• Flashs

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Carina

Enquanto íamos para o evento, segurava a mão da Maya e não conseguia parar de sorrir ao vê-la tão deslumbrante. Confesso que estava um pouco nervosa, pois ela não pertencia ao mundo do entretenimento e era mais reservada. No entanto, ela me surpreendeu desde a preparação, topando tudo.

— Você tá linda de franja - falei, beijando a mão dela.

— Eu confesso que não imaginei que fosse ficar boa - ela disse sorrindo - Mas o seu cabeleireiro tinha razão.

— Ele é ótimo - falei.

— Só tem uma coisa que eu não tô gostando - ela falou.

— O que? - perguntei.

— Que eu estou com a mulher mais linda do mundo e todo mundo vai ficar olhando pra ela - ela brincou.

— Ah, bella - falei, ficando sem graça - Você tem que pensar que quem vai levar essa mulher pra casa sou eu.

— Graças a Deus por isso - ela disse, me beijando.

Estacionamos na frente do evento, e Lia, minha assessora, entrou no banco da frente do carro.

Chiunque sia vivo appare sempre, non è vero Miss DeLuca? - ela disse sorrindo.

— Lia!! Que saudades - falei - Essa é a Maya, minha namorada.

— Maya! - ela olhou - Desculpa pelo italiano, é força do hábito. Que prazer te conhecer.

— O prazer é meu - Maya falou sorrindo.

— Deixa eu passar as informações logo pra gente não perder tempo - ela falou - Vocês vão passar pelo tapete vermelho, depois vão parar no painel para fotos da imprensa, e de lá já levamos vocês para os lugares marcados, certo?

— Ok - falei e olhei pra Maya - Tudo bem pra você, meu amor? Se você não quiser entrar comigo, não tem problema.

— Eu vou ter que me acostumar com isso uma hora ou outra - ela sorriu, visivelmente nervosa.

Segurei sua mão firme, percebendo o quão nervosa ela estava, mas também a determinação em enfrentar esse novo cenário.

Assim que entramos  no tapete vermelho, todas as câmeras e flashes viraram para nós. Eu sorria, sentindo uma familiaridade prazerosa, mas, ao mesmo tempo, percebia a tensão nervosa em Maya. Num olhar cúmplice, questionei se estava pronta, e ela assentiu com coragem.

Nossas mãos se mantinham firmes, e ao posarmos diante do painel para as fotos da imprensa, a mão de Maya repousou suavemente em minha cintura. Encostamos nossas testas, e o estouro dos flashes aumentou.

— Carina, Carina - a voz de um repórter me puxou de meus devaneios - Sua presença aqui sugere um retorno às telinhas?

— Ainda estou no meu ano sabático, mas pretendo retornar em breve - respondi, mantendo um sorriso.

Outra jornalista tomou a palavra, abordando a mudança no meu comportamento discreto em relação aos relacionamentos.

— Porque desta vez é a mulher da minha vida - declarei, fitando Maya, cujo rosto exibia um rubor encantador.

Lia, minha assessora, conseguiu nos guiar para longe da imprensa, enquanto nos dirigíamos aos nossos lugares.

— Preciso de água - Maya expressou, buscando alívio.

— Vamos nos sentar - ofereci, apoiando carinhosamente a mão em suas costas.

— Eu achei isso mais difícil que entrar num prédio em chamas, confesso - ela admitiu ao sentar, levando o copo aos lábios.

— Com o tempo, você se acostuma, bambina - comentei com um sorriso, tentando aliviar a tensão.

Maya

Eu já era profundamente apaixonada por Carina, mas vê-la ali, deslumbrante no seu cenário, fazia meu sorriso crescer ainda mais.

— Você tá tão linda - sussurrei em seu ouvido - Isso combina tanto contigo.

— Penso o mesmo quando te vejo de bombeira - ela respondeu, sorrindo para mim - Fica incrível de uniforme, dando ordens.

— Te amo - declarei, selando minhas palavras com um beijo.

No final da noite, Carina foi indicada como melhor atriz de série, e o filme em que era protagonista recebeu  a indicação para filme do ano. Ela era querida por todos ali, cumprimentada a todo instante.

— Vamos? - ela sussurrou no meu ouvido.

— Não quer aproveitar a festa? - questionei.

— A festa no nosso hotel será muito melhor - respondeu, dando-me um selinho - Estou com vontade de te beijar sem que estejamos estampando capas de revistas amanhã.

— Então, vamos embora - concordei, segurando sua mão.

Ao sair, fomos novamente abordadas por fotógrafos e imprensa. Isso me assustava um pouco; a vontade de me esconder era latente. No entanto, esse era o mundo de Carina, e jamais diria isso a ela. A assessora de Carina e os seguranças nos conduziram até o carro.

— Não estava mais acostumada a usar salto - Carina comentou, retirando os sapatos.

— Estou tão orgulhosa de você - disse, sorrindo - Me sentindo privilegiada por namorar uma atriz talentosa e famosa.

— Eu não esperava, sabia? - ela confessou - Não sou tão confiante assim com a minha carreira.

— Mas você é incrível - afirmei, e nos beijamos, interrompidas por uma mensagem no meu celular. Era uma mensagem que eu não esperava receber.

 Era uma mensagem que eu não esperava receber

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