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-Que porra foi aquela?! -Tom praticamente gritava para Daniel que estava sentado -sério, o que deu em você?! Vamos, me diga!

-... eu pensei que você estivesse sendo enganado e estivesse beijando uma pessoa errada.

-Você o quê?! -A testa de Tom se franziu -que cacete de pensamento é esse?! Por que eu estaria beijando alguém errado?!

-Notou que você falou um nome e na verdade nem era o nome dele?! -Tentou se justificar -você ouviu bem!

-E desde quando isso é da sua conta?! Era uma piada interna entre eu e ele!

Daniel não tinha argumentos para isso. Não tinha nenhum argumento para nada.

-Se calou agora, foi?! Pois bem, eu queria estar agora curtindo com meus amigos e não na delegacia por sua causa!

-Não tenho culpa se o cara é um banana que chamou a polícia só porque recebeu uns socos!

-Eu me surpreendo o quão babaca você consegue ser, é incrível!

-Você também não precisa gritar comigo! Eu errei, pronto, admito!

-Daniel, o que eu faço com você, ein?

-Tom, me desculpe... olha, eu... eu pensei errado e agi errado, eu só, porra, eu só não queria ver você beijando aquele cara.

-O que você queria que eu fizesse? Você já tá indo embora daqui e não vai adiantar eu ficar sofrendo com algo inevitável.

-Você vai sofrer com minha ida?

-Sabe de uma? Fica você aí, já resolvi o que tinha que resolver, então estou indo embora!

-Espere! -Daniel puxou o braço para perto do seu corpo -eu ouvi bem. Você vai sentir minha falta?

-Nunca nem te vi. E não vou sentir sua falta.

-Eu escutei da primeira vez!

-Saia! Eu vou pra casa -Tom empurrou-o e puxou sua bengala retrátil do bolso da calça para sair, mas Daniel voltou a puxá-lo para si.

-Eu escutei. Você falou que ia sentir minha falta.

-Sim. Vou sentir. Agora me solte!

-Se eu ficasse você gostaria?

-Você tem que decidir isso, não eu.

-Você ficaria, Tom?

-Ficaria! Agora me solte!

Mas antes de soltar, Daniel encostou os lábios nos de Tom. Uma adrenalina intensa estava no seu sangue, mas ele não se arrependeria daquela atitude.

Tom também entregou aos seus lábios. Deixou que o homem enfiasse a língua no interior de sua boca e deixasse tudo uma loucura.

Foi na frente da delegacia. Diversas pessoas passavam, poucas se importavam, apenas observavam com curiosidade um homem mais alto passando os braços em volta da cintura do outro, trazendo o corpo para mais perto, sussurrando algo no ouvido que fez o outro ter uma expressão sufocante.

-Vamos para sua casa ou para mim?

-Tanto faz. A que for mais perto.

Tom estava enroscado em volta do seu abdômen com as pernas travadas em volta, seus braços apertavam o restante do corpo enquanto Daniel segurava-o com força e tentava abrir a porta do seu apartamento.

Estava um caos completo devido as caixas da mudança, coisas ainda no chão, outras já empacotadas, uma bagunça total que Daniel teve que se esquivar até chegar no quarto e deitar Tom cuidadosamente na cama.

Daniel em seguida subiu também, roçou seu corpo no do ômega e foi arrancando suas roupas com pressa. A pele de Tom parecia um copo de leite, havia pintinhas e mais pintinhas por toda a região, sua boca foi se esfregando pelo pescoço, peito, abdômen... tudo tão perfeito.

Tão perfeito ouvir o som arfante e doce dos lábios de Tom.

-Posso tirar os óculos?

-Pode. Pode -falou como se fosse um pedido.

Daniel então passou sua boca sobre as pálpebras do homem, passou seu rosto, esfregou seus lábios um no outro voltando a se beijar profundamente. Até ficar sem ar.

-Argh... eu... eu quero tocar você.

Daniel sorriu com o pedido. Ele também queria ser tocado por aquelas mãos.

Ele então tirou sua roupa e deixou aqui as mãos quentes percorrem a pele em chamas, Daniel apoiou os braços sobre a cama de modo que seu corpo ficasse sobre Tom e Tom avidamente conseguisse passar as palmas e dedos por cada pedacinho.

Pelo peitoral, sentiu os mamilos de Daniel se enrijecerem pelo toque, os gominhos do abdômen, a virilha... o membro.

Daniel gemeu.

Os dedos de Tom tocavam a cada centímetro, passando sobre o comprimento, pela veia pulsando do lado esquerdo, na glande exposta e sensível, nos testículos. Ele passou as pontas dos dedos levemente arrepiando o corpo do alfa, fazendo-o enlouquecer de tesão.

Tom continuou. Continuou mexendo, subindo e descendo o longo membro, fazendo ferver o corpo de Daniel, mas ele também se vingou. Seu dedo médio e anelar massagearam a entrada molhada do ômega que se abriu para recebê-los, gemeu em protesto, mas ainda assim suas pernas estavam abertas recebendo no seu interior o movimentar sem piedade de dedos.

Tom gemeu e continuou gemendo até não mais conseguir mexer no membro rijo de Daniel.

-Eu não tenho camisinha aqui.

-Eu não tomo remédio.

Daniel beijou a bochecha do ômega e aproximou mais seu corpo das pernas de Tom.

-Eu não vou tirar antes.

-Céus! E o que você quer fazer então?

-Podemos resolver depois, está bem?

Tom assentiu e então o homem segurou seu membro em direção a cavidade pronta do ômega.

Houve um gemido e depois outro e mais outro. O desconforto passou e Daniel começou as estocadas enquanto Tom enfiava as unhas na carne de suas costas aos gemidos.

Daniel colocava toda a força do seu corpo para frente, adentrando a cavidade úmida, quente e escorregadia. Se enterrando profundamente e depois tirando até a ponta do membro sair totalmente para só então entrar de novo. Ele conseguia sentir o interior vibrando para recebê-lo, podia sentir a dor das unhas arranhando suas costas e os gemidos sofridos.

-Argh Daniel, Daniel... porra.

Ele então apertou mais o homem embaixo de si sabendo que estava próximo do ápice, pronto para gozar tudo o que podia, pronto para juntar aqueles corpos para nunca mais se soltarem.

Daniel esfregou seus lábios e depois deu leve mordidas no homem que não aguentava mais de tanto prazer, no homem que vibrava o corpo e o apertava, gemia e chorava de tesão.

Foi com soluções e espasmos causados pelo orgasmo que Daniel por fim chegou ao clímax dentro de Tom que estava exausto pelo que tinha acabado de sentir.

-Tom.

-Eu te amo.

-Eu também te amo.

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