Agradecimentos

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Primeiro quero dizer que não pretendia escrever agradecimentos. Não porque não tenha a quem agradecer, mas porque sempre achei essa parte uma chatice e pulei em absolutamente todos os livros que li — não foram poucos. Mas olha eu aqui pagando a língua.

De qualquer forma, quero aproveitar esse espaço para falar com você que está me lendo agora, que é basicamente a quem eu sou mais grata.

Sempre sonhei em escrever um livro, mas via isso como uma coisa distante, meio impossível. Ainda que se realizasse, eu não esperava que ninguém lesse, não realmente. Então ter alcançado esse objetivo e mais, ter conseguido alguns — queridos — leitores, é mais que a realização de um sonho para mim.

Certa vez, li um livro de auto ajuda (me julguem — bom, imagino que já julgaram, se leram meu livro, hahaha), que falava sobre alguns conceitos da cultura japonesa para se alcançar a felicidade e, uma coisa que ficou na minha cabeça foi a ideia de fluxo, ou seja, encontrar uma atividade que ofereça algum nível de desafio em que você fique tão absorto que não veja as horas passarem. Bem, eu fico assim lendo Sarah J. Maas ou reassistindo GOT, mas isso não é considerado desafio. Escrever um livro (mesmo um dark romance) é, e foi o que realmente aconteceu comigo.

Um dia estava ouvindo minha playlist de preferidas da Lana Del Rey e simplesmente a história foi surgindo. Sem pretensão, fui anotando tudo o que pipocava em minha mente e pensei: "é... Isso dá um livro". Imaginei os personagens principais baseada em, óbvio, exclusivamente vozes da minha cabeça, e decidi escrever uma história que eu gostaria de ler. Eu leio de tudo, mas não é tudo o que eu realmente gosto. Dessa história eu fazia questão de gostar.

Então comecei e, caramba, que coisa boa! Você não imagina como eu me diverti fazendo isso. Eu não via a hora de ter tempo para escrever e quando tinha que parar, ficava igual aquelas crianças que estão tão entretidas na brincadeira que não querem largar tudo para atender ao pedido das mães e ir jantar. Não sei como é para os outros, mas eu realmente fiquei muito feliz escrevendo essa história. Não tive sequer um bloqueio, nada, tudo fluiu lindamente. E aconteceu exatamente aquilo que li no livro de auto ajuda: encontrei uma atividade que me realizou ao ponto de me fazer esquecer de todo o resto.

É claro que isso aqui não é Shakespeare, Machado de Assis, nem Eça de Queiroz. Nem mesmo um Nelson Rodrigues (esse lindo). Isso aqui é entretenimento, e a ideia foi essa, desde o começo. Queria que esse livro fosse meio que aquele guilty pleasure que a gente não costuma contar pra quase ninguém, mas que faz nosso dia mais feliz, como um chocolatinho que não deveríamos estar comendo, mas... Bem, a gente merece, né? — Fica só entre nós.😉

E uma situação muito louca aconteceu no meio desse processo: quando comecei a escrever, as coisas deveriam ir por um certo caminho, mas lá pelo meio, no momento em que os personagens já tinham personalidade própria, meio que tudo foi criando vida e seguindo um rumo totalmente diferente, porque simplesmente as ações da história eram de certa forma determinadas pelos personagens e não por mim. Eu não imaginava que isso poderia acontecer e achei muito incrível — sim, eu estava completamente sóbria o tempo todo, para o bem e para o mal. Não sei se é comum — caso algum escritor leia isso aqui em algum momento, me conta se é assim mesmo?

Tá, mas isso aqui era para ser um agradecimento, então vou agradecer a você que leu esse livro, que confiou numa autora desconhecida que nunca tinha escrito nada e embarcou nessa jornada comigo, à minha família que provavelmente não vai ler (mas se lerem, vocês já me conhecem, então não podemos dizer que é tudo uma grande surpresa), mas que me apoia em meus delírios, às minhas musas inspiradoras Suzanne Collins, Stephenie Meyer, Sarah J. Maas e Tahereh Mafih (vocês são perfeitas e nunca erraram — obrigada por existirem) aos incríveis Stephen King e Raphael Montes (vocês são foda, no melhor sentido — todo mundo sabe, mas queria lembrar) e às divas que eu amo Tillie Cole, HD Carlton e Penelope Douglas (porque sabemos que quem tem limite é município, certo?). Nenhum deles nunca vai ler isso aqui, mas como diz o King, a satisfação do escritor é escrever, então estou colocando pra fora esse meu momento fã.

Quero encerrar dizendo que com essa experiência maravilhosa, cheguei à conclusão de que às vezes — e só às vezes — a gente devia fazer como a Alice e pensar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã. Talvez uma delas se realize. Para mim deu certo — esse livro é a prova.

Vejo você numa próxima aventura (o gato Cheshire está sorrindo em minha mente nesse exato momento).

PS: Se gostou, recomende para seus amigos, porque nós, leitores, sabemos o quanto é bom ter um amigo para dividir os surtos e teorias proporcionados por um livro. Além disso, sempre tem gente pedindo sugestões de novas histórias aqui no Wattpad e nas redes sociais, então pode me indicar à vontade. E claro, deixe sua opinião e comentário, se tiver (como foi essa experiência para você? Continuo a escrever dark romance ou mudo de gênero, o que você acha? Pode falar, passamos por tanta coisa, já podemos nos considerar BFFs). Vou adorar saber.❤️

É isso. Até breve.

Um abraço, Nana.

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Músicas citadas no livro:

Música que estava tocando na primeira vez em que Vivian e Dmitry se encontraram: Dark Paradise — Lana Del Rey

Música que Vivian e Dmitry dançam na festa do Martin: A Little Death — The Neighbourhood

Música da Britney que Vivian cita ao se dar conta de que está apaixonada por um criminoso: Criminal — Britney Spears

Música tocada quando Dmitry pede Vivian em casamento: Valentine — Måneskin

Música que Vivian escolheu para a primeira dança do casal na festa de casamento: i'm yours — Isabel LaRosa

Música que está tocando no resort durante a lua de mel: Persephone — Tamino


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