• Irmã mais velha

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Carina

— DeLuca - acordei com uma voz me chamando; era Bailey.

— Oi, Dra. Bailey - falei, me ajeitando na poltrona.

— Eu me lembro de ter mandado você ir pra casa há dois dias atrás - ela falou me encarando.

— E eu disse a você que a Maya tem direito a um acompanhante - falei, minha voz um sussurro cansado.

— Mas é tão teimosa quanto o seu irmão - ela disse colocando as mãos na cintura - Essa perna não vai melhorar nunca.

— Já está melhor - menti, tentando esconder a dor que sentia ao movê-la.

— Com certeza está - ela revirou os olhos - A Sra. Bishop está aqui no hospital novamente.

— Sério? - perguntei, surpresa - A Maya ainda não quer ver ninguém da família, disse que não está preparada.

— Eu imagino que deva ser um choque - Bailey falou, sua expressão suavizando - E sabe o que vai ser um choque grande também? Ela saber que arriscou a vida para salvar você e que você não está fazendo o mínimo para cuidar da própria perna - ela disse com uma mistura de preocupação e frustração.

— Eu não posso deixá-la sozinha - falei, olhando triste para minha namorada.

Maya passava cerca de 20 horas por dia dormindo, o que era normal dado ao seu estado clínico e a quantidade de remédios que tomava, principalmente para o rim que estava a cada dia pior.

— Eu fico com ela - uma voz surgiu na porta e olhei vendo Emmett.

— Ei, bambino - falei com um sorriso fraco - Estava preocupada com você, Travis também.

— Eu precisava de um tempo para colocar a cabeça no lugar, mas agora estou bem - ele falou, sua expressão determinada.

— Que bom - eu sorri, grata por vê-lo.

— Então será que a minha cunhada agora pode me dar informações sobre a minha irmã? - ele perguntou sorrindo, o sorriso idêntico ao dela.

Eles eram iguais, como ninguém nunca tinha desconfiado?

— Bom! Estão em boas mãos - Bailey disse sorrindo para Emmett - Vou voltar para os meus pacientes, e DeLuca - ela me olhou, sua expressão séria - Vou pedir para um interno vir aqui em 20 minutos e se você ainda estiver aqui, se prepare para entrar na minha lista negra.

Emmett me ajudou a ir para a cadeira de rodas e saí do quarto, pedindo para ele me avisar imediatamente caso ela acordasse. Desci direto para a lanchonete do hospital, encontrando meus amigos ali juntos.

— Cheguei na hora boa - falei pegando um chocolate da caixa que Karev estava segurando.

— Pediu? - ele perguntou, erguendo uma sobrancelha desafiadora.

— Eu quase morri, Karev, você não pode me negar nada - respondi, rindo.

— Ainda ganhou esse chocolate às suas custas - Addison falou com um sorriso.

— Não me entrega, diaba ruiva - Karev olhou feio para ela.

— Como assim? - perguntei, divertida com a situação.

— Toda vez que chego no hospital, está cheio de fãs seus perguntando como você está. Eu sempre respondo e eles me dão presentes - explicou Karev.

— Isso é extorsão, sabia? - Arizona falou, fingindo indignação.

— Nada disso - ele se defendeu - No caso, elas estão me subornando por informações.

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