24.

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Seus lábios percorriam rapidamente a pele alva deixando ali marcas de batom vermelho escuro. Os dedos finos e gelados percorriam a barriga exposta fazendo os pelos de sua nuca arrepiarem em resposta.

A blusa de Priscila estava levantada até a altura dos seios expondo a tatuagem em sua barriga e o sutiã vinho que continha os seios rosados. Ela estava deitada de barriga para cima sobre o sofá de camurça vermelha, os olhos fechados e a cabeça jogada para trás, os cabelos soltos esparramados e caindo sobre a borda do móvel. A garota, de quatro sobre si, selou seus lábios nos dela, sua língua quente pedindo passagem, ao que a tatuadora prontamente cedeu tendo a boca invadida por movimentos urgentes e precisos.

Com uma das mãos a cantora tomou o seio direito da ruiva, massageando-o com habilidade sob a lingerie, fazendo-a gemer em prazer contra seus lábios e apertar o estofado cor de sangue enquanto mordia o lábio inferior. Sua intimidade já úmida pulsava pedindo por mais.

Assim que a mulher afastou a peça e tomou o mamilo rígido boca sugando-o com desejo. Priscila levou a mão às mechas azuis e assim que as segurou entre os dedos, abriu os olhos estacando no mesmo momento.

"O que está fazendo Priscila? Não é ela! Não. É. Ela!" pensou assustada, sua mente turva pela bebida, seu lado racional tentando controlar a expressão facial o tanto quanto põde. Elana sentiu sua mudança de comportamento e parou também, ficando sentada sobre ela e afastando-se um pouco para olha-lá.

- Priscila? - Chamou a garota, encarando os verdes na penumbra.

- Desculpa. - Limitou-se a dizer ajeitando as roupas rapidamente, ainda deitada.

- Eu fiz alguma coisa? - Perguntou a garota saindo de cima dela e parando em pé ao seu lado, sem desviar os olhos. Priscila podia ver sua expressão preocupada mesmo com a baixa luz.

- Não, não. - Apressou-se em dizer sentando no sofá e passando a mão sobre os próprios lábios.

- Você...estava perfeita. - Falou Elana acendeu a luz e olhou para ela. (Y/N: dejavú)

- Olha...não estou me sentindo muito bem... - Começou a se justificar quando foi interrompida.

- Não precisa fazer isso. - A garota a interrompeu com um tom delicado, gesticulando com a mão espalmada para baixo como quem se aproxima de um cão arredio. - De verdade, não mente pra mim. - Pediu, os olhos doces focados nos da tatuadora.

- Olha, não é pessoal. - Suspirou frustrada.

Apesar de tudo a garota parecia ser uma pessoa legal e Priscila realmente não queria magoá-la com seus bloqueios pessoais.

- Você está com outra na cabeça. - Ela comentou. - Eu entendo. - Sorriu fraco se aproximando e sentando no sofá ao lado dela. - Já aconteceu comigo. - Por um tempo toda garota que eu tentava beijar me lembrava minha ex e é horrível ficar com alguém quando sua mente está assim. - Ela disse ajeitando uma mecha de cabelo da ruiva com um sorriso doce.

- Eu... - Começou Priscila se odiando por deixar a latina ter tanto domínio sobre seus sentimentos. "Aposto que ela está em algum bistrô em Paris, repassando o conteúdo das suas provas mentalmente enquanto come algum prato francês que seja mais caro que meu rim no mercado de órgãos. Nem sequer se lembra de que você existe! E você aqui perdendo seu tempo pensando nela, lembrando dela e...pensando onde ela pode estar. PORRA Priscila!"

- Good News gringa... - A garota disse forçando um sotaque americano que fez a ruiva ter uma pontada de divertimento repentina apesar de tudo. - Isso passa. - Completou sorrindo abertamente agora. - Posso te ajudar com isso. - Piscou para ela ainda sorrindo. - No seu tempo, meu anjo.

Dragonfly - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora