18.

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O celular de Carolyna despertou, ela havia se esquecido de desligar o despertador antes do feriado. A garota se sentou em um pulo na cama e Priscila despertou ao seu lado. A morena olhou o próprio celular e então se virou bruscamente no colchão encarando a ruiva.

- Por que não me contou que hoje era seu aniversário? - Perguntou com o cenho franzido mostrando a notificação do google na tela do seu aparelho. A latina a encarou igualmente chocada e checou a data no próprio telefone.

- Eu...eu não tinha reparado na data. - Exclamou despertando completamente. - Eu estava tão preocupada com a prova que nem notei que meu aniversário estava chegando! - Disse sorrindo e gesticulando.

- Feliz aniversário LYNA!! - Ela disse pulando pra cima da latina, derrubando-a na cama, enchendo seu pescoço de beijos e fazendo cócegas em sua barriga. A menor se encolheu rindo descontroladamente devido aos carinhos. - Hey! Eu não preparei nada pra você. - Disse a tatuadora fazendo um beicinho.

- Você nem tinha como Pri. - Disse inclinando a cabeça ligeiramente pra o lado e ajeitando uma mecha do cabelo da outra.

- Eu tenho uma ideia. - Disse olhando o celular, 7:00 da manhã. - Perfeito. - Ela murmurou mais pra si mesma que pra outra. - Levanta, vamos nos arrumar!

- Que? São sete da manhã! Arrumar pra que? - Perguntou se jogando de volta na cama.

- Surpresa de aniversário! - Ela gritou animada como Carolyna nunca vira antes.

"Nota mental Carolyna, ela leva aniversários bem à sério" pensou a latina antes de se levantar e começar a pegar as roupas que a outra tirava do guarda-roupas e arremessava nela.

-★

O sol brilhava grandioso no céu de São Paulo, não havia nenhuma nuvem à vista. Um perfeito céu de brigadeiro, como diriam os mais velhos.

Com a chegada dos raios do grande astro alguns passarinhos começavam a se animar e soltavam suas vozes. As árvores no caminho faziam seubpapel providenciando um clima úmido e fresco para as duas garotas.

- Ai... - Reclamou tirando uma folha que havia se prendido às suas mechas - Pri, acho que isso não é pra mim reclamou. - Carolyna ofegante atrás de si "Que presentinho de Grego, carajo" pensou.

- É sim vai... isso aqui é pra todo mundo! - Disse a ruiva sorrindo e olhando pra trás. - Vamos, é lindo no final, prometo.

- Já estamos andando a duas horas... - Resmungou feito uma criança mimada, ajeitando a mochila nas costas.

- Ouve. - Disse parando e colocando parcialmente uma mão sobre o ouvido. - Tá ouvindo? - A latina assentiu cansada e ela continuou a andar. - É a correnteza, quer dizer que estamos perto. - Carolyna continuou caminhando derrotada atrás da outra.

E Priscila estava certa, menos de dez minutos depois elas se depararam com a tão almejada clareira. A cachoeira não tinha uma queda d'água muito grande, mas um lago bonito se formava à frente.

Não havia nenhum outro ser humano sequer naquele lugar além delas duas. "Que lindo! É Perfeito" pensou Carolyna tirando a mochila e abrindo os braços de modo a aliviar a dor nas costas que começava a sentir. Ela olhou para o céu azul enquanto o fazia.

Quando voltou a olhar em volta viu que Priscila bebia a água de sua garrafinha como se não houvesse amanhã. Ao notar que a menor a observava, com uma expressão divertida ela estendeu o objeto com água pela metade em sua direção e olhou para a latina com as bochechas infladas pelo líquido.

Carolyna começou a rir tapando o rosto com as mãos enquanto Priscila tapava a própria boca com a mão livre evitando que cuspisse tudo longe. Então ela a garrafinha e matou também sua sede, deixando-a de lado ao terminar.

Dragonfly - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora