Capítulo Trinta e Quatro | "O Sr. e a Sra. García."

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S T A R R

Me observo na frente do espelho e me sinto extremamente atraente. Em meu corpo, há um vestido vermelho justo ao meu corpo, moldando de forma perfeita as minhas curvas, saltos brancos em meus pés e um sobretudo branco por cima dos ombros. Meu cabelo está com uma trança Gypsy braids que está em um perfeito contraste com o resto do meu visual.

Estou perfeita.

- Querida... - Fecho e abro os olhos rapidamente quando ouço a maldita voz de Maverick - Tem certeza que está bem disposta para ir com nós? - Meu pai questiona com um tom de preocupação, assim que entra no meu quarto.

Hoje é sábado. Dia do baile, patrocinado pelos Garcías, em sua - humilde - residência, com os mais renomados empresários do Rio de Janeiro. A partir desta noite, o inferno García irá acabar e com ele, o meu pai irá de brinde para assim, eu e o meu noivo vivermos em paz. Durante a semana, finjo estar cada dia mais indisposta e não fui trabalhar durante esses dias. Fiz isto, para manipular o meu pai e o deixar ainda mais satisfeito com o seu plano dando certo. Obviamente, não ingeri nem uma migalha de pão traga pelo mesmo, mas descobri que sou uma ótima atriz, então fingir um mal estar não foi impossível.

Com essa semana, a dor que tanto sentia pela minha mãe se tornou algo suportável. Parece que eu estava passando pelo luto novamente, mas desta vez, com pessoas me apoiando e cumprindo com os papéis de "pilares da minha vida" eu suportei essa dor muito melhor. Ainda sinto a dor da traição e perda, mas me obriguei a pensar 100% do meu tempo neste dia. O grande dia.

- Fique tranquilo, papai. Estou me sentindo perfeitamente bem - Sorriu passando por ele, para pegar a minha bolsa.

- Sabe que fico preocupado com você, minha filha. Não gosto nem de pensar na minha filhinha passando mal ou sentindo dor - Me seguro para não rir. Balanço a cabeça e me aproximo do mesmo, tocando em seus braços. Seus olhos mais velhos me olham com admiração e cuidado. Sinto o amor paterno em suas íris.

Eu entendi, conforme os dias, que o meu pai por mais filho da puta que seja, ainda me ama e a ideia principal em me envenenar, seria deixar o Gael extremamente fraco. Não é difícil adivinhar, que o meu noivo é completamente dependente de mim e que faria qualquer coisa, para que eu não fique mal. Maverick quer acabar com o meu noivo e para isso, escolheu me atingir.

O assunto pode não ser exatamente comigo, mas quando o alvo é o meu noivo, eu me obrigo a ser a maior parte dessa discussão inacabada e proteger o homem que é meu. Meu pai errou feio em se meter com uma mulher quebrada.

- Eu estou perfeitamente bem, papai e quero ver de perto os dois homens da minha vida, acabando com esse inferno que estamos vivendo. Acho que a preocupação que sinto pelos dois, me fez ficar realmente mal durante a semana, mas agora, me sinto bem, pois confio nos dois - Minha voz é extremamente carinhosa e mansa. Sinto o olhar do velho a minha frente amolecer e toco o seu rosto, sentindo a rala barba contra os meus dedos - Vamos comemorar essa vitória juntos, sim? - Sorrio de canto. Ele suspira e assente.

Maverick sorri e faz menção de tocar em meu colar, dado pela minha mãe, mas eu o pego rapidamente. Nunca mais, você irá tocar em algo relacionado a minha mãe.

- Espero que ela nos proteja - Diz a mesma frase, que o mesmo disse a mim, quando estava de mudança. Eu balanço a cabeça e ouço a porta abrir. Sorrio quando vejo o meu noivo e caminho até o mesmo.

- Está perfeita, minha preta - Suas mãos tocam o meu rosto e nós beijamos lentamente. Seu corpo me parecia tenso, mas reconfortante ao mesmo tempo - Vamos resolver um de cada vez - Sussurra e eu balanço a cabeça, sentindo seu braço ao redor da minha cintura.

Preta RaraOnde histórias criam vida. Descubra agora