• A vida dela pela minha

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Carina

A ambulância parou abruptamente em frente ao Grey Sloan, suas rodas rangendo contra o asfalto. Enquanto os paramédicos se apressavam para abrir as portas, um turbilhão de médicos e enfermeiros do hospital já aguardava do lado de fora, prontos para intervir. Minha perna esquerda latejava de dor, mas minha mente estava em outro lugar. O rosto tenso de Teddy apareceu na minha frente.

— Carina DeLuca, desabamento de rua, sinais vitais estáveis, consciente e alerta, possível fratura na perna esquerda, e corte na testa -  Ben informou rapidamente, seus olhos encontrando os olhos atentos de Teddy.

— Quero que você cuide da Maya - falei com urgência, minha voz carregada de angústia e determinação.

— Hunt está com ela - Teddy tentou me tranquilizar, segurando minha mão com firmeza.

— Eu estou bem, Dra. Altman - falei minha  irritação contida transparecendo nas palavras. -  Quero o Hunt, você e os melhores médicos desses hospitais cuidando dela!! Ela deu a vida dela pela minha, se ela morrer eu nunca vou me perdoar.

A respiração de Teddy vacilou por um momento antes de ela assentir, seu olhar agora firme e determinado.

— Tudo bem, tudo bem! Eu irei até lá. Só fica calma, ok? - ela pediu, suas palavras tentando acalmar a tempestade de emoções que estava se formando dentro de mim e se virou para um interno ao seu lado. — Leva ela para o trauma 3 e chama a Dra. Kepner e a Dra. Torres.

Fui levada às pressas para dentro do hospital passando pela Dra Bailey.

— Dra. Altman, tudo certo? - ela perguntou, sua voz firme e autoritária, mas com uma pitada de preocupação.

— Bipei a Kepner para seguir com a DeLuca - Teddy informou, seu tom profissional contrastando com a tensão que preenchia o ar. — Eu vou me juntar ao Hunt para tratar da Capitã Bishop.

A Dra. Bailey levantou uma sobrancelha, sua expressão claramente indicando que algo estava errado.

— Achei que você estaria com a DeLuca.

— Você vai comprar essa briga? - Teddy disse me olhando de canto.

— DeLuca, tudo bem? - uma médica ruiva surgiu assim que entramos na sala de trauma, sua voz suave e tranquilizadora. — Eu sou a Dra. Kepner, eu vou cuidar de você. Vamos fazer uns exames padrões e, em breve, a Dra. Torres vai avaliar sua perna.

Eu assenti, minha mente  ainda girava com a preocupação por Maya. Enquanto os médicos começavam a avaliação, eu tentava desesperadamente manter a calma, mas cada batimento do meu coração parecia ecoar com o nome dela.
Assim que fui transferida para o quarto, a preocupação com Maya se intensificou. Assim que Jo e Amélia chegaram ao quarto minha primeira pergunta foi.

— Como a Maya está? - perguntei, minha voz carregada de preocupação.

— Você está sentindo alguma dor? - Amelia perguntou, tentando mudar o foco da conversa.

— Eu só quero saber como ela está! É tão difícil?? - minha frustração saiu em palavras ásperas.

— Ela está em cirurgia ainda - Jo respondeu - Com a Dra. Altman e a Dra. Grey.

Minha impaciência cresceu, e eu decidi que precisava ir até a sala de espera, ficar com a equipe da Estação 19, esperando notícias de Maya.

— Carina não - Amelia segurou meu braço - Você precisa descansar. Vamos te trazer notícias aqui.

Foi então que minha paciência atingiu seu limite. Eu estava cansada, preocupada e com medo. Gritei em italiano, deixando claro minha frustração com a situação, comigo mesma e com tudo o que estava acontecendo.

NON VOGLIO ASPETTARE QUI! VOGLIO RESTARE , PORTAMI LA DISCLAIMER CHE FIRMERO DI TUTTO QUESTO SIA, NON PUOI ARRESTARMI QUI SO COME FUNZIONA!!!!*

Addison, entrou no quarto nesse momento me olhando seriamente.

— Dra. DeLuca! Você está em um hospital e sabe como tudo aqui funciona. Sei que está preocupada com a Maya, e nós também estamos. Todas aqui são suas amigas e queremos te ajudar! Então, você vai ter paciência e seguir as normas que já conhece e esperar, ok?

As palavras dela me atingiram como um choque de realidade. Eu estava perdendo o controle, e Addison tinha razão. Eu precisava me acalmar. Abaixei a cabeça, sentindo as lágrimas nos meus olhos.

— Desculpe - murmurei, minha voz embargada - Eu só estou desesperada.

— E a gente entende - ela suavizou a voz, segurando minha mão - Mas você surtar não vai adiantar em nada.

Respirei fundo, tentando encontrar alguma serenidade. Foi quando, com um último pedido, implorei para esperar na sala de espera com os bombeiros, disposta a fazer qualquer coisa para ficar mais perto de Maya.

— Pode, você pode - Addison suspirou, concordando com meu pedido - Mas prometa que vai descansar e se cuidar. Eles vão cuidar de vocês duas.

Após ser transferida para uma cadeira de rodas, fui conduzida à sala de espera, onde a ansiedade pairava no ar como uma nuvem pesada e opressiva. Cada olhar lançado em minha direção continha uma mistura de preocupação e solidariedade, refletindo o tumulto de emoções que todos ali compartilhavam. O rosto tenso de Travis, espelhando a apreensão de todos, me cumprimentou quando cheguei.

— Carina! -  ele exclamou - Como você está? -  Seu olhar expressava a angústia que todos sentíamos naquele momento.

— Estou bem - murmurei, meu olhar se encontrando com os olhos preocupados de cada bombeiro ali presente. - Alguma notícia?

—Ainda não - Andy respondeu, sua voz um sussurro carregado de preocupação

O silêncio se estendeu por longos minutos, enchendo o ambiente com uma tensão quase palpável, até que Lexie finalmente chegou. Seus olhos gentis encontraram os meus, prometendo um resquício de esperança em meio à escuridão que nos cercava.

— Vim acalmar um pouco vocês - ela disse, seu tom suave tentando dissipar o medo que nos consumia. — Maya ainda está em cirurgia, mas está fora de perigo.

Um suspiro coletivo de alívio preencheu o espaço ao redor, como se tivéssemos estado segurando a respiração até aquele momento. Uma torrente de gratidão inundou meu coração, transbordando pelos meus olhos na forma de lágrimas.

Grazie a Dio, grazie a Dio - murmurei, minha voz embargada pela emoção, agradecendo a Deus pelo fato de Maya estar viva. Mas a notícia que se seguiu fez meu coração se apertar em desespero.

— E o que mais, Lexie? - Ben perguntou sua voz firme, mas seus olhos revelando a preocupação que ele tentava esconder.

— Ela sofreu algumas lesões, como fratura pélvica, lesão na aorta, e o seu rim foi destruído -  Lexie explicou, cada palavra como um golpe em meu peito, aumentando a gravidade da situação.

— Mas ela vai receber um rim novo, certo? -  Vic perguntou, sua voz trêmula de ansiedade.

—  Não é assim que funciona, Vic - respondi, minha própria voz triste carregada com a realidade do sistema médico. — Ela vai entrar na fila de acordo com a gravidade do caso dela, mas se houver alguém compatível disposto a fazer uma doação direta...

— Aí ela recebe o rim imediatamente - Lexie completou, sua voz suave trazendo uma pontada de esperança para aquele momento sombrio.

— Eu quero fazer o teste agora - declarei, determinada a fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para ajudar Maya.

Os bombeiros ao meu redor se prontificaram imediatamente, suas expressões refletindo a mesma resolução em seus olhares. Juntos, estávamos dispostos a enfrentar qualquer obstáculo, a superar qualquer desafio, para garantir que Maya tivesse uma chance justa de sobreviver.

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* EU NÃO QUERO ESPERAR AQUI! QUERO FICAR LÁ, ME TRAGAM O  TERMO DE RESPONSABILIDADE EU ASSINO O QUE FOR, VOCÊS NÃO PODEM ME PRENDER AQUI EU SEI COMO ISSO FUNCIONA!!!!

Safe Place - Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora