they slammed the door on my whole world

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Notas iniciais:

Oi! Prometo que não vou me prolongar por aqui hoje, porque já estou mais atrasada com esse capítulo do que deveria, rs. Mas estou aqui para avisar que esse é o penúltimo de "seven" (sem contar o epílogo!!!), e que, como falei lá no twitter, a gente vai ter continuação e se chamará "evermore". Os detalhes vem na próxima atualização, mas desde já venho avisando que vai ser uma história um pouquinho mais madura e com novos desafios.

Espero que vocês gostem desse. Que seja uma boa leitura!

***

Taylor acordou com o ar frio do final de dezembro contrastando com o calor que sentia na cama onde estava deitada. Ao seu lado, envolvendo completamente o seu corpo, um Travis adormecido lhe fazia ter a percepção de segurança que apenas ele conseguira lhe dar durante toda a sua vida.

Os braços do jogador de futebol americano a cobriam quase completamente, deixando-a aconchegada em seu peito – surpreendentemente, graças ao frio que fazia do lado externo da casa – nu. Taylor sentia a respiração dele subir e descer enquanto encostava a cabeça na curva de seu pescoço, tentando não repassar e se preocupar com os acontecimentos dos últimos dias.

Faziam quatro dias que o Natal ocorrera. Constantemente a cantora pensava naquela linha do tempo, bem como no fato de que também havia se inserido em uma narrativa familiar mais ampla. Enquanto se percebia deitada ali, contando a respiração do pai da filha que tivera catorze anos antes, Swift se dava conta de que, acima de tudo, o seu conceito de casa havia mudado, ainda que de maneira inconsciente. E por mais que soubesse que em breve teria que estar de volta à estrada, viajando praticamente toda semana para se apresentar em turnê, ela não podia deixar de pensar em como gostaria de fazer aquilo sabendo que poderia ter mais uma pessoa para acompanhá-la.

Não que tivesse discutido com Travis todos os aspectos do que estavam vivendo – ele, ela e Violet –, mas, até onde imaginava, Taylor tinha a percepção básica de que eles eram definitivamente uma família agora. Suas dinâmicas, já fazia bastante tempo, agora mais pareciam de três pessoas, como estava destinada a ser – pelo menos em um primeiro momento – desde o início.

Pensar nesse aspecto de "um primeiro momento" acabou despertando na mulher, que ainda tinha o corpo disposto de um jeito imóvel e relaxado ao lado do pai da própria filha, uma espécie de frio indesejado em sua espinha. Não que ela não quisesse lembrar, mas estaria sendo um pouco desonesta consigo mesma se dissesse que não se pegava constantemente desviando dos acontecimentos da noite da véspera de Natal quando a sua mente, ocasionalmente, parava neles. Em Violet insegura com a ideia de ter novos irmãos. Nela chorando copiosamente dentro do abraço da mãe, enquanto admitia que uma nova criança certamente lhe deixaria um pouco assustada, embora parecesse imaturo de sua parte. Era assustador, um pouco triste, mas, definitivamente, doloroso. E era justamente por essa junção de características que Taylor evitava de pensar sobre. De falar sobre.

Mas ela teria que falar. Teria que conversar com Travis sobre o assunto, porque, por mais que ele fosse um pai maravilhoso, Taylor temia que não visse todas as nuances de Violet. Que ele não percebesse que, por trás daquela jovem durona, sarcástica e cheia de personalidade, sempre existiria uma garotinha frágil, insegura e que nem sempre se sentia digna do amor que merecia receber. Travis amava Violet – e Taylor jamais duvidaria disso, em nenhum aspecto de sua vida – mas ela achava que talvez, justamente por amá-la muito, o homem não conseguisse compreender que aquele era um assunto frágil, e que merecia ser discutido. 

Suas suspeitas só aumentaram e se tornaram palpáveis quando Kelce claramente não notou as expressões tristes da filha, no momento em que Donna presenteou a loira com a  roupinha de bebê do "amigo inútil". Aquilo fora esclarecedor; e embora ela não estivesse cobrando algo tão aparentemente pequeno quanto aquele mínimo detalhe, chegava à conclusão que, antes de estipularem algo sério e de fato passassem a conviver como uma família definitiva, que se amava e se entendia, eles precisavam discutir o tópico. De uma

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora