• Notificação Judicial

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Maya

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Maya

Chegamos em Seattle bem cedo na quarta-feira, e Vic nos convidou para almoçar na estação. No entanto, eu tinha uma consulta marcada no Grey Sloan no meio da tarde, e Carina acreditava que seria o meu pretexto para faltar à consulta. E ela estava absolutamente certa.

— Viajar é bom, mas morro de saudades da minha casinha — comentei ao entrar em casa.

— Eu me sentia assim quando morava com toda minha família. Quando saí de casa para trabalhar como atriz, viajava muito, então não tinha nada fixo por muito tempo, sabe? — Carina disse.

— Sua casa em Catania é incrível — elogiei.

— Eu quase não morei lá. Ficou pronta poucos meses antes do Andrea falecer — ela revelou.

— É uma pena — disse, segurando sua cintura e dando um beijo em seu queixo.

— Mas casa, para mim, é mais um sentimento do que um lugar. Por exemplo, eu me sinto mais em casa aqui no seu apartamento do que em qualquer lugar do mundo — ela expressou.

— É o nosso cantinho — sorri enquanto nos beijávamos.

Carina foi para a cozinha procurar algo para comermos, enquanto eu recolhia todos os papéis que haviam sido colocados sob a porta enquanto estávamos fora.

— São contas? — ela perguntou.

— A maioria sim — expliquei.

— Sabe que a gente pode divi... — ela começou a sugerir.

— Não! — a interrompi rapidamente — Nem ouse.

Bambina!!

— Você acabou de proporcionar uma viagem perfeita para nós, gastando muito, muito dinheiro! Dinheiro que nem se eu vender minha alma eu teria — afirmei — Então, ao menos as despesas de casa eu pago.

— E o casamento, eu posso pagar? — ela perguntou.

Respirei fundo e a encarei por alguns segundos, estava realmente pensando sobre isso há algum tempo.

— Eu só concordo porque você merece ter um casamento de contos de fadas.

— Eu me casaria com você até numa capela em Vegas — ela disse sorrindo.

Embaixo de todas as contas e papéis sem utilidade, havia um envelope branco endereçado a mim e Carina.

— É uma carta para nós — falei, olhando confusa para ela.

— Para nós duas? Abre logo — disse Carina.

— Notificação Judicial — eu disse, lendo.

— Deixa eu ver — ela pegou o papel da minha mão e leu em voz alta.

NOTIFICAÇÃO JUDICIAL

AO DISTRITO JUDICIAL DE SEATTLE

Eu, Oficial David Reynolds, representando o sistema judicial, venho por meio desta notificação informar as partes envolvidas sobre medidas judiciais relacionadas ao caso de Bishop, Maya e DeLuca, Carina.

Considerando os eventos recentes e visando a segurança e o bem-estar de todas as partes envolvidas, determina-se que:

1. Bishop, Maya e DeLuca, Carina estão proibidas de se citar, mencionar ou discutir publicamente sobre qualquer aspecto de sua relação, eventos pessoais ou jurídicos com o menor Taylor, Lucca nas redes sociais, mídia ou qualquer plataforma de comunicação pública.

2. Bishop, Maya e DeLuca, Carina estão expressamente proibidas de se aproximar do menor Taylor, Lucca.

Estas restrições entram em vigor imediatamente e o não cumprimento destas ordens pode resultar em medidas legais mais severas, incluindo a prisão.

É importante observar que esta notificação tem como objetivo garantir a segurança e a privacidade de todas as partes envolvidas.

Atenciosamente,

Oficial David Reynolds
Representante Judicial
12/20/2023

— Eu não acredito — falei, deixando um suspiro pesado escapar. A tristeza e raiva se misturavam dentro de mim. — Essa mulher pode fazer isso?

Carina me encarou, seus olhos refletindo a mesma indignação.

— Infelizmente, ela pode. — Sua voz carregava o peso da frustração.

— O que ela ganha com isso? Eu não entendo!.

— Ela não quer que a gente cause uma comoção midiática e atrapalhe ela com ele. Lucca é a mina de ouro dessa velha infeliz — Carina disse.

— A gente não pode fazer nada contra isso? Recorrer algo assim? — minha mente já buscava soluções, enquanto a frustração tomava conta.

— Claro que podemos! — Carina afirmou, seus olhos brilhando. — E acho que devemos fazer. Eu tenho contato de alguns advogados muito bons.

— Vamos falar com eles agora — declarei, decidida a enfrentar essa batalha injusta.

Carina

Entramos em contato com cerca de seis advogados diferentes, compartilhando todos os detalhes da nossa situação com o Lucca. Eu dirigia para o Grey Sloan, e Maya permanecia silenciosa, perdida em seus pensamentos.

Bella — coloquei a mão em sua perna — Me parte o coração te ver assim. Nós vamos ter o Lucca de volta!

— Sabe que nem tô triste? — ela disse, me olhando. — Já passei tempo demais triste. Agora, estou com raiva! E obstinada a acabar com essa mulher e ter o nosso filho de volta.

— Nosso filho — eu disse, sorrindo.

— Nosso filho mais velho — ela sorriu também.

Chegamos no hospital, e Maya foi para a fisioterapia, enquanto eu perambulava pelos corredores, procurando a sala cujo caminho eu nunca lembrava. Sorri ao ver o pingente de útero pendurado na porta e dei duas batidas.

— Pode entrar — a voz de Addison surgiu.

— Será que minha ruiva favorita tem tempo pra mim? — eu falei entrando.

— Carina DeLuca! — ela sorriu, tirando os óculos. — Achei que ia abandonar a gente de vez.

— Precisava de um tempo longe desse hospital — falei. — As últimas experiências não foram boas.

— Grey Sloan sendo Grey Sloan — ela disse rindo. — Agora, senta aqui e me conte tudo!

— Como gosta de fofoca — falei, sentando na cadeira em frente à dela.

— Eu ouvi fofoca? — Jo abriu a porta. — Eu gosto de fofoca.

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