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Matías Rojas
São Paulo 📍

Eu mal vi a hora que finalmente cheguei em casa, só precisava dormir, e quando acordei algumas horas depois meus pensamentos me levaram diretamente ao apartamento do lado. E eu fui cara de pau o suficiente pra bater na porta dela, e fiz questão de ir sem camisa. 

Mas quando a porta se abriu não era Luísa, era outra mulher. Cocei a nuca sem graça, será que ela tinha se mudado nos dias que passei fora? 

-Hola. - Falei, a mulher me avaliava de cima em baixo. 

Gata. 

-Você é o namoradinho da minha irmã? - Perguntou sorrindo. 

Era irmã da Luísa? 

Porra de família com a genética boa. 

-Você costuma bater na porta dos outros sem camisa assim? - Perguntou se escorando no batente da porta. 

Ao contrário dos olhos verdes da Luísa, ela tinha os olhos azuis, um pouco mais baixa e talvez alguns anos mais velha. 

Muito gata. 

-No sabía que ella tenía visita, desculpe. - A mulher estalou a língua no céu da boca. 

Ela  enfiou a cabeça pra dentro do apartamento e gritou o nome da Luísa que rapidamente apareceu na porta, arregalando levemente os olhos quando me viu.

-Já voltou paragua? - Perguntou empurrando a irmã pra dentro da casa.

-Ai! - A mulher reclamou. 

-Some daqui Vanessa. - Luísa falou entredentes, a mulher gargalhou mas obedeceu. 

-Sua irmã? - Perguntei.

-É. - Ela falou sorrindo. E eu quase arfei de saudades que eu estava daquele sorriso. 

-Bela genética. - Falei. - Me lembre de tener hijos contigo. Nuestra genética combinada fará niños lindos. - Ela revirou os olhos mas riu. 

-Deus que me livre. - Ela fez o sinal da cruz dramáticamente. 

E eu senti uma vontade súbita de abraça-la, precisei me conter muito. 

-Você não usa camisa? - Perguntou avaliando meu peitoral, senti meu corpo esquentar com o olhar dela. 

A foto que ela me mandou veio na minha mente e eu olhei seus seios automáticamente. 

-Está sin sutiã? - Perguntei e ela arqueou a sobrancelha. 

Seus braços se cruzaram em baixo dos seios os empinando. Merda. 

-Para de responder minhas perguntas com outras perguntas. - Reclamou. - Mas sim. Estou. - Mordi o lábio inferior. -Isso é um problema? 

-El problema es esta blusa. - Luísa deu um passo na minha direção, ficando na ponta dos pés e roçando nossos narizes. - Que tal me mostrar mais do que aquela foto?

Dios mio, cuando poderei sentir essa boca? 

-Sabe que eu senti sua falta?! - Ela sussurrou conta o meu rosto, minhas mãos a seguraram pela cintura mantendo um aperto forte. 

Sua pele macia me tirava o foco, o seu cheiro me inebriava, o hálito quente contra minha boca quase me fazia perder a razão, e eu teria perdido, se ela não tivesse se afastado bruscamente, um lampejo de sorriso nos seus lábios. 

-Cuando vai parar con esses joguinhos? - Perguntei frustrado. 

-Quando você implorar Matías. - Falou. - É só você pedir, com jeitinho. - Ela fez bico. 

Por supuesto | Matías RojasOnde histórias criam vida. Descubra agora