Mariano narrando
Eu estava eufórico e ansioso para ouvir o tipo sanguíneo de Luci, será que foi ela quem ajudou minha mãe?
- Meu sangue é o famoso sangue dourado. - Ela falou e meu semblante caiu. Como assim? Eu encontrei a pessoa que salvou a vida da minha mãe?
- Luci, você lembra pra quem foi que você doou o sangue? - Meus olhos encheram de lágrima e eu procurava os seus com ansiedade.
- Minha mãe trabalhava na casa de Violette, ela escutou Violette falando algo sobre o sangue dourado. Disse que a pessoa estava em estado grave e dependia muito desse sangue. Minha mãe na mesma hora me ligou e perguntou e se eu poderia doar.
Não pensei duas vezes, me coloquei no lugar da senhora que estava necessitando de uma generosidade. - As lágrimas escorriam em meu rosto. - Pensei também se ela tivesse filhos, como essa família ficaria sem a mãe. Só achei estranho que Violette nunca tocou no assunto com minha mãe. Eu só espero do fundo do meu coração que essa senhora esteja bem. O sangue foi coleta na clínica da família de Violette. - Ela estava com o olhar distante e tinha emoção ali.- Luci. - Ela olhou para mim e se assustou.
- Por que você está chorando? - Ela chegou perto de mim e secou meu rosto com suas mãos.
- Agora eu entendo o sentimento de dívida que tenho com você. Agora entendo essa proximidade inexplicável.
- Não estou entendendo... - Ela me olhava com uma interrogação no rosto. Levantei e a puxei para um abraço. A envolvi em meus braços e a apertei.
- Obrigado por ter salvo a vida da minha mãe. - A minha voz falhou na última palavra.
- O quê? - Ela se afastou um pouco para me olhar. - Sua o quê? - Os olhos dela estavam arregalados e rasos de lágrimas.
- Minha mãe, Luci. Ela estava entre a vida e a morte quando soubemos da doadora. No princípio achei que foi Violette, por isso me aproximei tanto dela e decidi fazer todos os seus luxos. Era um sentimento de gratidão, não era amor de casal. Eu aguentei sua exploração, sua indiferença, seu desenterresse por mim. Eu aguentei tudo, pois eu achava que ela tinha feito aquilo, que ela tinha cooperado para minha mãe voltar para casa. Fiquei sabendo da por mentira da pior forma possível. No dia em que descobri a traição, ainda exitei em deixa-la no apartamento. Eu continuaria pagando para ela ficar lá, ou até mesmo compraria para ela. Mas descobri da pior maneira que não foi ela a doadora, os horrores que ouvi naquele dia... - Cerrei os punhos e respirei fundo.
- Mariano, você está falando sério? Eu posso ver sua mãe? Eu posso dar um abraço nela? Então quer dizer que ela está bem? - Enquanto ela falava as lágrimas escorriam em seu rosto.
- Claro que sim, quer ir agora? Ela está bem sim, graças a Deus em primeiro lugar e depois a você. Até se eu te der toda riqueza que eu tenho, não pagaria o que você fez. Obrigado por ter esse coração generoso, obrigado por ser tão humana. Eu não sei como te agradecer... - Eu a puxei e abracei aquele Angel Baby. Só podia ser um anjo enviado para nos ajudar.
- Minha ficha ainda não caiu. - Ela estava com a mão cobrindo a boca.
- Luci, eu não posso te perder. Você é meu Angel Baby, eu preciso ter você na minha vida. - Me ajoelhei na frente dela. - Eu posso estar indo rápido demais e me precipitando. Nem tenho uma aliança ou algo parecido, mas eu não posso deixar essa oportunidade passar... Luci, você quer casar comigo? - Peguei uma mão dela e fique esperando a resposta.
- Mariano, você é maluco? É claro que eu aceito meu amor! - Ela se abaixou e me agarrou, caímos no tapete da sala. Éramos só risadas.
- Eu te amo, my Angel. - Eu beijava rosto dela por todo lado. Eu queria nunca mais poder ter que largar Luci. Que alegria, que paz... Que misto de sentimentos maravilhoso eu estava sentido.
- Eu te amo my Baby. Apesar de você ser mais velho que eu, eu sinto como se você fosse um bebê precisando de cuidados. Eu prometo que vou cuidar de você. - A enchi de beijos novamente.
- Vem. - A ajudei a levantar. - Vamos conhecer meus pais. Eles já iriam te amar por quem você é, agora com esse gesto... Eles vão querer que eu case com você hoje. - Eu sorri para ela e peguei em sua mão, caminhamos em direção a porta da saída. Pegamos sua bolsa, as chaves do apartamento e do carro.
A casa dos meus pais ficava uns quinze minutos dali, mas parecia ser umas três horas. E estava tão ansioso.
Apertei o botão do controle, para abrir o portão. Dava para ver Luci estava nervosa, ela estava apertando a alça da bolsa em sua mão.
Segurei sua mãos e tentei acalma-la.- Eu estou muito nervosa. Minhas mãos estão suando.
- Fica calma. Mas eu também estou mega ansioso. - Chegamos na entrada da casa, desci para abrir a porta do carro para ela. - Está pronta? - Falei dando a mão para ela pegar.
- Sim. - Ela segurou minha mão e saiu do carro. Respirou fundo e fomos caminhando em direção a entrada da casa. Entrelacei meus dedos nos dela.
- Não tem problemas, andarmos assim? - Ela se referia as nossas mãos dadas. Entrelacei ainda mais meus dedos nos dela.
- Eu acho que posso andar de mãos dadas com a minha futura esposa. Ou estou enganado? - Parei na frente dela.
- Mas seus pais ainda não sabem... Não é melhor falar com eles primeiro?
- É para isso que estamos aqui também. Eles vão saber logo, logo. - Dei um beijo em sua testa. - Vamos. - Entramos na casa e meus pais estavam sentados na sala de estar. Já era quase a hora do lanche. - Olá, a benção.
- Olá meu filho, minha mãe respondeu. Ela estava lendo um livro. Meu pai deu uma batidinha de leve no braço dela e abriu um sorriso. Ela olhou em nossa direção e o sorriso veio logo após.
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Angel Baby
RomanceMariano, um jovem empresário italiano amável, atencioso e muito gentil descobre que nem todas as pessoas só pensam em dinheiro. Que existe amizades verdadeiras. Que vida é muito mais do que casa e trabalho. Que o amor pode estar mais perto do que...