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Matías Rojas
São Paulo
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Eu não estava brincando quando disse que ela não ia sair com aquele moleque. 

Eu só não sabia ao certo como eu faria pra impedir sem parecer um idiota. 

Mas tudo que eu pensava era idiota, e quer saber? Foda-se. 

Foda-se aposta, foda-se meu orgulho, foda-se o fato dela ser uma demônio que vai desgraçar a minha cabeça. 

Me levantei praticamente correndo e abri a porta, Luísa estava na porta do elevador e quando me viu fez uma carranca e apertou o botão do elevador com mais força. 

-Donde va? - Perguntei. 

-É da sua conta? - Perguntou petulante. 

-Você não vai sair com el. - Falei me aproximando. 

-Ah não? - Perguntou colocando a mão na cintura. - E quem vai me impedir? 

-Tú mismo escolherá ficar. - Falei, perto o suficiente pra que eu pudesse sentir o cheiro dela, Luísa riu. 

-Me erra. - Falou contra o meu rosto. 

Posicionei meus braços na lateral da sua cabeça, mantendo-a presa ali. 

-Você não vai. - Falei em claro português. 

O elevador fez barulho de que tinha chegado no andar e ela olhou pro lado fazendo menção de sair mas eu a prendi com a perna, Luísa arfou com o toque inesperado. Aproveitei para analisa-la, vestia um vestido indecentemente justo ao corpo e o rosto tinha uma maquiagem leve, ela não precisava de nada exagerado porque a desgraçada era linda, e sabia disso. 

-Você tem dois segundos pra me fazer mudar de ideia. - Sussurrou. 

Meu coração galopou com as possibilidades que surgiram na minha mente, e a essa altura nada mais me importava. Eu estava de saco cheio desses joguinhos. 

Segurei firme os fios de cabelo na nuca dela, fazendo com que ela olhasse diretamente para os meus olhos, mas ela não se moveu um centímetro, ela não ia ceder. 

Mas tudo bem, eu cederia. 

Apertei nossos lábios com força sentindo um choque percorrer meu corpo, ambos com os olhos abertos, um grunhido escapou pela minha garganta no momento em que enfiei minha língua na boca dela e senti a sua ao meu encontro, Luísa soltou um riso abafado, satisfeita. Ela iria me infernizar o resto da minha vida por isso. Fechei meus olhos com força me sentindo estasiado com a sensação do beijo dela, eu tinha esperado tanto por aquilo que eu mal podia respirar. 

Encostei nossos corpos a prendendo contra a parede, o beijo tinha raiva, tinha tesão, tinha saudade? Mordi o lábio inferior dela com força me separando só o suficiente pra que eu pudesse recuperar o fôlego. 

-Es tua escolha. - Falei. - Ou te vás, ou entra para que yo tire esse vestido. 

Luísa me empurrou de leve e por um momento achei que ela iria, mas ela pegou o celular e digitou alguma coisa, voltando a me olhar. 

-Eu vou me arrepender disso. - Murmurou enquanto buscava de novo pela minha boca. 

Guiei ela até a porta do meu apartamento mas quando ela sentiu a porta atrás de si e percebeu que iriamos entrar ela se afastou. 

-O que? - Perguntei confuso. 

-Você acha que vou deitar nessa tua cama infectada? - Perguntou. - Jamais. 

Joguei a cabeça pra trás inacreditado do quanto essa mulher me tirava do sério. Luísa tirou as chaves da bolsa e abriu o próprio apartamento. 

-Su hermana? - Perguntei enquanto ela me puxava pelo braço. 

Por supuesto | Matías RojasOnde histórias criam vida. Descubra agora