Capítulo Trinta e Seis | "Eu e você, meu pretinho!"

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G A E L

Observo a Starr dormir tranquilamente enquanto está sendo acolhida por lençóis. Eu suspiro fundo, olhando para a vista que tenho: meu morro.

O que aconteceu ontem foi do caralho, com certeza a maior e mais bem sucedida missão que eu já fiz. Foi tudo perfeito, para uma vingança digna. A família García foi destruída, nas manchetes há apenas uma invasão misteriosa que rendeu em diversas mortes, mas a policia não sabe de porra nenhuma sobre quem e o que causaram isso. 

Finalmente, a paz está rendida sobre nós, mas algo está enchendo a porra da minha cabeça: a Starr quase morreu. Eu senti o meu coração aperta ‘pra porra quando ela colocou aquela arma na porra do coração dela, quase implorei para o filho da puta do Maverick não atirar. Eu não ia aguentar, perder a minha mulher! Nunca.

Essa situação foi um alerta para eu realmente deixar a vida do crime e seguir uma vida pacata e chata ao lado da minha mulher. Não chata por estar com ela, mas sim por viver igual um cidadão normal. 

Meu celular toca e eu o pego, indo em direção a varanda. Quando pego aquela porra, o nome “Cabelinho” brilha na tela.

— Fala.

— Patroa, já acordou? — Olho para trás e a minha dama continua dormindo serenamente. 

— Não… E por que você quer saber da minha mulher, caralho? — É cada uma.

— Deixa de ser ciumento, seu porra! — Mando ele se foder — Foda-se, se liga, os sócios do seu falecido pai estão te procurando, te querem comandando a porra toda.

Reviro os olhos. Não me interesso pelos assuntos do meu pai, não preciso disso. Já tenho o meu império muito bem construído e invicto. 

— E o que eu tenho a ver com isso? 

— O Chefin me avisou que o negócio é bom, chefe… É lucrativo e carrega um nome de respeito — Suspiro e olho novamente para a minha mulher que está despertando. Logo, o meu plano vem a minha mente quando observo o seu lindo rosto pós adormecido. 

Por ela, porra.

— Marque uma reunião com esses filhos da puta, ‘vamo conversar sobre isso, ‘falou — Desliguei.

Minha noiva se senta na cama ainda desnorteada e coça os olhos me procurando. Quando a mesma me vê, ela sorri fracamente se espreguiçando. Em seu corpo, está apenas uma calcinha. Não queria deixar ela desconfortável para dormir e eu fiquei doido quando ela desmaiou, então nem pensei nessa porra.

— O que aconteceu? — Ela questiona. Eu me aproximo da mesma, com os braços cruzados e uma expressão neutra.

— Depois que você atirou no velho, você simplesmente desmaiou — Digo curto — Te trouxe para casa, Martha disse que era apenas um desmaio por pressão e te deixei dormir.

Minha noiva balança a cabeça e desvia o olhar, suspirando de modo profundo.

— Acabou, não acabou? — Pergunta voltando a me olhar, com os seus olhos extremamente perfeitos e sedutores.

— Acabou, preta — Respondo — Acabou tudo.

— Como assim acabou tudo? — Questiona preocupada e eu consigo ler as suas íris. Ela acha que a gente acabou? 

Solto uma risada com esse pensamento e ela me olha ainda mais confusa.

— Não pense que o que nós temos, tenha acabado — Explico de uma vez — Eu sou louco e obcecado por você, Starr, nada será capaz de me afastar de você, nada. Eu te amo, preta.

Preta RaraOnde histórias criam vida. Descubra agora