Capítulo 22

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Mariano narrando

Estava abraçado com Luci, poderia ficar assim o dia inteiro. Vi de longe Giovanni descendo, ele entrou em seu  carro  e veio dirigindo rápido em nossa direção.
Ele não seria capaz... Seria?
Puxei Luci pelo braço e subimos à calçada, ele passou muito próximo, parecia querer nos tropelar. Freou bruscamente, quase batendo no meu carro. Aquilo fez meu sangue ferver.
Que cara abusivo!

- Você está com problemas? -Perguntei já perdendo o controle. Ele desceu do carro e veio andando em nossa direção. Minha vontade era de socar a cara dele.

- Você vem comigo! - Ele tento segurar o braco de Luci. A puxei para o meu lado, antes que ele encostasse nela e fiquei em sua frente.

- Giovanni, eu estava sendo educado até agora. Mas você está passando dos limites. Vai embora cara. - A formalidade já tinha ido ralo abaixo.

- Eu não tenho nada contigo, só quero falar com ela. - Ele apontou para Luci.

- Mas ela não quer falar com você, dá para respeitar? - Eu estava com os nervos a flor da pele, o que me mata são pessoas abusivas. Ele tentou passar a mão por mim para segurar o braço dela novamente.  Segurei no braço dele e torci para trás. Como da primeira vez.

- Me solta! - Ele tentava se soltar. Fui o levando até seu carro. - Você está me machucando.

- Entra aí ! Vai embora antes que eu te dê uma surra. - Abri a porta do carro e o enfiei lá. Virei para ir até Luci. Ele saiu e correu em sua direção, a segurando pelos cabelos.
Aquilo me deixou cego. Cerrei os punhos e caminhei em sua direção, eu só enxergava Giovanni na minha frente. O segurei pelo pescoço e fui o empurrando para trás. Passou um filme na minha cabeça, lembrei do que Pablo fez Sunshine passar, lembrei dela em cativeiro... Eu estava com os olhos fixados nele e já não enxergava e nem ouvia nada ao meu redor.

- Senhor Mariano, solta. Senhor Mariano, deixa comigo agora. - Quando voltei a mim, Andrea estava segurando meu braço. Ele tentava soltar Giovanni das minhas mãos. Eu não conseguia soltar, minha vontade era dar uma lição nele.

- Mariano! Deixa ele resolver. Giovanni não vale a pena. - Escutei a voz de Luci. Sua mão quente repousou nas minhas costas. - Faz isso por mim, por favor. Já temos provas suficientes, não se prejudique por causa dele. - Aquilo me acalmou e eu consegui soltar. Andrea colocou Giovanni no carro e dirigiu para a delegacia.

- Desculpe Luci. Eu geralmente não ajo assim. Não sei o que deu em mim. - Sentei no meio fio e segurei a cabeça com as duas mãos. Luci abaixou na minha frente e levantou meu rosto.

- Olha para mim... Você estava apenas me protegendo, eu te agradeço. Giovanni tem esse poder, de nos tirar do sério.

- Eu não sei o que sou capaz de fazer se ele te machucar. - Passei a mão no rosto. O que estava acontecendo comigo? O que eu seria capaz de fazer por Luci? Eu senti um desespero dentro de mim , só de pensar nela ferida. -  Você pode me fazer esquecer isso tudo? Me conte alguma coisa engraçada, algo que desvie minha atenção disso. Não gosto de sentir o que estou sentindo.

- Vem aqui, levante-se. - Ela me deu a mão e me ajudou a levantar. - Olha aqui nos meus olhos. - Ela segurou meu rosto e olhou dentro dos meus olhos. - Não era para ser dessa forma, mas a ocasião pede. - Ela sorriu. - Mariano, estou completamente apaixonada por você, vou entender se você não sentir a mesma coisa por mim. Eu só quero que você saiba que você se tornou muito especial para mim, em um curto tempo. Não é por causa do seu dinheiro, é pela importância que você dá a mim. - Aquilo era tudo o que eu precisava ouvir. Senti algo que nunca tinha sentido.

- Luci, eu posso te beijar? - Eu a olhava nos olhos, minha boa estava salivando.

- É o que eu mais quero. - Ela sorriu para mim. - A puxei pela cintura e coloquei uma mão em sua nuca. Aproximei meu corpo do dela e toquei seus lábios com os meus. Seus lábios eram macios e quentes, aquilo me dava vontade de beija-la ainda mais. Luci envolveu seus braços pela minha cintura, aumentei a velocidade do beijo e ela acompanhava. Que mulher é essa? Lembrei que estávamos no estacionamento e que tinha câmeras por ali.

- Luci. Parei de beija-la e encostei a minha testa na dela. - Estamos em um lugar público. Tem câmeras por todo lado,não quero que você fique mal falada.

- É sério que temos que parar? - Ela sussurrou para mim e fez um biquinho. Me afastei para olhar para ela.

- Você está tornando as coisas mais difíceis. - Ela sorriu para mim e eu retribui.

- Consegui desviar a sua atenção? - Ela perguntou com um sorriso.

- Você não sabe o quanto. Você tomou a atenção toda para si. Vou querer me estressar todos os dias agora. - Sorri para ela. - Vem, vamos em lugar. - Vê -la sorrindo me deu na sensação de alívio, há uns minutos atrás ela estava prestes a chorar. Entramos no carro e dirigi até uma faculdade, onde tinha tudo o que Luci queria estudar. Parei o carro e descemos.

- Isso é sério? - Ela perguntou quando desceu do carro. - Que faculdade linda!

- Se quiser podemos fazer sua matrícula agora. Eu sou sócio dessa faculdade. Não se preocupe comigo, não vou ter que pagar nada.

- Você existe mesmo? - Ela parou de frente para mim.

- Existo e estou louco para te beijar. - Sorri para ela. - Não chegue muito perto, por favor. Eu não estou me controlando bem.

- Como, assim? Ela caminhou em minha direção e passou os braços em volta da minha cintura.

- Você não quer facilitar mesmo, não é? Eu avisei para não chegar muito perto. - A puxei e tomei seus lábios. Tive que me controlar para não beija-la como da primeira vez. - Luci, me ajuda a resolver logo as coisas por aqui. Eu não estou aguentando ter que te beijar de maneira controlada. Aqui é complicado, conheço todos os aqui e sou sócio, tem que dar o bom exemplo. Isso é frustrante.

- Desculpe! - Ela sorriu sem graça.

- Por favor, não se desculpe. Somos vítimas. - Eu sorri para ela. - Só quero resolver tudo para irmos para um lugar apropriado, daí eu vou poder te beijar da forma que queremos.

- Seu sorriso é perfeito e me deixa de pernas bambas, então por favor, evite sorrir para mim. Eu não vou conseguir me controlar.

- Pode deixar, a partir de agora sou um homem sério. - Passei a mão na frente do rosto e fiquei sério. - Vamos? - Falei com a voz rouca e com o rosto sério.

- Sim. - Falou ela sorrindo.

Conversei com algumas pessoas e mostramos a faculdade para Luci. Ela gostou do lugar e tinha o curso que ela queria, a deixei vendo algumas exposições e fui conversar com o reitor.
Ao sair da sala do reitor escutei uma mulher falando alto, saia insultos dos seus lábios, aquela voz era conhecida.

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