Pequenas Histórias de Amor

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-Pelos deuses! -Tia Fang exclamou quando Zihao e Yifeng apareceram no salão de mãos dadas, a primavera novamente dava as caras e as flores desabrochavam junto dos animais correndo pelos campos esverdeados. O casal real que tinha ido passar uma temporada longe da capital estava de volta com trajes ornamentados e... e um ventre grande! -Pelos deuses! Pelos deuses! Shen Xingchen, você está grávido!

-É o que parece, não é? -Ele sorriu afagando a barriga, estava enorme!

-Querido sobrinho! Há quanto tempo vocês estão escondendo isso da sua tia?

-Tia Fang, eu quis que meu esposo tivesse uma gravidez tranquila e que nosso filho pudesse se desenvolver sem tantos olhares nele.

-Eu... eu entendo -respondeu ainda com os olhos arregalados.

-Tia Fang?

-Sim, querido?

-Faça-me o favor de chamar os anciãos, eles precisam saber o quanto antes da notícia que meu herdeiro está no ventre do consorte Shen Xingchen, saudável e forte.

Ela assentiu se retirando rapidamente.

Yifeng se virou para ele com uma cara travessa.

-A maior fofoqueira do reino, hoje à tarde todos já saberão da notícia.

-Nos poupa tempo, não acha?

Quando voltou às suas atividades habituais, mal podia esperar pelo próximo inverno, seu momento de refúgio com Zihao. Mas até que o frio não tivesse voltado, Yifeng se ocupava com alguns chás, o jardim e o controle do palácio, não era tão difícil quanto parecia, dar ordens não era trabalhoso e ele só precisava observar se havia problemas no palácio para que fossem resolvidos.

Além disso, ele estava grávido. Seu corpo magro e esguio tinha dado lugar a quilos a mais, quadris marcados e uma barriga redonda e pesada, era realmente difícil fazer aquela parte, tinha momentos que ficava tão cansado que dispensava todos seus compromissos para dormir ou comer ou fazer os dois. Os enjoos já tinham passado, mas o sono insistente não, então Yifeng se preocupou em não fazer nada tão complicado que tirasse a sua saúde.

E Zihao sempre aparecia mesmo com seus intermináveis compromissos, ele sempre aparecia com um doce ou mãos dispostas a massageá-lo, era realmente estranho onde eles tinham chegado. Era realmente estranho perceber que apesar de cinco anos de casados sem um ver o outro, bastou semanas para que estivessem emaranhados um no outro e um ano para que um tivesse engravidado o outro.

O bebê chutou e Yifeng interrompeu o pensamento quando a Sra. Lin entrou no quarto com um sorriso alegre e uma farta bandeja de frango apimentado, o ômega salivou e suspirou antes de se deleitar mordendo uma coxa.

-Está do seu agrado?

-Está perfeito! -Exclamou sentindo o molho escorrer pela sua boca enquanto mastigava afoito o prato de comida. -Eu devo estar um horror me alimentando desse jeito, não é?

A Sra. Lin riu.

-Não senhor, está tudo bem.

-Quer um pedaço?

-Eu mandei exagerarem na pimenta, não acho que consiga aguentar um pequeno pedaço.

Yifeng riu assentindo, ele gostava tanto da Sra. Lin.

-Como foi quando... quando foi a vez da falecida Sra. Shen?

Ela suspirou com um sorriso enlutado.

-A Sra. Shen era uma mulher muito doce e estar grávida foi um sonho se realizando. Então ela nunca queria admitir se estivesse cansada ou se sentindo mal, mas eu sabia, dava para saber pelos pequenos trejeitos que ela fazia como mexer no cabelo ou batucar com os dedos às suas vestes. Eu entrava em cena e a tirava das intermináveis salas de chá ou dos compromissos que tinha que estar presente.