Capítulo Trinta e Cinco | "O Sr. e a Sra. García (PT. 02)."

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S T A R R

Apenas sorrio. O casal - o qual descobri serem meus sogros - nos olhou surpresos e noto uma inveja grande em suas íris escuras. O casal é extremamente bonito e conservado. Gael me lembra o homem e Gabriella, a mulher. A família perfeita.

- Mas... - Sr. García olha para a esposa surpreso e confuso, logo lança o seu olhar para nós - O que diabos está acontecendo aqui?! Eu exijo uma explicação! O que eles estão fazendo na minha propriedade?! - Exige para o coitado do locutor, que se sente completamente confuso e atacado.

- Eu ordeno que chamem os seguranças, para tirar essa favelada toda daqui! - Sra. García diz, com toda a sua arrogância e soberba. Eu olho para o meu noivo, que sorri brevemente.

- Estão falando desses homens aqui? - Gael questiona enquanto os seus vapores trazem exatamente 13 corpos de homens mortos. Os convidados ofegam surpresos e os homens a minha frente, se afastam à medida que os corpos são colados perto deles - Eu sei muito bem fazer o meu trabalho, não me ofenda desse jeito... Papai.

O locutor está incrédulo, mas o mesmo não diz nada. Seus olhos estão paralisados nos corpos. Quando o mesmo ouve a última palavra dita pelo meu noivo, seus olhos seguem o corpo de Gael de cima a baixo, analisando o mesmo.

- Eu te conheço... - Diz com um fio de voz - Gael?... Filho perdido da família García? O herdeiro da Advocacia García?!

Meu noivo sorri.

- Esse moleque não pode ser chamado de "meu filho" - Adverte. Eu olho para o meu noivo e o mesmo solta uma risada, sacando uma arma da sua cintura.

Os Garcias, locutor e os convidados olham em choque e surpresa. De longe, eu noto os vapores evacuando a maioria dos convidados, deixando apenas alguns para formar um espetáculo. Os pais de Gael pensam que são convidados... Mas são apenas atores/bandidos.

- Eu nunca desejei ser o seu filho, pai. Nunca desejei fazer parte dessa porra de família fingida - Diz gesticulando com a sua arma. Eu me mantenho firme, abraçando um braço do meu noivo.

Quando os meus olhos chegam aos do Sr. García, eu noto desprezo, arrogância e decepção, mas nenhum resquício de medo. O mesmo se mantém firme e extremamente superior - na cabeça dele. Sua esposa está claramente assustada, filha e genro no mesmo sentimento. É cômico. É completamente divertido ver a família mais influente do Rio de Janeiro, tremer em cima de seu próprio reinado.

- Eu nem mesmo lembrava que havia sido gerado por vocês dois - Seu português impecável não passa despercebido por mim. Em momentos como esse, de pura tensão e discussão, o meu noivo usa o seu lado García.

Advogado criminalista;

Filho de uma família influente e rica;

Herdeiro de um império;

Teve sua infância inteira na Suíça.

Fez exatamente o mesmo quando viu meu pai pela primeira vez.

- Mas, eu infelizmente tive o desprazer de lembrar desse passado terrível, quando vocês dois... - Aponta a sua arma a eles e os mesmos recuam - Resolveram mexer com a minha mulher.

- Sua mulher? Aquela estranha do hospital? - Gabriella se pronunciou, levantando da sua cadeira e só agora, eu noto o Sr. Barbosa ao seu lado. As alianças em suas mãos não me deixam dúvidas - Você está se rebelando contra a sua família por causa de uma puta de morro?!

Um tiro foi disparado contra a corda de um lustre e o mesmo caiu no meio do salão. Cacos são disparados pelo ar e a cena fica extremamente mais marcante, quando a família em questão nos olha assustada.

Preta RaraOnde histórias criam vida. Descubra agora