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Shen Yifeng se deitou de lado devido à dor no meio de suas nádegas, ele olhava para a área verde enquanto preferia não pensar em mais nada, incluindo no seu marido. Na hora do desjejum, a Sra. Lin bateu na porta e entrou com uma bandeja, ela estava bem-humorada e sorria.

-Olá Sra. Lin.

-Bom dia Sr. Shen -ela fez reverência antes de se aproximar para servi-lo. -E então? -Perguntou com expectativa.

-Então? -Fez-se de desentendido.

-Como foi a noite com o lorde Shen Zenghao?!

Yifeng abriu um sorriso falso.

-Maravilhosa!

-Ah meu senhor! Passei a noite tão nervosa imaginando se tinha dado tudo certo!

-Claro que deu.

-Me conte como foi!

O sorriso se desfez.

-E por que eu contaria as intimidades que eu e meu marido fizemos a você, Sra. Lin?

A mulher enrubesceu.

-Claro, senhor! Me perdoe a intromissão!





Aquilo não bastou para mudar o bom humor da Sra. Lin, assim ela passou o dia cantarolando enquanto se dedicava aos cuidados com seu senhor e a casa. Yifeng preferiu permanecer nos seus aposentos pelo máximo de tempo que conseguisse, além disso, andar doía de um modo bem desconfortável, então ele preferiu molhar os pés no lago e observar os coelhos.

Antes da hora do almoço, uma criada apareceu para lhe ajudar com o banho e a trançar seu longo cabelo, quando estava sozinho, estar impecável era sempre algo dispensável, mas agora deveria ser uma regra para com seu marido porque todas as mulheres pareciam estar alegres em ajudá-lo.

Pisando firme ele seguiu para a mesma sala de refeições de sempre, seu esposo na ponta da mesa segurando vinho, seu lugar ao seu lado e uma outra pessoa que nunca tinha visto na vida. Shen Yifeng ao menos relaxou mais ao imaginar que não teria que encarar Zenghao sozinho.

-Marido Shen Zenghao -fez uma reverência antes de se virar para a nova figura. -Senhor...

-General Yu -o homem falou se curvando.

-Prazer em conhecê-lo, General Yu.

-O prazer é meu, Sr. Consorte Shen.

Yifeng se sentou e se calou. Zenghao parecia que malmente o olhava enquanto terminava sua taça e servia mais outra.

-... as fronteiras continuam desprotegidas -o alfa falou e o general desatou a falar.

Enquanto comia o pescado, Yifeng riu para si mesmo. Seu casamento de cinco anos concretizado ontem à noite parecia já estar desgastado como se ambos estivessem colados um no outro pelas últimas décadas. Seu marido não lhe deu a permissão da palavra para o almoço e fingindo não se importar, ele continuou calado bebendo e comendo. Se essas pessoas se esquecessem por um segundo de seu segundo gênero, ele não precisaria que seu marido o permitisse falar ou não, quando o homem estava bem longe dali, Yifeng não se preocupava com a permissão de ninguém.

A tarde caiu fria junto a um chá e guloseimas, ele vagou pelos terrenos em volta da fortaleza seguido de um guarda, tediosamente andou até se cansar e depois voltou a tempo de ter que se preparar para o jantar. Seus dias agora girariam em torno das refeições que teria com seu marido?

O general não estava mais ali, era somente Yifeng e Zenghao, calados e comendo sem um olhar o outro. Os dedos do alfa batiam contra a mesa e então Yifeng pôde reparar nos torsos de suas mãos cobertas por cicatrizes brancas e vermelhas.

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