesse não significaria nada para vocês. Agora, se puder sair para eu me arrumar. — Derrotado, meu pai se levantou e saiu do quarto, fechando a porta.
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❁ཻུ۪۪⸙ ͎.Boston Empire. ͎ˡⁱᵖˢᵒᵘˡ | LOONA
Fanfiction|Concluída| ˡⁱᵖˢᵒᵘˡ⁞'✎ De todas as situações que poderiam acontecer, Kim JungEun tinha certeza que aquela era a pior. Mudar de escola já era assustador, mas mudar de país era algo para o qual ela definitivamente não estava preparada. Agora teria de...