Capítulo X || Young And Beautiful

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— Vai doer? — Pergunto, abraçando-o e entrando na brincadeira, que não é tão brincadeira assim

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— Vai doer? — Pergunto, abraçando-o e entrando na brincadeira, que não é tão brincadeira assim.

— Vai, mas garanto que você vai gostar. — Seu sorriso de canto de boca se amplia, numa mistura de homem safado e lobo mau.

Reparo que ele está com uma roupa bem casual, jeans e camiseta pretos, mas pela primeira vez na história, o vejo de tênis estilo skatista, preto com detalhes em branco.

— Uau! É primeira vez que te vejo usar alguma coisa com qualquer cor diferente de preto. — Comento.

— De vez em quando uso branco, mas acho que não combina muito. — Ele responde coçando a nuca.

— Está nervoso?

— Dá para perceber?

— Sim! — Rio.

— E você?

— Também estou, mas acho que minha maior preocupação é com o que vai acontecer depois do casamento.

— Vai ficar tudo bem, meu amor. Você confia em mim?

— Não deveria, mas confio.

Ele me dá outro sorriso, o que chega aos olhos, e meu coração erra as batidas. Será que ele percebe o quanto é lindo? Acho que não, porque senão se tornaria uma pessoa insuportável, mas penso que mesmo assim eu seria louca por ele.

— Então as coisas estão todas prontas?

— Estão.

— Certo. Vou te levar daqui antes que você desista. — Ele ri, mas percebo uma pontinha de preocupação.

Dmitry pega a minha mala que já estava separada e coloca ao seu lado. Olho em redor pela última vez, me despedindo silenciosamente do lugar em que morei por tanto tempo. Observo-o sacar o punhal do bolso de trás da calça, desembainhar e segurar meu pulso em sua mão. Sinto a ardência familiar do corte e logo ele começa a beber o sangue que escorre. Ele pára por alguns segundos só para me dar a lâmina e oferecer seu pulso para mim. Faço um corte um pouco maior porque preciso de mais sangue, uma vez que hoje ficarei em Nícta por várias horas antes do ritual. Olho fixamente para ele quando começo a sugar seu sangue e já estou tão excitada que não consigo segurar um gemido. Ele suspira em resposta e fecho meus olhos. Como sempre, assim que os abro, estou em seu quarto. Ele está na minha frente, com minha mala na mão.

— Tudo bem? — Pergunta, segurando um lenço que tirou do bolso em meu corte para estancar o sangue.

— Tudo certo, amor.

— Hoje é o dia mais feliz da minha vida e sei que nem chegou a melhor parte. — Ele diz, animado.

Amo vê-lo assim.

— Sei que você vai estar muito ocupada nas próximas horas, Martin já está lá embaixo esperando para te levar para a casa dele onde você vai fazer todas aquelas coisas de mulher, cabelo e maquiagem, mas antes quero te dar um presente.

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