Dragonfly - Capri

03.

Carolyna chegou em casa cansada, estacionou o carro na sua vaga do apartamento, salu caminhando em direção ao elevador. Apertou o botão que levava à cobertura e encostou-se na parede enquanto aguardava a subida, sua perna direita doia, lembrando-a da insinuação da tatuadora. Deu um sorriso olhando pra si mesma no espelho enquanto ajeitava o cabelo. A verdade é que Carolyna tinha nos jogos de sedução seu passatempo preferido, gostava de se sentir sexy e desejada, mas só havia dormido com uma mulher em toda sua vida e claramente nunca havia dormido com um homem. Acontece que a tatuadora foi tão direto ao ponto que trouxe as inseguranças de Carolyna à tona, levando-a à sua quase fuga do estudio. Mas ela também não podia deixar que a outra soubesse disso, então tentou disfarçar sua fraqueza aproximando-se da outra para combinar o horário. Enquanto o elevador subia ela repassava os acontecimentos em sua cabeça tentando imaginar qual a imagem que a outra tinha dela.

O elevador parou na cobertura e ela colocou o indicador da mão direita no sensor próximo à porta que se abriu para um pequeno saguão. Ela caminhou até a porta do outro lado abrindo-a e adentrou sua sala de estar trancando a porta logo atrás de si.

O espaço era amplo e muito bem iluminado por luz natural, o teto era quase todo de vidro dando uma vista do céu lá fora, haviam três enormes e aconchegantes sofás posicionados formando um U em direção à Tv de tela plana 4K. No centro um grande tapete branco felpudo cobria os pisos também brancos, as paredes tinham um tom bege clarinho, exceto pela parede mais à esquerda que era inteira de vidro e dava abertura pra área externa retangular que pegava toda uma lateral do apartamento.

A área externa tinha uma mureta de aproximadamente um metro de altura com uma continuação de mais um metro de vidro que permitia uma vista magnífica da cidade de São Paulo, o piso era inteiro em madeira e contava com um ofuro, cadeiras de piscina em madeira maciça, duas mesas redondas com guarda-sol e cadeiras normais também em madeira e algumas plantas que haviam sido adicionadas por um paisagista.

Logo atrás da sala de estar, sem divisão fisica de ambientes, estava a sala de jantar, uma ampla mesa de tampo de mármore com cadeiras brancas acolchoadas de espaldar alto, um lustre de cristal pendia bem acima da mesa.

Aos fundos da sala de jantar havia uma estante moderna em madeira que abrigava todas as bebidas da casa, que não eram poucas. A direita da sala de jantar ficava a cozinha americana, com um balcão branco e alguns. bancos altos, armários também brancos e uma parede cinza clarinha. Atrás da cozinha, havia uma entrada bem discreta para a área de serviço à qual Carolyna adentrara pouquíssimas vezes considerando os 2 anos que morava ali.

Aos fundos da Sala de jantar, do lado da estante de bebidas, havia uma passagem alta sem porta que levava ao corredor dos quartos, no corredor haviam quadros de moldura discreta e iluminações pontuals, como aquelas que costuma-se ver em bares, pendiam do teto formando pontos de luz no chão. No corredor haviam três portas, a da direita levava à sulte de hóspedes, a do meio a um banheiro e a da esquerda à suíte principal.

Essa suíte seguia o padrão de decoração do restante da casa, era igualmente ampla e contava com uma enorme cama King Size. Uma abertura para a área externa dava bem de frente com o ofuro, uma outra passagem na parede onde ficava a cabeceira da cama dava para um enorme closet e bem de frente uma porta dava para o banheiro da suite que possuía uma hidromassagem.

Carolyna soltou um longo suspiro e jogou a bolsa sobre o balcão da cozinha enquanto caminhava até a geladeira para pegar um copo d'água. Bebeu a água em grandes goles e deixou o copo sobre a pia, pegando a bolsa na bancada e indo pro quarto. Se despiu por completo em frente ao espelho do closet e passou a analisar o trabalho da tatuadora, quando estivesse completo ficaria lindo, seu corpo já era maravilhoso, vamos combinar...mas com essa tatuagem ficaria mais lindo ainda.