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Matías RojasSão Paulo📍

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Matías Rojas
São Paulo📍

Olhei pelo olho mágico da porta observando o movimento do lado de fora, Luísa chegou tarde na noite de ontem, acompanhada e o cara só saiu agora. Eu ouvi risadas durante a noite, e dei graças a Deus por ter ouvido só isso, sem ouvir nada minha noite já tinha sido um inferno, imagina se eu ouvisse. 

Aquele cara não era nenhum pouco estranho, mas eu não conseguia lembrar da onde eu conhecia. Assim que o cara entrou no elevador e as portas se fecharam eu abri minha porta depressa, encontrando uma Luísa sorridente escorada no batente da porta. 

O sorriso dela morreu quando me viu e foi substituido por uma careta de descontentamento.

-Quién era este? - Perguntei. 

-E por que isso seria da sua conta paragua? 'Tá me vigiando? - Ela perguntou cruzando os braços. 

Analisei a mulher a minha frente que estava vestida numa camisola vermelha, e eu senti um misto de raiva e inveja do cara que acabou de sair daqui. 

-No vai me responder? - Insisti. 

-Por que eu deveria? - Perguntou de volta erguendo a sobrancelha. 

-No deve ser tan bueno, no escuché un pío en toda la noche. - Falei irônico. 

-Então você prestou atenção? - Ela perguntou dando um passo na minha direção, ela era mais baixa e precisou olhar um pouco pra cima. - Viu quando eu cheguei com ele ontem? - Perguntou com a voz provocativa. 

-Sí. - Concordei e ela sorriu. 

-Não faço escândalos. - Falou. - Mas não quer dizer que eu não tenha me divertido muito. 

-Es do tipo calada entonces? - Perguntei olhando diretamente pra boca gostosa dela. 

-Quer descobrir? - Perguntou e eu pisquei. 

Luísa ficou na ponta dos pés, e eu jurei que ela ia me beijar, entreabri a boca de forma automática e ela mordeu meu lábio inferior o puxando de leve. 

Não tinha sido um beijo, mas a sensação da boca dela na minha tinha me arrepiado por inteiro. E eu estava pronto pra puxa-la pra mim e terminar logo com isso, se não fosse o sorriso vencedor que ela me lançou. Eu não ia ceder.

-Parece que la tregua ha terminado. - Sussurrei. 

-Terminou. - Ela sussurrou de volta.

Não satisfeita, ela se colocou na ponta dos pés de novo, e eu senti seus lábios roçando contra a pele do meu pescoço. 

-'Tá com frio? - Perguntou. - Todo arrepiado. - Ela riu e estalou a língua no céu da boca, se virou e bateu a porta na minha cara.

Ela bateu a porta na minha cara. 

Dei um passo pra trás atônito com tudo que tinha acabado de acontecer. 

Não demorou pra ela abrir a porta de novo. 

Por supuesto | Matías RojasOnde histórias criam vida. Descubra agora