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Maxine foi o primeiro, depois a Madeleine e por fim, a Madison. Eles nasceram em uma quinta à tarde. Eram bebês lindos e pequenos que precisaram ficar na incubadora até alcançar o peso adequado para irem para casa, mas apesar de tudo eram trigêmeos perfeitos e saudáveis.

Em duas semanas Maxine, Madeleine e Madison estavam em casa, nos nossos colos, com nossos beijos e nosso infinito amor. Perfeitos em sincronia de choros, vômitos, troca de fraldas e soninho da tarde, lindos bebês que faziam meu coração transbordar de amor.

Madeleine dormia no berço enquanto eu segurava Madison no colo e Zenith, o Maxine. As meninas se pareciam muito comigo e o garotinho ao Zeni, os mesmos olhos, as mesmas feições, tudo se parecia.

Já passava das três da madrugada quando os dois acordaram nos fazendo levantar para atender suas necessidades, mas nada que uma boa canção de ninar e uma mamadeira com leite não resolvesse o problema em chiadinhos de bebê para dormir, a parte mais difícil era colocar de volta ao berço sem que eles chorassem acordando junto a outra irmã.

Rotinas cansadas, eu e o Zenith estávamos passando. Estávamos o pó, cansados, com sono e na maioria das vezes sujos e suados. Quando a babá ou minha mãe surgia podíamos correr para o banho e depois para a cama pelo menos por quarenta minutos antes de um bebê chorar fazendo uma sincronia com os outros que nunca deixavam seus irmãos sozinhos.

Lindos bebês.

Eles tinham um bocão, Zenith riu quando eu disse, mas era verdade. Enquanto dormiam não mostrava, mas ao abri-las para chorar... me sentia uma presa próxima a boca de leõezinhos famintos.

Mas eu amava cada segundo. Cada segundo que passava no relógio de florzinha no quarto dos bebês, eu suspirava de alívio e felicidade, de satisfação e sobretudo de amor.

É mágico conseguir realizar um sonho e para mim esse foi o meu maior e mais importante sonho realizado, eu ganhei uma família com meus filhos e que foi completada pelo Zenith no meio dela, uma surpresa como uma onda que trouxe uma caixa misteriosa, mas esse mistério foi a alegria e o companheirismo de ter uma pessoa ao meu lado que eu confio e partilho os mesmos objetivos e que me ama.

Eu o amo. Amo o pai dos meus filhos. Amo Zenith e é com ele que quero construir todo o meu futuro. Não somos jovens, sabemos de nossas responsabilidades e compromissos, mas que ainda assim estaremos aqui para dar oportunidade para o amor se aflorar.

Além do mais, há males que vêm para o bem. Há erros que vêm para transformar nossas vidas, foi assim o que aconteceu comigo e com a amostra do Zenith. Eu penso muito como teria sido se isso não tivesse acontecido, tantas coisas seriam diferentes e eu não me lamentaria pelo que não vivi, mas cá estou eu, os caminhos do universo me trouxeram para cá, então não os julgarei, apenas aceitei.

Aceitei um estranho na minha vida que hoje eu o amo, que hoje posso vê-lo cuidando dos nossos filhos com tanto amor.

Por fim, colocamos os bebês no berço, desligamos a luzinha com formato de patinho e demos as costas para cair na cama, mas então, como uma sincronia de sons cacofônios, Madison, Madeleine e Maxine começaram a chorar.

-E lá vamos nós -Zenith falou puxando as mangas da sua camisa -pronto?

-Com você? Sempre.




❇❇❇ Fim ❇❇❇

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