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⌜Luísa Cortes⌟
Em algum lugar entre o Brasil e o Uruguai 
📍

-No deberíamos ter vindo mi amor. - Matías falou pela décima vez. 

Joguei água no rosto sentindo o alívio imediato. Prendi meu cabelo em um coque frouxo no topo da minha cabeça e sorri pro homem preocupado ao meu lado. 

Estávamos no banheiro apertado do avião, eu do lado de dentro e ele parado na porta aberta segurando meu cabelo e me dando apoio moral enquanto eu colocava as tripas pra fora. 
A verdade é que depois que soubemos que eu estava grávida de dois bebês, os cuidados redobraram. Eu me sentia até sufocada. 

De um lado Matías no pé o tempo todo, do outro Vanessa. 

-Eu tô bem amor. - Falei, enxanguando minha boca. 

E era verdade, eu estava bem. 

O mal estar da gravidez era algo pontual. Em um momento eu estava super enjoada e vomitando todos os meus órgãos. Mas depois que eu vomitava, minha vitalidade voltava na mesma velocidade que tinha ido embora. 

-Ela está bem? - A aeromoça perguntou dando uma espiada dentro do banheiro minúsculo. 

-Solo un poco enjoada. - Ele disse. - Está grávida. - O brilho de compreensão nos olhos da aeromoça foi até engraçado. 

-Vou pegar uma garrafa de água pra ela. - Ela disse e saiu rapidamente. 

-Bruno lo entendería si dijéramos que no iríamos. - Ele continou. - Está grávida mi amor. 

-Eu sei. - Falei dando tapinhas no meu rosto pra que voltasse a cor logo. - Mas eu nunca deixaria de ir no casamento do Bruno. Ele é um amigo. 

-Teimosa. - Ele murmurou, a aeromoça voltou com uma garrafa de água gelada.

-Se precisarem de algo, me avise. - Disse educada e eu agradeci, virando todo o líquido de uma só vez. 

-Vamos? - Matías perguntou indicando nossas poltronas. 

Estalei a língua no céu da boca, uma péssima ideia se passando pela minha cabeça. 

-Por qué me miras así?  - Ele perguntou com uma das sombracelhas arqueadas, sorri largamente. - No, no, no, no, no. - Negou rapidamente me arrancando uma gargalhada baixa. 

Coloquei minha cabeça pra fora do banheiro dando uma olhada a nossa volta, ninguém estava em pé, e os poucos que estavam nas poltronas, dormiam. 

Ótimo. 

Puxei Matías pelo braço sem dar tempo pra que ele pensasse muito e fechei a porta atrás de nós com uma rapidez absurda. 

-Que estas haciendo, loca? - Perguntou um tanto quanto desesperado. 

Não respondi, apenas grudei nossos lábios, enfiando minhas mãos no seu cabelo macio e curto. Matías arfou contra minha boca, surpreso. 

-Eu quero que você me coma, bem aqui. - Sussurrei. 

-No po...demos... - ELe gaguejou no exato momento em que minha mão deslizou pra dentro da calça em que ele vestia. - Luísa...las personas van ouvir.

Ele negava com palavras, mas seu membro completamente duro na minha mão, me dizia outra coisa. 

-É só fazer baixinho. - Murmurei contra sua boca. 

Foi a gota d'água pra ele.

Por sorte eu estava de vestido o que facilitou nossa vida. No segundo seguinte eu estava de costas pra ele com o vestido erguido até minha cintura e minha calcinha pro lado. 

Por supuesto | Matías RojasOnde histórias criam vida. Descubra agora