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Luísa Cortes 
São Paulo 
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Acordei aconchegada no peito do Matías, eu estava de costas e nossas pernas estavam entrelaçadas e seu braço me prendia contra si. Pela respiração pesada eu sabia que ainda estava dormindo, então fiquei imóvel tentando raciocinar como agir naquela situação. 

Na noite passada ele tinha agido como se realmente fosse meu namorado, me ajudado com a crise de ansiedade e insistido pra que eu dormisse com ele. 

E nos realmente só dormimos. Ele me deu uma camiseta larga pra que eu vestisse, que por acaso seria mais uma que ele nunca mais veria na vida e me aconchegou nele, sem mãos bobas, sem comentários com segundas intenções, ele só cuidou de mim. 

E se eu não soubesse que Matías Rojas não valia o chão que pisava, eu até poderia me iludir com isso. 

Senti o toque na minha cintura se apertar, ele tinha acordado. Borboletas no estomâgo, ah que merda. 

-Buen dia. - Falou rouco. 

-Bom dia. - Falei tentando me afastar, mas ele impediu me segurando ainda mais forte. 

-Como dormiu? - Perguntou. 

-Muito bem. - Falei. 

E era verdade. Normalmente dormir com alguém no qual não se tem tanta intimidade é incômodo, mas com ele parecia tudo fácil demais, como se nós nos conhecemos a anos. Eu não tinha vergonha dele, nem de aparecer descabelada, com a cara inchada ou com bafinho da manhã. 

Virei meu corpo de modo que pudesse olhar pra ele, e me deparei com a cena mais adorável do mundo. Apesar da pouca luz no quarto eu pude distinguir a carinha inchada dele e o cabelo desgrenhado, parecia uma criança. Selei nossos lábios incapaz de resistir ao biquinho presente nos seus lábios, um selinho demorado junto de um caricia no seu rosto. 

-Puedo acostumar a despertarme así todos los días. - Sua voz estava rouca o que me fez imaginar coisas que não deveria. 

-Obrigado. - Sussurrei. - Por ontem e por ter topado essa loucura. - Soltei uma risadinha nervosa. 

-Me ayudaste en Fortaleza, recuerdas? - perguntou e eu assenti. - Y somos amigos, creo. Isso no fue nada. 

-Somos amigos? - Perguntei. 

-No somos? - Devolveu a pergunta. 

Amigos. Não sei porque, mas essa não era bem a palavra que eu esperava. Depois de ter ouvido ele me chamar de novia, amigos parecia fora de contexto. Mas nós dois obviamente tinhamos avançado, já que algumas semanas atrás pareciamos cão e gato, e olha só pra nós, dividindo a cama. 

-Lu?! - Chamou e eu o olhei, Matías abriu a boca algumas vezes, mas não concluiu o que ia falar, mas pra minha surpresa ele me beijou, de ínicio um beijo lento, gostoso, a sensação dos nossos lábios se tocando era gostosa, mas não demorou pra que ele mudasse as posições e ficasse por cima de mim, sem separar nossos lábios. 

-Matías... - Murmurei. - Não dá! Sua família tá ai. - Ele enfiou a cabeça no meu pescoço. 

-Solo fique em silêncio. - Sussurrou. - Caladinha hum? - Respirei fundo. 

Eu sentia seu volume me pressionando, e covenhamos, não tinha muito o que eu poderia fazer. Quem em sã cosciência negaria um sexo matinal com Matías Rojas? 

A camiseta que eu vestia foi erguida apenas o suficiente para que os meus seios ficassem a mostra, mas ele não a retirou por completo. Precisei morder meus lábios pra conter o gemido com sua boca encontrou um deles enquanto sua mão dava atenção pro outro. 

Por supuesto | Matías RojasOnde histórias criam vida. Descubra agora