Seven

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Caminho até ele e dou uns três tapas não muito fracos no seu lindo rostinho pra ver se ele acorda e nada.

Então tive a brilhante ideia de gritar.

—Rafe acorda vou te levar pra minha casa!

—Jé? Eu tô sonhando ?

—Acho que é um pesadelo,levanta daí porra -digo o pegando pelo braço.A irmã dele me ajuda segurando ele no outro braço e juntas levamos ele devagar até o carro.

—Jéssica Waldorf você dirige ? -Ele me pergunta quando o coloco no banco do passageiro.

—Eu vou aprender-digo rindo.

Vai não deve ser tão difícil assim,já sei mais ou menos.

Rafe estava fora da órbita,a mesa aonde ele tava tinha um monte de carreira de pó e ainda tinha cervejas também.

Liguei o carro e sai devagar,no começo deixei apagar umas duas vezes mais foi.

Deixei o carro na rua atrás da minha casa porque meus pais não poderiam ver
lá.

Ainda bem que estavam em horário de trabalho.Passei uma trabalheira pra fazer ele subir as escadas mais consegui botar ele na cama e trancar a porta.

—Ei,até que pra uma pogue você não é uma vadia.

—Minha nossa até chapado você é um babaca-digo indo até o banheiro.

—Eeei ei !-me tira uma duvida Je...

—Lá vem...Vai falando cara.

—Seu cabelo é ruivo natural né?...—Lá na parte de baixo os pelos também são ruivos ?— o garoto diz enquanto ri muito.

É hoje que eu mato ele.
Fico na varanda do meu quarto e quando volto dou de cara com o Rafe pelado na minha cama.

Sem querer ser muito invasiva não consigo não dar uma olhadinha.

Que visão em...

—Rafe se cobre,não quero te ver pelado.

—Tem certeza que não quer?

—Eu vou no mercado,fica aí quieto que eu já volto,tranca a porta e só abre se eu mandar.

Vou ao mercado comprar umas frescuras pra gente comer e não paro de pensar que meus amigos nunca me perdoariam se soubessem que eu to ajudando ele.

Azar, eles também não me contam muitas coisas mesmo prometendo que pogues não mentem pra pogues.

Demoro um pouco pois uma velhinha a Dona Bete sempre pede ajuda pra mim levar as compras dela em casa e como sou uma ótima pessoa não consigo dizer que não.

Chegando em casa meus pais já estavam.

Subo e bato na porta umas 3 vezes até Rafe abrir.Pelo visto o efeito da cocaína já tinha passado.

—Rafe,você tá melhor ?-pergunto enquanto largo as coisas na minha mesinha de canto.

—Estou.-Responde seco.—Você não precisa me ajudar por pena Jéssica.

—Não tenho pena de você.

—Aliás não preciso de você pra nada tá,vou embora.

—Ah não vai não.—Digo trancando a porta e parando na frente.

—Porque tá fazendo isso,já disse que não preciso de você pra nada me entendeu bem.—Ele começa a dizer em tom de voz alta.

—Fala baixo,meu pai não pode ver você aqui.

Ele se aproxima de mim super bravo.

—Ah quer dizer que o Jj pode vir aqui te comer de noite mas eu não posso vir aqui de dia ? -me pergunta caminhando de um lado pro outro.

—Como você sabe que ele tava aqui?

—Eu vi vocês ontem a noite pela janela tá-me diz me segurando contra parede.

—me larga Rafe.Eu não fiz nada com Jj.Somos só amigos.

—Amigos? Sério isso? Não foi oque pareceu.

—Olha só eu não tenho medo de você tá?você pode assustar os outros mais eu não tenho medo de você.—digo em alto e bom tom.

Ele me larga e começa a caminhar de um lado pro outro e bater com a mão na cabeça.

Ele faz isso quando está ansioso.

—Você não faz ideia de como eu sou Jéssica—não faz ideia.

—Eu faço sim,Rafe agora se acalma e senta aí-digo encostando em seu braço o levando até a cama.

—Não,para.Se você ficar querendo me ajudar eu vou acabar te machucando eu faço isso com as pessoas.—Eu...eu...sempre machuco as pessoas

—Tá tudo bem,você tem a mim agora.Eu esqueço tudo que aconteceu e agora você tem a mim.

Rafe me abraça pela cintura e eu deixo por um momento isso acontecer.

—Olha eu vou te ajudar com essa merda toda.

𝐔𝐧𝐭𝐨𝐮𝐜𝐡𝐚𝐛𝐥𝐞-𝑹𝑨𝑭𝑬 𝑪𝑨𝑴𝑬𝑹𝑶𝑵Onde histórias criam vida. Descubra agora