12.

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Priscila havia ajustado as cortinas deixando o quarto à meia luz. Esperou a latina entrar no quarto e apontou a cama, como um garçom indica a mesa reservada em um restaurante fino. Carolyna se sentou nos pés da cama, de frente pra porta da sala, sem saber muito o que esperar enquanto a ruiva fechava a porta de vidro e terminava de ajeitar as cortinas escurecendo um pouco mais o ambiente.

- O que vai fazer? - Perguntou se esforçando pra manter um tom de indiferença e não deixar transparecer a ansiedade.

- Você não vai reclamar, prometo. - Disse Priscila passando por ela e abrindo uma gaveta do móvel de cabeceira da cama.

O colchão afundou um pouco atrás de Carolyna e ela viu pelo espelho que a ruiva estava ajoelhada atrás de si e agora segurava uma venda daquelas de dormir, com a qual tapou seus olhos no instante seguinte.

- Espera..o que? - Levou as mãos aos olhos fazendo menção de tirar o acessório, mas Priscila segurou seus dois pulsos. Firme, mas ainda assim delicada.

- Você dormiu enquanto eu tatuava a sua perna. - Disse devagar e baixo. Seu corpo se encostava levemente nas costas da menor. - Você confia em mim. - Afirmou.

Sua boca agora falava encostando de leve no pescoço da latina, o ato fez o sangue da menor borbulhar. Os braços passavam entorno do pescoço delicado se fechando sobre o peito de Camila, ela continuou:

- Só me deixa fazer isso de um jeito legal. Eu poderia fazer do jeito chato, mas.. "Mas você merece mais" foi o que passou na cabeça da tatuadora, sem ela nem saber o por que. - Confia em mim. Senta mais pra trás. - Disse levantando-se da cama.

A latina suspirou e obedeceu, deixando a venda onde estava. "Ok, Carolyna, acho que se ela fosse roubar seus órgãos ou algo do tipo ela já teria feito isso. O que não faltou foi tempo, nem oportunidades, você dormiu a maior parte d..." Seu fluxo de pensamento foi novamente interrompido quando sentiu algo gelado em sua perna direita, Ela estremeceu. Logo sentiu o cheiro do creme e as mãos firmes da tatuadora percorrendo toda a extensão da tatuagem. "Sério que ela fez todo esse suspense pra passar um hidratante na minha tatuagem?" pensou contrariada "E eu pensando em roubo de órgãos...talvez eu deva relaxar um pouco mais.

"Relaxa Carolyna..." respirou fundo. Priscila viu a garota inclinar o corpo pra trás se apolando nos cotovelos, ficando quase deitada. Com o movimento uma parte de sua barriga ficou exposta pela blusa, fazendo a morena suspirar com a visão.

Após um tempo a tatuagem já tinha recebido creme o suficiente, mas ela não queria parar ali, a vista da advogada naquela posição a encantava. Ela colocou mais creme na mão e começou a passar na outra perna, aproveitando para alisar maliciosamente a parte interna da coxa da mulher.

- Vai mais pra trás. - Pediu com a voz mais rouca que o habitual devido à excitação.

Carolyna estava adorando aquilo. A venda e a meia luz faziam seus sentidos ficarem mais aguçados, ela conseguia sentir cada toque de Priscila. Como pedido ela levou o corpo mais pra trás na cama chegando ao travesseiro, onde apoiou a cabeça. A tatuadora se moveu sentando aos pés da cama e começou a massagear seus pés arrancando-lhe um gemido baixo de satisfação.

- Isso vai melhorar minha tatuagem? - Gemeu Carolyna com uma voz relaxada dando um sorrisinho satisfeito. A voz fez a ruiva erguer a cabeça para encari-la, nisso seus olhos passaram por aquele corpo maravilhoso e então ela se deu conta de que a mulher estava sem calcinha sob o short e o tecido que marcava seu sexo lisinho estava ficando levemente úmido.

- Vai sim...- Murmurou umedecendo os lábios. Continuou fazendo movimentos circulares na sola do pé da latina, então começou a massagear seus dedos devagar.

Dragonfly - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora