Capítulo 30

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Mariano narrando

Passou uma semana desde que eu e Luci começamos a namorar. Consegui marcar nosso casamento, engraçado que caiu no dia do aniversário dela.
Meu pai está indo busca-la, eu estou em casa me arrumando. Parei em frente ao espelho, como meu rosto está feliz. Queria que meus amigos estivessem aqui.
Sunshine está grávida e eles estão no  Brasil, eles terão meu afilhado lá.
Tenho que organizar as coisas para viajar para conhecer Abmael.
Quando souberam do casamento eles ficaram extremamente felizes.
Como tudo aconteceu tão rápido... Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Eu me encarava no espelho e quase me belisquei, será que aquilo realmente estava acontecendo tão rápido assim?
Valeu toda infelicidade que passei na vida, eu já tinha perdido as esperanças de ser feliz, nem sabia que podia ser tão feliz assim.

Acabei de me arrumar e desci a escada. Meu pai avisou que estava há cinco minutos dali.
Meu coração parecia que ia sair pela boca, minha mão estava suada e meu coração acelerado.
A festa estava linda, todos os amigos de trabalho de Luci estavam ali e alguns de seus parentes. Alguns parentes meus também estavam ali e conhecidos do trabalho. Nosso casamento será no quintal da casa dos meus pais.

Minha mãe entrou comigo e meu pai com a mãe de Luci. Fiquei no altar esperando Luci entrar. A música começou a tocar:  With you - Jimin e Ha Sungwoon.
Escolhemos essa porque tinha muito haver conosco. Luci se aproximou da entrada, meu coração quase saiu pela boca.
Como ela estava divina, a perfeição em pessoa. Ela estava com um vestido  sereia com um decote nas costas, modelava perfeitamente seu corpo. Ela carregava um bouque de orquídeas rosas e lilás.
A cada passo que ela dava em minha direção, meu coração acelerava ainda mais. Nunca fui tão feliz na vida.
Ela entrou sozinha, a atenção estava toda para ela, ela brilhava como uma estrela. 
Seu cabelo ondulado moldava seu rosto perfeito, aquele batom vermelho me hipnotizou como eu queria sair correndo e agarra-la.
Fui ao seu encontro e dei um beijo em sua testa.

- Você está perfeita. Estou me controlando pra não te roubar da festa. - Sussurrei em seu ouvido e ela sorriu. -Te amo.

- Eu te ajudo a bolar um plano. Estou louca para te arrastar para o quarto, te ver nessa roupa está me deixando louca. Você está sexy. - Ela mordeu o lábio e olhou nos meus olhos. Eu estava vestindo um terno nude, confeccionado para mim, com uma blusa social branca.

- Você não está me ajudando coisa nenhuma. Agora só vou ficar pensando em ir para o quarto com você. Me dê vinte minutos. - Sussurrei pra ela.  - Virei e seguimos até o altar. Após os votos e a troca de alianças começamos a sair.
Quando chegamos no gramado Luci agarrou com força no meu braço.

- Mariano, não estou me sentindo bem. Deve ser a ansiedade. Também não me alimentei direito hoje.

- Da pra você andar? - Olhei para ela e dava pra ver que não estava bem.

- Não, está tudo escuro. Eu nunca senti isso antes, sempre cuidei da minha saúde pra não ficar doente. - Ela começou a ficar nervosa.

-Se acalme. Não arregale os olhos, feche os olhos e deixa comigo. Tem médico aqui na festa. - A peguei no colo e sua cabeça caiu no meu peito.

- O que houve? - Meu pai correu em nossa direção. Todos estavam observando.

- Ela não está se sentindo bem, acabou de desmaiar. Vou por ela na cama. Pede para o médico vir atendê-la, por favor e já peça desculpas por mim.

- Claro. - Ele se afastou e eu entrei o mais rápido que pude. A deitei na cama e tirei suas sandálias. Ela foi abrindo os olhos vagarosamente, até que me enxergou.

- Oi. Está melhor? - Passei a mão em seu rosto.

- Estou sentido muito enjôo, estou me sentindo fraca.

- Quando o médico chegar aqui, eu desço para pedir comida para você.

- Tá bom, obrigada. - Sentei do seu lado e acariciei seu rosto.

- Com licença. - Era meu pai com o médico.

- Pai, pede pra alguém trazer comida pra ela. Não se alimentou direito hoje, deve ser por isso o desmaio .

- Peço sim, com licença. - Meu pai e o médico entrou.

- Com licença. - O médico entrou e logo foi examinar Luci. - Primeiramente quero vos parabenizar pelo casamento. Está tudo muito lindo, desejo a vocês uma vida cheia de amor e companheirismo.

- Desculpa doutor, sei que o senhor não está no horário de serviço. Mas eu não posso deixar minha esposa sem atendimento.

- Não precisa se desculpar, pra isso que nos formamos. Somos médicos por onde quer que vamos, prestar socorro é o nosso dever. - Ele examinou Luci e fez algumas perguntas. Teve uma pergunta que me deixou com o coração disparado, eu achando que não podia ficar mais nervoso e ansioso hoje. - Como estão as suas regras? - Aquilo me fez suar frio.

- Bem, estão normais. Eu acho... Esse mês ainda não veio. - Luci olhou para mim com os olhos arregalados.

- É normal ela atrasar? - Ele escutava atentamente Luci responder.

- Não, não é. - Ela respondia para o médico e não tirava os olhos de mim. - Será que... - Os seus olhos estavam rasos de lágrimas.

- O que foi? Por que você está assim? - Eu não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo.

- Vamos comprar um teste, daí vamos tirar a dúvida. - Luci falou como o médico e ele assentiu com a cabeça.

- Parabéns. - Ele bateu no meu ombro antes de sair. Luci pegou o celular e mandou mensagem para a farmácia.

- O que está acontecendo? Você está com algum problema? - Eu sentei do lado dela. Ela levantou e ficou em pé e entre minhas pernas. Pegou minhas duas mãos e colocou em sua barriga.

- Não temos nos prevenido nesses últimos dias, temos?

- Como assim? - Lembrei das nossas relações sexuais. - Ah, entendi. Mas o que isso tem haver... Espera, é o que eu estou pensando? - Eu tirei os olhos do rosto dela e olhei para sua barriga. - Mentira, você está falando sério?

- Estou sim, meu amor. Por enquanto é uma suspeita, pedi o teste pelo celular. - Eu a puxei e abracei o mais forte que pude.

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