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                                                                                                                               ⌜Luísa Cortes⌟                                                                                                          ...

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                                                                                                                               ⌜Luísa Cortes⌟
                                                                                                                                 São Paulo 10:00 a.m 

Eu só queria dormir! É pedir muito? 

Passei a semana mais corrida e cansativa de toda a minha vida e hoje, domingo, eu só queria dormir até meio dia, em paz . O que não estava sendo possível já que meu querido vizinho resolveu ouvir música no último volume num domingo de manhã. 

Tinha pesquisado tanto antes de finalmente alugar esse AP, era tudo tão lindo, o tamanho ideal, os móveis ideais e localização perfeita, mas aparentemente não se pode ter tudo nessa vida. 

Não tinha ouvido um pio se quer durante a semana, muito pelo contrário, achei que eu tinha incomodado com barulho de mudança e agora isso. Já faz mais de uma hora que sinto as paredes do meu quarto tremer com o grave do reggaeton. 

Apertei minha cabeça contra o travesseiro, tentando de alguma maneira abafar o som, e é claro que não adiantou.

-Mas que droga. - Praguejei jogando a coberta pro lado e me levantando. 

Calcei meus chinelos e andei de um lado pro outro, cada vez que minhas paredes tremiam eu fechava os olhos de irritação. 

Quer saber? Eu vou lá. 

Talvez se eu pedir numa boa, apenas pra que abaixe o volume não seja tão ruim assim. 

Peguei meu roupão que estava pendurado na cadeira e o coloquei por cima do pijama saindo do quarto em seguida. Abri a porta olhando pra fora, ninguém, só o barulho ensurdecedor de música; coloquei meu pé pra fora me virando pra porta ao lado e bati três vezes. 

Nada. 

Apertei a campanhia uma vez, era impossível não ouvi-la; escutei uma movimentação e risadas altas que me fez revirar os olhos. Cruzei os braços enquanto esperava alguém sair; depois de um longo minuto a porta é aberta por uma mulher quase nua, ela vestia só calcinha e sutiã. 

Limpei a garganta um pouco sem graça, ela arqueou a sobrancelha esperando que eu falasse algo. 

-Desculpa incomodar.-Falei. - Sou a vizinha do lado, Luísa. - Estendi a mão pra ela, ela olhou pra minha mão, jogou os cabelos loiros pra trás e me deu as costas. 

Fiquei ali com a mão estendida, tal qual uma idiota. 

-Matías! - Ela gritou. - É pra você. - E saiu rebolando sem me dirigir uma palavra se quer. 

Voltei a cruzar os braços e o tal Matías apareceu de uma das portas, só de bermuda. Engoli seco tentando não secar o cara, o que era meio impossível já que o cara era um gostoso, todo tatuado e carregava um sorrisinho cafajeste no rosto. 

Por supuesto | Matías RojasOnde histórias criam vida. Descubra agora